Poesia sobre o Inverno
Lindas Rosas
No fim do inverno, as sombras se desfazem,
Frio que se retira, deixando o solo fértil.
Lindas rosas brotam, suas cores nos atraem,
Anunciando a primavera com um gesto sutil.
Pétalas que se abrem ao toque do sol,
Renascendo em beleza, em perfume e cor.
A promessa de novos dias se desenrola,
Na dança suave do vento, no esplendor do amor.
Cada rosa, uma história, um recomeço,
Florescendo após o rigor do frio.
No jardim da vida, um novo endereço,
Onde sonhos antigos se renovam, de forma gentil.
O fim do inverno, uma saudação ao renascer,
Primavera que chega, com esperança no olhar.
Lindas rosas são o sinal de que vamos crescer,
Em cada estação, sempre prontos para amar.
Fragmentos de manhãs de inverno, aquecidas lentamente.
Por que não permitir fragmentos em si mesmo que aqueça a alma diariamente?
A vida é sucinta, é essência, é energia.
Sentir é muito além de simplesmente existir, é viver.
INVERNO QUENTE 🔥
Será que eles perderam-se
Ou se enganaram na estação?
Falaram que entraria o inverno
Mas na verdade, entrou o verão! 😓🌤
Chuva de inverno... de outono
de verão... de primavera
de amor... de saudade....de dor
de flores... de todas as cores
de espadas... punhais afiados
de hipócritas... ignorantes incultos!
Mãe Terra
Eu estava andando na praia, num dia de inverno...
Olhando para baixo
eu vi a onda levar uma pena à areia.
Era uma pena de gaivota manchada de óleo
Eu a peguei...
E senti a pena escura e lisa com os meus dedos.
Fiquei pensando....Se o pássaro havia sobrevivido.
Será que estava tudo bem lá?
Eu sabia que não.
Fiquei triste ao pensar sobre como tratamos mal nossa casa.
A Terra que todos nós dividimos
não é apenas uma pedra flutuante no espaço...
Mas...Um ser vivo!
Ela se importa com a gente.
E merece nossa importância de volta.
Temos tratado a mãe Terra
do mesmo jeito, que algumas pessoas tratam
um apartamento de aluguel.
Apenas o jogam no lixo, e se mudam.
Mas...não há lugar para se mudar agora.
Nós trouxemos nosso lixo, nossas guerras e nosso racismo
para todas as partes do mundo.
Precisamos começar a limpá-la.
E isto significa limpar nossos corações
e nossas mentes primeiro.
Porque eles nos levam a envenenar nosso querido planeta.
Quanto mais cedo mudarmos,
Mais fácil será sentirmos o amor pela Mãe Terra,
E o amor que ela livremente nos dá.
Estações
Negar a idade é negar seu tempo, seu caminho. É enganar sua própria história!
Aparentar jovialidade é saudável quando não se precisa maquiar o tempo, não é uma atitude madura tal feito. A juventude não é madura, a inconsequência da pouca idade não é a beleza da juventude. O belo está na alegria da vida que essa fase deixa com sua virilidade e sede por novas experiências, experiencias estas das quais não precisam ser perdidas no tempo.
Esta é a época que as pulsões de morte paradoxalmente nos fazem sentir a vida. A beleza da juventude é uma fase transitória enquanto a vida se resume em emoções antes de se transformar nas demandas de responsabilidades, no orgulho ou na consequência que se tem por ser quem é.
Negar a idade é estagnar a maturação da vida por uma fantasia fixada em uma época de incertezas, de poucas glórias e de pouco aprendizado. Identificar-se somente com o que é jovem denuncia falhas no processo de desenvolvimento mental, não é original para quem passou dessa fase!
Pessoas todos os dias negam seu tempo de existência para não se responsabilizarem pelo tempo mal aproveitado ou mal vivido, numa tentativa de equacionar a vida aos 20 anos de idade. Mas infelizmente o espelho não perdoa, o tempo não para e os cabelos já não brilham, por isso assumir as primaveras é oportunizar sentir o cheiro e o gosto das próximas estações. O verão já passou, a primavera sempre trará flores, o Inverno é essencial e do Outono ninguém escapa.
O amor e como um dia, começa lindo
E claro, depois esquenta e acaba
Escuro e frio como uma noite de
Inverno.
