Poesias sobre rosas
🌹SER MULHER É SER HEROÍNA
Colha as rosas do seu jardim mágico
Poemas da alma, sem espinhos
Colha as flores e plante amores
É preciso muita coragem e humildade
Muita força de vontade para abandonarmos
As coisas que nos são supérfluas
Apegamos-nos demais às coisas
Abandone tudo aquilo que não faz sentido
E o que nos fazem mal, certas amizades e hábitos
Mantenha somente as rosas do jardim mágico
O necessário para alimentar a sua alma, alegria e amor
Nós as mulheres somos; esposas e companheiras
Amantes; mães e avós; assumimos tantos papéis na vida
Merecemos ser sempre lembradas; dia após dia
Amamos, cuidamos, renunciamos
Cada uma de nós merece ser chamada de heroína
Entre as brumas da saudade de quem faz suspirar um soneto
Onde descansa a rosa do meu coração
Da minha prece feita em oração
Queria olhar as estrelas da minha janela para poder contá-las
Eu sei, sou uma mulher talvez antiquada
Gosto de amar e ser amada especialmente de ser cortejada
Não gosto da vulgaridade mas da sensualidade natural
Sinceridade num olhar sem covardia
Ouço passos na rua calçada da minha ilusão
Orquestra num concerto em cima de uma nuvem
Brincam com os passos nos cenários
Estrelas dançarinas que namoram na lua
Os corpos que vestem-se de noite a brincar de sonhos
Melodia suave da nossa emoção
Eu sei sou uma mulher, uma mãe
Que gosta da sinceridade de um olhar, talvez eu seja antiquada
(...) Talvez
DOR DAS ROSAS
A minha alma aclamava os espinhos
Que eu cosia e remendava as rosas
Para florir de amor de esperança
O sangue dói como as palavras
Que escorrem nos rios
Correndo para o mar
Gestos de lua, colhendo rosas
Estrelas cadentes, agonizada noite
Dedos feridos, crispadas mãos
Rimar poético, digno de louvor
Flutuado pensamento, nostalgia suspensa
Ausências no espaço, presença perfeita
TEMPO PRIMAVERIL
Num tempo de primavera
Que aquece mudo a florir
Florescem lindas e belas rosas
São pálpebras saltitantes
Que bailam na brisa viçosa
Num regaço de uma rainha
Dum tempo de florir rosas
E quando eu morrer
Planta o que fui hoje
Ou terei sido ontem
Na escarpa de uma fraga
Em reminiscência quase apagada
Que eu irei florir em ti
A caminho do céu
Na dimensão oculta do mundo
SEMEIO ROSAS DE TI 💕
Semeio as pedras que piso na rua
Que gravitam aromas que o vento trás
A alma se despe de mim deixando-me nua
Infinitas sombras num sopro asfixiado de vida
Raiz cravada na terra dum tronco despido
Semeias no meu jardim as memórias dos meus olhos
Contornando as tempestades que vou sentindo
No marear do meu corpo, a faminta luz que sentes
Desnudam-se as rosas de pétalas uma a uma
Murmuram as rosas ao sol o nosso amor
Semeio flores de abraços, beijos de felicidade
Deste-me a lua de rosas em sinos dos teus lábios
TROCO EM FLOR
🌸
Do cardo em flor
Vide de florido sentimento
Num céu de esplendorosas rosas
Estrela do mar nas roseiras de pedra
Sono eterno dos braços que cantam
Luz de assobio num sonhar dos poetas
Tempestade de rios nas cartas dum fino mundo
Amor amo-te no meu silêncio
quem diria que o perfume
das rosas
seria o meu destino até ti
deste meu amanhecer solitário.
DESLUMBRAMENTO
As rosas foram desfolhadas
Onde deram vida aos lobos
Perfumaram o luar de pétalas
Furando as sombras do jardim
E a saudade visitou-me sem maldade
Ferindo-se de ternura nas vinhas
Já despidas, lembranças tão profundas
Nas desfolhadas rosas, pétalas nos pés
No sobressalto dos corpos perfumados
Entre a tatuagem da alma, do coração
Os lobos uivam em cada pedaço de nós
Bebendo cada deslumbramento nosso.
