Poesia sobre Silêncio
Voz do silêncio polifonia vazia
Voz do amor melodia tardia
Voz avós vós uníssono
Ressoa no luto a dor
Grito sem voz
Início e fim
Voz avós
A vós
Vó
há no silêncio que o mar enjeita
um segredo que constante abriga.
há um amor, que por mudo amar
enxuga o olhar, que tão alto grita
O silêncio tem segredo
O silêncio é covarde
O silêncio diz tudo
O silêncio grita
O silêncio é uma reticências invisível.
Eu escrevo o que penso, transcendo o silêncio,
Capturo a essência da vida em cada verso.
Quando expiro, as palavras dançam no ar,
E ao ver o céu azul, meu ser começa a cantar.
Para mim, tudo é motivo: uma brisa, um olhar,
Cada instante é poesia, um convite a sonhar.
Escrever é viver, é eternizar o momento,
É transformar emoções em puro sentimento.
Quando a voz do poeta se cala, ele fica em silêncio para ouvir sua alma.
Há tanto sentir em um só ser que é necessário respirar e processar o que vai escrever.
Frase de Islene Souza
Me perder na noite escura
Me perder em seus braços fortes
Me perder em seu sussurro
No silêncio que me afaga
Sentir seu gosto molhado
Na penumbra do momento
Os beijos quentes que me excitam
Me perder em você
Esquecer o amanhã nessa loucura de sentir
Os versos soltos de uma voz embargada
Nesse prazer gostoso de sentir
Delicia de viver
Já não existe voz
Nesse gemido frenético
Só exaustão
Sou e você
Poesia de Islene Souza
Ausência necessária
Ausência que faz bem
Ausência para o silêncio
Ausência para refletir
Refletir o pensar
Refletir o sentir
Refletir o querer
Refletir o que viver
Viver sem medos
Viver a intensidade
Viver das escolhas feitas
Viver o presente
Presente seguro
Presente estável
Presente de amor
Presente que faz acontecer.
Poesia de Islene Souza
O silêncio machuca. Corrompe a alma de insegurança e incredulidade.
O silêncio chateia, porque quando mais precisamos de uma resposta, Deus se cala.
Mas é no silêncio que Ele trabalha é no deserto que ele faz brotar rios de águas cristalinas para saciar a sua sede e te dar a vitória.
Quitério
A noite fria tirou-me o sono
aprisionou-me no quarto
estou às escuras
e o silêncio me causa enfado
Sussurro o nome de Quitério
Quitério! Quitério!
Ouço um ronronar indolente
a passos manhosos ele se abeira
silencioso, desperto, matreiro
sua noite também é monótona
Sussurro o nome de Quitério
Quitério! Quitério!
Quitério salta para os meus abraços
parece um tufo de algodão
trocamos carícias fadigados
e nos aquecemos de amor
Meu gato Quitério
tem o olhar de um fadista
Domingo de inverno
A chama do candeeiro guarda silêncio
enquanto os ponteiros do relógio
musicam as horas tardias
As noites dominicais
são sempre monótonas
O cortinado encandeia o clarão da lua
e matiza de cores sombrias
as velhas paredes do quarto
As noites invernosas
são sempre enfadonhas
Apanho um bloco de rascunhos
preenchido de frases mortas
e rabiscos sem sentido
A poesia nem sempre
surge na forma de versos
Confortado num velho cobertor de lã
versejo em pensamentos
sentimentos de tristeza
Os domingos de inverno
sempre inspiram melancolia
A palavra pesa
O silêncio esconde
A atitude mostra
O desprezo separa
A decepção distancia
O sorriso une
Nada é para sempre
Mudar não tem hora
Se arrepender
pode ser tarde demais !
Eu gosto de ouvir o silêncio.
É nele que se se faz presente a voz de Deus.
Eu gosto de olhar para o céu,
A imensidão azul onde um dia vou morar.