Quatro Estações
Primavera em minha vida foste.
O frescor de tua pele, o sorriso,
os olhos vivos e alegres eram
borboletas à minha volta.
O amor cresce com os dias, e o nosso
foi quente e ardente.
Eras a chama que aquecia meu coração,
e juntos éramos chamas de um verão.
Passam-se os anos a vida continua,
nós vivíamos o nosso amor eterno.
Tínhamos a calma dos anos,a paciência
de quem já vivera o moderno, vivíamos
agora o nosso outono.
O luar da vida, passou para os cabelos.
A ligeireza e a volúpia foram-se,
foi-se também o teu frescor.
Restou apenas um ser, que respira e vive
desse amor, que até o meu fim será eterno.
Só eu acabei vivendo o inverno.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Três coisas me aborrecem muito:
1º Ver que alguém apertou o tubo de creme dental no meio e ainda o deixou destampado;
2º Entra para tomar banho e somente no final verificar que minha toalha não está ali;
3º Quando o miserento daquele disjuntor, desarma justamente no momento daquele delicioso banho no inverno.
A raiz, extrai a vida, para o tronco alimentar.
Da terra, mãe-alimento, vendo a árvore vicejar.
Sorri em fruto, num aceno, num meneio
Mostrando ao mundo a que veio.
Seca!
Diz o inverno: deixe de resistir!
Resisto!
Diz a arvore: é meu destino EXISTIR!
Hoje vou me abraçar com meu melhor sorriso e cantarolar o dia todo...
A tristeza fica pequena, quando Deus fala baixinho no seu ouvido, que você tem forças para lutar.
Só hoje, amanhã e depois de todos os dias, preciso algemar qualquer dor; tenho pressa em aninhar meus melhores sentimentos e fazer casulo quando o inverno de emoções chegar. Agora, só a primavera pra pensar, ela me ressuscita e me enfeita com uma coleção de flores pra sonhar!
Simone Resende
Passam rápidas as horas,
nos dias que seguem as estações,
todos levam de nós um pedaço
marcando saudade no coração...
Todo dia é uma esperança de amor.
Abrir os olhos tornou-se uma canção
Em noites quentes de inverno frio
Porque você é a luz que eu preciso,
É a voz que não se cala,
É a cortina que se abre.
Porque você é tudo...
Tudo que o amor me faz viver.
Um dia você me disse
Que eu era sua primavera
Com minhas cores e cheiros
O verão chegou
E nós passamos por um calor intenso
Passamos pelo outono
As cores já não tinham muito brilho e o perfume já não era tão forte
Mas você disse que passariamos por essas e outras com sorte
E então chegou o inverno
O tempo esfriou, as cores já não eram vivas
E você já não podia cumprir o que prometeu.
Você foi embora.
O inverno qual você disse que ficaria acabara de chegar
E você, você se foi
Talvez procurar outro lugar
Um mais quente
Pois esse, esse já não te agradava mais
Você reencontrou alguém
Alguém que no passado foi o seu inverno drástico
De forma que eu nunca seria
Você preferiu abrir mão de quem estava aqui
Esperando passar pelo inverno pois sabia que uma linda primavera chegaria
Você preferiu se reaproximar do inverno que te machucou
Que fingiu ser verão, que pulou uma estação
E te derrubou com uma enorme bola de neve
Eu espero que não te ocorra novamente
Eu, esperançosa e colorida primavera
Espero que você perceba a imensidão de qualidades que eu, também inverno, posso ter
Só não demore para perceber
Que está vivendo na estação errada
Pois com as mudanças das estações
Borboletas novas procuram as flores mais coloridas
Turistas novos visitam as praias
Pessoas novas saem e apreciam as folhas secas caindo para que novas folhas apareçam
Animais novos procuram um cantinho bom para hibernar
Não deixe que eles
Tomem o seu lugar.
Parafraseando Elke Lubitz...
"O sol é prosa
a lua, poesia."
O verão é energia
o inverno, aconchego.
A primavera é esperança
o outono descarrego.
O jovem é afoito, fogoso
O idoso, experiente
é prudente, carinhoso.
O mar é solidão.
O céu imensidão
a terra, criação
a musa, paixão.
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
TEMPO QUE PASSA...
