Poesia sobre Sementes
Na minha vida muitos zombaram das minhas sementes, mas muitos também se calaram, durante a minha colheita.
Sejamos portadores das sementes de paz e do amor e que as futuras gerações venham a se beneficiar das nossas atitudes hoje.
A maior e melhor tradição joalheira brasileira é vegetalista. As contas, as sementes, as miçangas, caroços, as fibras, as tramas, as folhas e as flores, as cores fortes e primarias da vida dos tradicionais adornos tribais indígenas de uma cultura original de nossa terra e miscigenados com toda a cultura negra, anos mais tarde em um alto de resistência e união quilombola da favela. Por mais que sejamos um dos maiores expoentes mundiais na produtiva generosidade gemológica joalheira é por meio da livre lapidação e a conjunção de cores vivas harmonizadas criativamente, que nossa arte joia desponta se internacionalmente por tamanha beleza, harmonia inusitada e magistral exuberância. Somos herdeiros e resistência da amazônia por todos os lados de nossa cultura na diversidade indígena, europeia, negra e cabocla, para colorir o mundo com todas as cores.
Temos a paternidade da vida, de todas as crianças, de todos os filhotes, de todas as sementes e de todas ínfimas aglutinações moleculares de carbono.
Não se constrói pontes por que por elas vamos passar da mesma forma que não plantamos sementes frutíferas por que de seus frutos vamos comer.
Por onde ando hoje, ambientes opacos espalho sementes de flores. Para que um dia no mesmo caminho de volta, no futuro eles sejam bem floridos, alegres e com muitas cores.
Amar todos os filhotes, todas as crianças e todas as sementes como se fossem seus. Está é a suprema lei da natureza da vida sobre a criação.
Sempre tive grande respeito e admiração pelas sementes que dão bons frutos entre as pedras da calçada, onde todos pisam.
Quantas vezes encontramos terras boas e férteis, jogamos sementes, mas, não ficamos atentos, não reparamos que algumas delas, ficaram apenas à superfície, os pássaros comeram algumas, outras o sol acabou queimando-as, não tivemos o cuidado de aprofundá-las. Sentamo-nos distraídos esperando a colheita e depois surpreendemo-nos. A semente do amor é tão sensível, que precisa de cuidados diários.
Basta que sejamos sementes do bem que, Deus se encarrega de preparar o solo, o vento de espalhar e o tempo de germinar.
As tempestades só são capazes de matar as flores, as sementes estarão sempre protegidas sob uma camada de esperança na eterna dádiva do recomeço.
Tenha sempre sementes de flor no bolso para plantá-las ao longo do caminho, já tem gente demais semeando espinhos e espalhando dor por onde passa.
As pétalas caem, mas as sementes deitam-se sobre o solo fértil e seguras da sua condição de flor, esperam a chuva cair, para brotar novamente.
Todos nós somos sementes e como tal, às vezes, somos levados pelo vento para lugares que não escolhemos ir. Mas criar raízes ou não nesse lugar, nós podemos escolher. Então, não crie raízes onde você não possa crescer e principalmente, onde não possa flores(cer).
O amanhã são sementes que para germinarem e florescerem como nós queremos, precisam serem muito bem escolhidas e plantadas em solo fértil hoje.
Somos semeadores natos. É impossível percorrer os campos da vida sem deixar sobre eles as sementes que levamos conosco. Então, cuida para deixar onde passas somente sementes do bem, as que carreguem afeto, gentileza, bondade e energias de luz.
Pensamentos são como sementes: antes de semeá-los no solo fértil da alma é preciso escolher os melhores.
Não procure a paz nos outros. Se dentro de você há sementes, independente da estação a paz florescerá aqui fora.
