Poesia sobre poesia
A cada momento que o tempo passa, mais eu compreendo sobre o porquê da minha existência e o meu propósito de vida, penso em quem eu sou, logo existo e vivo.
Quando o pensamento é dirigido para um ser qualquer, sobre a Terra ou no espaço, (...) uma corrente fluídica se estabelece de um ao outro, transmitindo o pensamento da mesma forma que o ar transmite o som.
E se o amor não for sobre duas pessoas que se encontram para se amar, mas duas que se amam e ensinam a se encontrar?
Às vezes a traição no relacionamento não é pela certeza de não amar mais, mas pela dúvida sobre estar sendo amado.
Meu pai, quando encontrava um problema na roça, se deitava sobre a terra com o ouvido voltado para seu interior, para decidir o que usar, o que fazer, onde avançar, onde recuar. Como um médico à procura do coração.
Para aprender sobre o sonho americano, deveríamos ler sobre imigrantes, a classe trabalhadora, mães negras, ou, no mínimo, alguém que não tenha uma mansão.
Que tolice perder o sono por causa de um problema. Dorme sobre ele, que pela manhã a solução diz-te bom dia!
Quando penso sobre o fundo do poço, vejo a quantidade de vezes que cheguei no fundo do poço e voltei do fundo do poço.Cheguei a um veredicto que em outro encarnação eu era um balde.
Queria estar morto, ou melhor inexistente: Alheio a tudo e a todos, inconsciente sobre a minha condição, indiferente à minha própria indiferença. Não querer, não sentir e não ter necessidade de nada. Imune à dor, livre da escravidão do prazer. Rijo e insensível como uma pedra, invisível como o vento. Um nada absoluto que nada quer, nada sente, nada sofre. Simplesmente um nada!
Se eu pudesse te dar um conselho sobre como criar uma criança: solte a mão. Nós, pais, fazemos tudo quanto é coisa. Tentamos fazer tudo perfeito. Mas não temos controle nenhum. Precisamos aceitar isso.
Quando a gente questiona as nossas certezas sobre o mundo, a gente passa a ter de fato uma visão própria, e não uma visão incorporada.
Ora, será que a opinião democrática é aquela que todos partilham ou é aquela sobre a qual todos puderam refletir por si mesmos?
E lá vou eu sobre a corda bamba da vida cambaleando sobre as minhas escolhas, errando, acertando; caindo, levando; às vezes, chorando outras vezes rindo, mas sempre tentando acertar.
As experiências passadas, não jogamos para baixo do tapete. Falamos sobre elas, e as ressignificamos.
Uma vez, vi um filme americano sobre umas pessoas que estão no limbo e não se dão conta. Estão como que em uma armadilha, condenadas a repetir as mesmas ações.
Quando somos jovens pesa sobre nossos ombros a escravidão capitalista, a responsabilidade da construção: passar em vestibular; arrumar trabalho; construir família, ter filhos; comprar casa; carro. Nos tornamos escravos do mercado de trabalho, das exigências das regras sociais, da perversidão dos padrões de beleza da época, da moda. A emancipação só chega bem mais tarde já na vida adulta, mas nessa época ainda estamos preocupados demais em preparar nossos filhos para enfrentarem sozinhos esse mundo competitivo e desigual no qual os colocamos. A autonomia mesmo só chega com a maturidade. A idade madura nos permite encarar o mundo com mais liberdade. Mais seguros de nós mesmos podemos nos dar o luxo de olhar pra vida sem o peso dos compromissos e ao invés da vida nos dominar, agora somos nós que dominamos ela.
As más conversações são como uma diarreia verbal, na qual um indivíduo derrama sobre o outro todo o lixo que não foi capaz digerir. Assim como utilizamos os nossos cinco sentidos para analisar um alimento antes de o ingerirmos, se faz necessário fazer uso do discernimento espiritual, durante determinados assuntos e aprendizados. Contudo, a Bíblia nos compara a vasos de barro que escondem tesouros espirituais, não à vasos sanitários.
"Saiba que todas as noites sobre o céu estrelado eu falo de você a ela. Compartilho tuas histórias, teus sonhos e teus sorrisos e, por fim, sempre peço que te ilumine e te guie com a sua luz suave."
Nada nos ensina tanto sobre a preciosidade do Criador quanto quando aprendemos a vacuidade de tudo o mais.