Poesia sobre Silêncio

Cerca de 12527 poesia sobre Silêncio

O silêncio é o exato momento do nada no lamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/12/2015, 09’20” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

VOZ DO SILÊNCIO (soneto)

Nessa solidão rumorosa e calada
A voz do silêncio na alma refugia
Grita, brada, em tom de zombaria
Que endoidece a doçura por nada

E quando a inquietude desvairada
Numa noite escura, na sua ousadia
Embebendo o coração de fantasia
Fazendo a madrugada embalsamada

E a voz do silêncio, insiste falando
Tal a uma ópera buffa e de agonia
Em um concerto dos vis rumores...

Canta e conta assim blasfemando
Ao juízo sereno em tons de valia
E ao repouso avivados amargores...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO EM SILÊNCIO

Este é o azarado malfeito no amor
Que os sonhos afoga na garganta
E, solitariamente, vive no dissabor
Aos olhares outros nunca encanta

Deixado, no escuro e sem assessor
Vaga. E, ao cabo de solidão tanta
No desejo pouco coexistiu amador
E com o tempo o vazio só agiganta

Coração deserto, lágrimas e pranto
O silêncio no peito é um pesar tonto
E aos lábios frios a carência acaricia

Num beijo sem calor e sem manto
Onde está sensação é sem pesponto
E a emoção sem apaixonada poesia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/03/2020, 06’45” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO INDOMÁVEL

Ó pranto! À dor, quando, entranho
Fico sem rumo certo pelo cerrado
O anoitecer, quando, chega calado
Tudo é solidão, e em nada é ganho

Tristura, fria, que pesa no passado
O vento é poeira de ardor estranho
E a hora lenta e tão sem tamanho
Que o olhar vazio, alheia, fissurado

No meu alvo silêncio, rude insônia
Clamo por todo o arrimo, em vão
Nada escuta, indigente cerimonia

Invento um verso, tento, e tento
E rasgo-o, continuas sem demão
Tudo é indomável no sentimento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 de março de 2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DO SILÊNCIO

Ah soneto! Porque do silêncio és um desvario
distendendo as noites cá pros lados do cerrado
dando ao poema o poder dum suspiro sombrio
quieto, maniatado, num ostracismo perturbado

Se a ausência e inação me provocam arrepio
o vento um chiado frio, impassível e agitado
se nada do que inspiro a efeito vale, é vazio
então, que eu não fale, sinta, e fique calado!

E, assim, nestes meus sentimentos impuros
sem perfeição, e no coração tão inseguros
tal uma prece, que oferece, pra atingir-te-á

Faço súplica, compadecido de fé e de fervor
ó solidão, vai-te, assim, de partida com a dor
e a paz voltará e sobre mim de novo descerá... (o amor!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SEM UMA PRESENÇA

Não tenho a quem recitar os meus versos
Dos devaneios, medos, do poetar de amor
Com emoção, sensação, de rumos diversos
Colocando sentido e sentimento ao dispor
No silêncio, sem um olhar pra permanecer
Logo, a solidão poeta e o poeta na solidão
Declama os seus versos para o amanhecer
Tentando poetizar a prosa sem interação

É triste a quem não ter os versos para ler
A cada momento o ledor sem comparecer
E no tormento a imensidão da indiferença
Então, o instante é de companhia distante
E o poema fingindo ser um acompanhante
Quando, a poesia é fira sem uma presença

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2022, 19’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Silêncio

Silêncio o mais rude dos tormentos
O que mais dói na emoção da gente
O que sente o vazio, tristes lamentos
A imensidão do sentimento ausente
Silêncio é viver sem os momentos
É privação, é ter uma dor ardente
Deixar-se levar pelos aflitos ventos
Da solidão, ir morrendo lentamente

O silêncio, inquieto numa despedida
É uma alvorada de clarões diversos
Um misto entre os suspiros da vida!
Ele tem tudo... reunido, e nada tem!
E não há se quer poética nos versos
Que suavize a alma, sem um porém!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 novembro, 2023, 13’03” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEU SILÊNCIO

Cansei-me de tentar o teu verso
Do teu olhar tão belo e atraente
Me vi numa poética, que mente
E rimas de sentimento disperso
Sentir o teu ritmo, tom perverso
Que faz a sedução tão presente
Fui sentido, que n’alma se sente
E o anoitecer com temor imerso

Ó sensação ardente, alucinada
Sussurra agonia, pobre soneto
De solitária canção enregelada
Desses versos vãos, incompleto
O palpitar da inspiração, e nada
Tão cruel tal este silêncio quieto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 julho 2024, 16’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Existem momentos na vida que o melhor a fazer é observar cuidadosamente os acontecimentos em cada detalhe.
Antes de falar e agir é preciso ficar em silêncio.

