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Peru de Natal

Na verdade eu nunca tinha visto ou ouvido fatos tão comoventes quanto aos que vi na tarde do dia vinte e quatro de dezembro, nas vésperas de Natal. Era uma tarde escaldante, o mau cheiro se misturava com a quente temperatura, e o suor que banhava a minha camisa “branca de sujeira





O lixo e o desgosto me consumiam naquela tarde.Sentia muita raiva de mim mesmo, por ser o que eu era: um gari fedendo a lavagem podre.Nesse momento de aborrecimento, parei e comecei a observar o que havia ao meu redor.




Naquele instante, vi um bando de “fuscões” pretos, em rodeios sobre as imersas montanhas do lixão, onde brigavam furiosos como furacões, a disputar seu espaço juntamente com um velho já mal das pernas.

Tudo era muito triste e violento, o pobre homem gemia, gritava, uivava, zurrava na briga pelas pequenas carcaças infectas de pequenos animais que ali morriam.


Os urubus bailavam ao som da vitória, pelo céu avermelhado, saboreando as carniças já conquistadas. O velho mergulhado nas lavagens, esmurrava-se de raiva, por saber que talves , aquelas carcaças poderiam ser a sua última refeição de sua vida...

Inserida por asassobreomar

Coração e uma parada louca né? Se conforta com pequenos detalhes e coisas simples.
Ao mesmo tempo que derrubava uma lágrima em meu rosto, um conforto surgia por ter você perto ...
Sempre tem aquela presença que te deixa sem graça e sem saber como falar ou agir né?! Ela sempre me desconcerta quando está perto... logo eu! Sou a pessoa mais brincalhona e fria que existe!
Odeio parecer fraca! Mostrar minhas fraquezas ou qualquer interesse por alguém.... mas ela consegue me embalhar toda e me deixar derretida só com um olhar e sorriso .

Inserida por Not4sobre

Uma verdade sobre as palavras:

⁠" Se cada um de nós compreendesse o verdadeiro significado de pelo menos um décimo do que falamos para outros, a terra seria um lugar de silêncio..."

Inserida por LeticiaLion

⁠Uma coisa eu sei,
Se tem uma coisa que não tem como mudar.
E a vontade de Deus de nós ver juntos.

Inserida por VagnerSpirit

⁠Eu gosto.Quando isso acontece é assim...sem razão.
Mas aprendi a deixar de gostar.
Quando isso acontece é assim sem razão.
Quando eu gosto não existem estradas...oceanos...noites escuras...ou Saudades que me impeçam de gostar. Fico feliz por qualquer vírgula e choro junto qualquer reticência. ..
Mas aí eu deixo de gostar e fecho o álbum de fotos dos momentos passados...amarelam em um instante e eu fecho o baú a 7 chaves.
Quando gosto todo dia é dia de encontro...de festa..de risadas...
Mas o tempo passa.As palavras ficam tatuadas...Os gestos cravados na memória. ..e fecho tudo com um cadeado a mais.
Eu nem escolho as pessoas...quando chegam eu abro as portas e o coração. ..podem entrar e fazer parte da minha vida como se fossem parte de mim.
Mas eu nunca amei as unhas ou os cabelos...Os cílios ou a pele ao ponto de sofrer quando os perco....partes de mim também vão embora...
Quando alguém diz gostar de mim posso ser invadente...porque eu me conheço. ..e sei...sei que posso ir embora.
Quando gosto eu sou invadente...porque me conheço e sei...sei muito bem que eu posso deixar ir embora...
Assim..sem explicação. ..sem motivo aderente..sem razão. ...simplesmente porque tudo tem um fim.
Indialokita

Inserida por indialokita

No caminho de seu sonho não se prenda aos detalhes, apenas ande, pois o inicio de seus sonhos começam a partir de um único passo em direção a eles

Enganamo-nos ordinariamente sobre a intensidade dos bens que esperamos, como sobre a violência dos males que tememos.

A natureza do mundo está sempre a mudar, ou é a verdadeira natureza que triunfa sobre a aparência?

É preciso planar sobre o que fazemos. É necessário saber muito mais por cima e por baixo, ao lado e de todos os lados, rodear o seu objeto e tornar-se o seu dono.

Os moços são tão solícitos sobre o seu vestuário, quanto os velhos são negligentes: aqueles atendem mais à moda e à elegância, estes à sua comodidade.

Todos aqueles que devem deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar", publicada por Martha Medeiros no dia 1 de novembro de 2000. Muitos vezes é equivocadamente atribuída a Pablo Neruda.

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Amar a Deus sem fé é refletir-se sobre si mesmo, mas amar a Deus com fé é refletir-se no próprio Deus.

Nunca demonstre demais, não dê certezas sobre seus sentimentos. Lembre-se: pessoas gostam do que não têm.

Meu coração vai batendo devagar como uma borboleta suja sobre este jardim de trapos esgarçados em cujas malhas se prendem e se perdem os restos coloridos da vida que leva. Vida? Buenas, seja lá o que for isto que temos.

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas ondulações.

Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas. As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado.

Salomão
Bíblia Sagrada. Cânticos 8:6-7

Nota: Tradução de João Ferreira de Almeida (Revista e Atualizada)

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Oh, Zé! Daquela que bate fundo, desfaz o mundo, alonga segundo e dá até em vagabundo é de que tipi? _Ah, dessa, é sardade profunda matadêra.
E daquela que dá em sonhadô, tira o dispô, vira os zói do dotô e faz da gente bebedô em curriquêro chororô? Dessa daí, eu sei eu, que é das profunda tamém. E matadêra.
Zé, e daquela qui a gente sente só a farta da presença, de mão dada com ausênça, na inocença da crença que intorta doença sem carença de clemença, bate até macia, nem se anuncia e judia mas é até mêi que alegria? Alegria de lembrá de quem num tá.
Sabe, Zé? De que tipi é aquela sardade que a gente qué matá, mas sem muita precisança, prosquê deve do ôtro querê por de merma confiança, que morra tamém a que a gente tem, sabeno que morrê morrida de morte morta mermo, ah, essa num vai morrê é nunca?
Prosquê até pode quetá, mar começa de novo na hora da hora de chegá a hora de se dispegá. Essa tamém é das profunda matadêra?
Né não. É só sardade mermo. Sardade verdadêra.

Inserida por alanlima92

éramos dois pássaros
em lugares separados
um dia te assisti voar
e nada pude fazer para você ficar
-
depois você retornou
mas não estava sozinho quando chegou
você veio acompanhado de um outro amor
e meu coração se despedaçou

Inserida por letias