Eu gosto de me deitar na areia ouvindo as ondas vindas do mar,
Gosto do cheiro das gotas de chuva que caem como numa sinfonia regida por aquEle que um dia me criou,
Gosto do som de cada nota dedilhada ao violão,
Mesmo que desafinado, parecendo sem sentido, expressa o que sinto numa canção,
Gosto de cada palavra escrita a mão, rascunhos em lápis ou caneta, mesmo que depois se transformem em papeis amassados no chão,
Gosto dos sonhos de olhos fechados, mesmo acordado achando que não.
Gosto de olhar da janela do oitavo andar, quando o sol se escondendo atras das montanhas faz o azul se alaranjar.
Gosto das mãos levantadas para que em Tua presença eu possa estar
Gosto da paz e da beleza de em Teus caminhos andar.
Luto,
Faço de mim vestimentas de silêncio,
Enterro meu velho eu,
Poupo à mim e a ti,
Não queria estar aqui,
Sobrevivo,
As margens de um eu falido,
Cigarro aceso,
Queimando a brasa,
Fazendo fumaça,
Câncer.
Sinto saudade do teu cuidado
do teu abraço que me acalmava
do teu silêncio compreensivo
da inocência do teu amor ...
Tenho vontade que tudo volte
até o teu medo de me perder
queria encontrar o que foi perdido
pra me achar dentro de ti
mas não sei mais o caminho
que me leva ao coração
nem o endereço da ilusão
me perdi em outros sonhos
naufraguei em outros mares
quebrei asas em outros voos
compliquei os sentimentos
e o simples que eu buscava
esteve um dia perto de mim
hoje tudo é tão mudado
há mistérios nos teus gestos
palavras indecifráveis
dúvidas intermináveis
alma a alma
fingindo não ter conflitos
sem coragem de perguntar
o que houve ??
o que que há ??
Aquieta sua mente, para escutar seu coração, pois é no silêncio, que os Anjos, enviados por Deus vem falar com você.
Terapeuta Sensitiva
Natalirdes Botelho
Odeio silencio
Odeio com todas as forças da minha alma
Não sei o que fazer
Nunca soube
Sou barulhento
Sou bagunceiro
Não fico quieto
Odeio silencio
Me machuca de uma forma monstruosa
Grite
Brigue
Mas silencio não
Dói
Dói muito
Silencio não.
Leio, canto, faço, desfaço,
Escuto, falo, falo sozinho.
Brigo com o silencio 24 horas por dia.
Ele me machuca
Decida não me machucar.
O silencio não.
Dói.
As vozes dos vivos
Os gritos dos mortos
O silencio dos inocentes
A dor dos perdidos
A morte dos nos corações
A dor dos vivos
Dos abandonados
Dos perdidos
E o silencio dos encontrados
Mesmo todo o amor possível
Nunca será falado
Apenas o silencio dos perdidos
Nunca será quebrado.
Não há um abismo pra tua ausência
Nem uma estrada que te leve embora
Um açoite um silêncio nem indiferença
Que faça brilhar em mim uma nova aurora
As luzes me iludem com seu piscar
Os pássaros noturnos lindos carpidos
Afagam meu peito pra não amar
Fragmentos de amor que dormiu comigo
A noite dorme é como um manto
Lágrimas molham a madrugada
Fico escrevendo meu amor com encanto
Para sonhá-te na solidão alada. Leonice Santos.
Deitada na cama, quietinha feito criado mudo.
Fico em silêncio, converso com a paz.
Dai sinto um alivio, como aquele vento leve que balança a cortina pela janela.
Olho pro teto, me vejo tão completo.
Me cubro com o cobertor, me dispo, me encho de Amor.
Minha companhia é uma delicia,saboreio.
E sinto a tranquilidade dos meus barulhos agarrada ao travesseiro, me escuto.
E descanso, minha alma, calma.
As forças são sempre renovadas.
Eu me reparo, me cuido, me amparo.
Fecho a porta, apago as luzes, ascendo meus sonhos.
Sou meu próprio lar.
Joyce Amanajás