Inserida por isaiasribeiro

Existem momentos na vida da gente em que o segredo e o silêncio passam a dominar completamente nossas ações.
Quando isto acontece é porque algo fez uma luz iluminar o nosso espírito...

Inserida por isaiasribeiro

⁠Eu sei, que você sabe, que os nossos caminhos nos levarão ao encontro de olhares.
Sem palavras, em um silêncio que revelará o segredo do brilho das estrelas.

Inserida por isaiasribeiro

Silêncio, oprincípio do fim

As palavras não tem sotaque e podem falar de coisas sem importância,
não precisam ter desespero para informar, nem pretensão de convencer,
podem dar voz à natureza, para expressar a sua inquietude e desespero.
Tem o dom de dar vida aos seres inanimados, emprestar a fala aos animais e criar heróis, reais ou imaginários.
As palavras extinguem o silêncio, fundamentam todas as crenças e diminuem a distância entre o homem e Deus.
Quando ordenadas, podem conter ciência e razão, mas são aquelas baldias como as flores do campo, que despertam emoção.
As pessoas podem ser atraídas pela aparência exterior, mas o vínculo afetivo é mantido pelo diálogo, que é uma permuta de palavras.
O silêncio é como um extintor que apaga um incêndio provocado pelo mau uso das palavras, mas, sem elas, a falta de comunicação dá início ao princípio do fim.

Inserida por luizguglielmetti

Silêncio

Há silêncio como resposta,
e aquele melhor do que ferir,
mas tem outro que é treva,
quando a aflição é urgente.

É o que apaga o sorriso,
espalha o frio de angústia,
congela a esperança,
e esculpe a saudade.

Derrete como gelo,
todos os sonhos,
e faz da ausência,
um profundo vazio.

Inserida por luizguglielmetti

⁠Tem quem sorri, quando tem vontade de chorar.
Quem sente, mas não consegue se expressar.
Quem se silência, com vontade de falar.
Há braços estendidos, sem ter quem abraçar.
Tem ausências que não fazem sentido
e beijos perdidos no ar.

Inserida por luizguglielmetti

⁠A palavra,o silêncio,
o desprezoe a indiferença doem,
sem que seja preciso ferir ou machucar.

Inserida por luizguglielmetti

⁠Quem dera eu fosse sensível e soubesse escolher apenas as palavras que encantam e fascinam.
Quem dera eu fosse prudente e desprezasse as palavras que ofendem e afastam.
Quem dera eu fosse sábio e soubesse o momento de ouvir e ficar em silêncio, sem dizer palavra alguma.

Inserida por luizguglielmetti

...Era para calar!
E no silêncio de nossos olhares vislumbrar toda paixão que há dentro de nós e que não precisa de palavras para expressar.

Inserida por MirnaRosa


Quem se importa? Mas a verdade é que somos todos responsáveis. O egoísmo tem raízes profundas e destruidoras. Por isso o “se importar” passa desapercebido por aqueles que, tendo todas as condições, dão as costas aos que a vida passa por um fio e acaba em silêncio. Um silêncio surdo de um clamor que ninguém quer ouvir a voz.

Inserida por MirnaRosa

⁠Alfétena II - Ómma

"Os olhos, como janelas de um mistério profundo, desvelam a dança das estrelas perdidas, onde cada piscar é um sussurro do universo em sua forma mais íntima."

Eis a profunda tristeza que o tempo, sob sua forma melancólica, impõe a estes olhos envelhecidos e opacos: uma névoa opressiva e inexorável que encobre o caos primordial como uma cortina obscura. A cada instante, o vislumbre de outrora se desvanece, como um grito silenciado, perdido nas sombras abissais.
Diante de tal agonia, o silêncio é um testemunho desta calamidade que permeia os limites da existência, onde, por fim, também jaz, deixando muito pouco. Não restam vestígios, apenas a mera lembrança de um esplendor há muito extinto.
Assim, o tempo esvai-se, e o silêncio amarga seus segredos, como um abismo inerte.

Inserida por SauloNascimentto

DISCIPLINA
Vida ensina
Sem pantumima
No vento a crina
Lapida a mina
Busca Divina
Topo acima
Obra-Prima
Lá Sublima
Disciplina

Inserida por alfredo_bochi_brum