VIDA DE DESENCANTO
Não há mais sepulcros
Não há mais sonhos
Não há mais encanto
Não há mais rosas
Não há mais pétalas
Não há mais amor
Não há mais desejo
Só há sombras
Só há lágrimas
Só há vácuos
Não há manhãs
Não há noites
Não há mel
Nesta vida curta
De tantos desencantos.
SOMOS PÉTALAS HUMANAS
Somos pétalas humanas
Nestas rosas de dor
Aquelas que choravam
As mágoas, os medos
As vitórias, as derrotas
As desilusões, as dores
Mas dou graças a Deus
Por ter-me dado asas
Hoje vivo o dia a dia
Sem sonhos, nem ilusões
O presente está aqui
Ao alcance da mão
Na inutilidade das lágrimas
Com a esperança, com sol
Alegria feita no encantamento
Das tardes mornas, noites quentes
E nelas sentir o amor desejado
Entre a calma dos longos beijos
Abdico-me de mim
No aroma perfumado das rosas
Enquanto os teus braços ceifam águas
Acalmando-as bem longe dali
Num tumulto feito de mim, em ti.
Amor amo-te no meu silêncio
nem as flores do meu jardim sabem
Quem diria que o perfume das rosas seria
O meu destino até ti.
AMEI-TE? SIM. DOIDAMENTE
Amei-te? Sim. Doidamente!
Como as rosas que floriam
No belo jardim o nosso.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com a intensidade das ondas
Do mar querendo afogar-me nele.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Como um sonho acordado que vive
As suas emoções intensamente.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com as horas, minutos, segundos
Sem pudor dos que nada pedem.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Com lágrimas, sorrisos, dores
Das velhas penas em prece.
Amei-te? Sim. Doidamente!
Por toda a vida se Deus quiser
E mesmo depois da morte te amarei.
NOSSA SENHORA DAS ROSAS
Nossa Senhora das rosas
Dai-nos a serenidade
a sabedoria e a coragem
para aceitar as coisas
que não podemos mudar
e seja feita a tua vontade.
Amém.
Nossa Senhora das rosas bravas
Ilumina o meu coração
A minha família e a minha vida
Minha doce mãe.
Introspecção
Colho rosas na entrada
dos meus olhos, à noite.
A minha alma sem sombra
adormece nas palavras de paz.
Rosas Perfumadas
Uma flor se fores me dar...
Dê-me rosas perfumadas...
Ah! Eu gosto disso...
No seu perfume vou me embriagar!
Me embriago e deixo-me ir,
Por onde você me conduzir...
Deixo - me levar,
no seu jeito quente de me amar!
Até posso te seduzir
com meu corpo e meu calor,
mas deixo - me conduzir,
embriagada neste amor!
Rosas perfumadas eu gosto,
Trazes - me rosas perfumadas...
Nenhuma cor causa-me desgosto,
a menos que estejas perfuradas...
Daí, jogo fora
E te boto pra fora
Com afinco e gosto!
Rosas perfumadas eu gosto...
Mas, traga - me tenras e vigorosas...
Amo as rosas com sedução,
principalmente com um belo cartão...
Marcando o encontro de paixão!
SONETO DAS ROSAS
Rosas, poemas da natureza, poetadas
Por mãos, que também oferecem rosas
Cativantes, ao amor tornam suspirosas
E ao desafeto são tristes e desfolhadas
Já as vermelhas para paixão, afanadas
Ornando o olhar, se dando primorosas
Cheias de significado, e tão formosas
Também, bem às emoções esfalfadas
És cheiro nas lembranças silenciosas
Lágrima infeliz nas perdas passadas
Sois trovas alfombradas às amorosas
Ah! Belas damas várias e tão encantadas
As primeiras, as derradeiras, carinhosas
Só tu rosas, para coroar nossas estradas
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
AMBIGUIDADE
Uns carregam prata outros trazem ouro
Eu? Nem ouro nem prata, tenho rosas
Umas com espinhos, outras formosas
No meu farnel são um acaso e tesouro
Na oferta é para serem harmoniosas:
Nas dores, as brancas são vertedouro
Na sorte, as negras portam mal agouro
Assim, ornam a vida, tornam prosas
É enredo no amor passado e o vindouro
Aos corações belas poesias primorosas
E nas lágrimas, doce arrimo batedouro
Dotam a emoção, alegres e nervosas
São cores na morte e no nascedouro
Vão em todas as venturas, preciosas
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano