Poesia sobre Preconceito
O racismo no Brasil se torna insuportável quando você se torna patrão. Até hoje eu nunca vi nenhuma pessoa preta me perseguir.
Eu sempre paro para tentar compreender porque querem me ver tão infeliz, se eu luto para que as pessoas vençam e me sinto derrotada quando sou impedida de ajudar.
Por me acharem arrogante, as pessoas vivem fechando as portas para mim, mas a única coisa que eu quero nesta vida, é ter oportunidade para trabalhar honestamente e com dignidade. Não me vitimizo, sou qualificada, esperta, inteligente, trabalhadora, mas a verdade é que sou massacrada todos os dias pelos que dizem não ser racistas e são.
"Que sociedade dengosa, é só nega-lhe alguma coisa que já te trata como se fosse preconceituoso ou te acusa por não ter humildade."
É fácil e divertido fazer piadas com os infortúnios alheios, difícil é viver da forma e com as consequências que atos e realidades indesejáveis propõem à vida para cada um.
O sentimento de inferioridade leva a pessoa a se ver no mundo como alguém que é vítima de preconceito.
Tudo é perfeito diante dos olhos dos cegos; pois são nossos próprios olhos que ocultam toda a beleza.
É uma característica universal de todas as crianças. Elas não procuram naturalmente por diferenças de raça, cor ou credo nos colegas, e raramente se ressentem de sua situação até que lhes digam que o façam, porque não conhecem nada diferente. Para elas, mais importante do que procurar divisão ou ter as coisas materiais ou oportunidades desconhecidas é o senso de comunidade, diversão, liberdade e independência. É um estado de espírito que nós, adultos, deveríamos tentar preservar.
Xingamentos na minha opinião são fome, miséria e discriminação. Isso sim é "palavrão"; o "resto" se bem usado, são apenas formas de expressão.
Eu tinha conflitos muitos grandes comigo mesma, mas achava que a causa era social. Desde criança eu sentia preconceito de cor. Queria o curso de sociologia porque, se o problema era esse preconceito, eu deveria estudar sociologia para me proteger do preconceito, que é formado ao nível sociocultural.
Ao meu entender, as pessoas diferem, sim, umas das outras, não por sua cor, estatura, peso, crença religiosa, ou orientação sexual. As pessoas diferem-se pelo seu caráter em relação a sua própria especie ou como respeita outras formas de vida do mesmo planeta em que vive!
Essa ditadura ainda não acabou no Brasil contra nós negros de periferia. Essa ditadura ainda é a regra e por ela não há grandes mobilizações já que se trata do país mais violento do mundo.
Todo desconhecido é um santo em potencial. Crer no pré-julgamento pode ser cômodo mas essa é a arma que tira a vida do inocente.
Pessoas temem o que desconhecem. Melhor para elas virar as costas, do que gastar energia escavando identidades.
Perceba que são poucos os fiéis que se expõe às ideias e discursos que contradizem os seus: eles discordam por exclusão, sem que conheçam aquilo que discordam. Pouco importa saber o que o outro tem a dizer quando se tem a verdade; é isso uma ignorância inofensiva e, agregada à agressividade: estupidez. A estupidez cristã é, portanto, a agressividade a qualquer coisa que tenha uma diferença abissal com a ótica teológica que conduz seu pensamento.
A unidade da igreja primitiva se dava entre: pobres e ricos, brancos e negros, judeus e gentios, homens e mulheres, livres e escravos, sãos e enfermos; todos uniddos em um só Espírito.
O Cristo está para além dos estereótipos, Ele contempla a alma que chora e o coração que sorri. Sua graça e amor não se limitam a imagens pré-concebidas.
O simples fato de usarmos a expressão sangue-frio para denominar alguém pouco emotivo mostra o nosso preconceito inato de primata em relação aos répteis. Não julguem outras espécies pelas suas próprias normas sociais.
Os homens demoram a compreender o quanto surpresas encantam. As mais singelas, principalmente. Só que isso requer desprendimento da pose de "eu sou macho". Requer reconhecer o valor de cada gesto enquanto ele importa para quem se ama; depois pode ser muito tarde para pensar "por que eu não fiz mesmo?". Medo, preconceito, "falta de tempo", e por aí se vão as desculpas mais descabidas e causas para fins que eles não imaginam vir. Só queremos amar desmedidamente. Chega desses joguinhos de "vou demorar mais que ele pra responder", "não demonstrar demais, porque ela precisa não ter certeza do quanto a amo". Eu creio que seria melhor ter vivido há alguns anos, onde não se tinha vergonha de amar; onde se ajoelhar, declarar-se, era visto com glória e ternura, numa simultaneidade capaz de sedimentar, ainda mais, o amor. Não queria que isso tudo fosse utopia ou coisa do passado. Eu queria isso tudo sem dimensão. O mundo talvez fosse bem melhor...
As pautas televisivas sobre preconceitos são superficiais e evasivas, gerando muita audiência e pouca consciência.