Malhando em maio
sem perceber "outonei".
Encolhido, assustado,
Adentrei ao inverno da minha vida.
Hibernei, busquei forças
esperançoso pela primavera
florida, rejuvenescedora,
de amores alentadora.
Anseio e vislumbro o verão
a cada amanhecer enevoado
direciono o velho timão
rumo ao Norte, ensolarado.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Ei... Sei que faz tempo que a gente não se vê
Faz tempo que a gente se fala
Eu sinto falta de você
Eu sinto vontade de fazer uma mala
E ir embora
Ir por aí a te procurar
Mas nem sei onde você mora
Nem onde você trabalha
Sinto falta da sua risada
Tomando conta da sala, da casa, da cidade
Do meu coração...
Sinto falta da ingenuidade
Que eu tinha quando tinha a sensação de te ter por perto
Sinto falta do meu sorriso aberto
Do nosso futuro que parecia certo
Mas não foi...
Acabou como o pôr do sol no inverno
Eu esperei pra te ver
Mas você nunca apareceu
As imensas e escuras nuvens te esconderam do meu olhar
Te levaram embora e nem vieram me avisar...
Perdi você
Apesar de nunca te ter...
Se ninguém te quiser… eu quero
Se ninguém mais te quiser, eu quero.
Quero dizer-te que o verdadeiro amor é descomplicado,
Não acusa, nem revolta e sempre está por perto,
É amigo, companheiro e não austero.
Se ninguém mais te quiser, eu quero.
Quero ficar bem quietinho contigo e repensar
Junto, os teus momentos ruins e ser sincero,
Somente o bem vou lhe desejar.
Se ninguém mais te quiser, eu quero.
Quero falar-te com o calor do meu corpo em movimentos,
Repetir muitas vezes o meu abraço, que se eterno,
Aquecerá a todos os teus momentos.
Se ninguém mais te quiser, eu quero.
Quero beijá-la de uma maneira especial
E com muito carinho e esmero,
Dizer-te que para mim é a mulher ideal.
Se ninguém mais te quiser, eu quero.
Quero ser a tua sombra no verão,
O teu aquecer no inverno
E se não for pedir muito, o pulsar do teu coração.
Assim, se um dia ninguém te quiser, eu que quero!
Quero ser dos teus sonhos o luar
E se a tua vida enfim se complicar,
Se ninguém mais te quiser... eu quero.
Flor de pessegueiro
E lá está ela, altaneira, teimosa, colorida e viçosa; é um ser anômalo, destoante no meio do concreto e do cimento; solitária, imperturbável, florescendo prematuramente devido ao calor fora de época; que importa se é inverno ou primavera, teu brilho e teu colorido se sobressaem na paisagem acinzentada das ruas mortas de tédio e de rotina.
Por um momento minha visão do mundo, normalmente em preto e branco, vislumbrou aquela árvore vestida de rosa, destoando do acinzentado da rua e da minha vida. Por um momento, e só por um momento eu tive a ilusão de voltar a ver as cores, o brilho e a alegria da vida. Mas eras única, impotente e insuficiente para preencher de cores e de vida uma alma grisalha e envelhecida.
Talvez no campo, onde o barulho das ruas não me alcance, onde eu possa ouvir o chacoalhar das folhas das árvores numa golfada de vento, o cantar solitário de um pássaro; onde o horizonte não se esconda atrás de prédios feios e frios; talvez lá eu encontre cor e luz suficiente para trocar minhas vestes cinzentas pelo verde dos campos ou pelo colorido das flores e minha tristeza seja engolida pela alegria pueril das aves, pelo coro melancólico das cigarras ou pelo silêncio cúmplice de uma noite estrelada.
Básico são os outros
Básico é copo d'água sem gelo e uísque Cowboy sem emoção
é solidão abundante e tristeza falseada nas mesas dos bares
básico são os olhares chorosos das pessoas
escondidos por detrás de largos sorrisos de desespero
e o desesperado soluço engasgado no peito
na iminência de rasgar as entranhas de dentro para fora
e transbordar feito fazem os vulcões em cólera.
Básico é o levante furioso dos insetos
disputando os melhores lugares em sua parede favorita
carregando e entremeando os restos mortos de carne
que se encontram caídos no chão
levando-os para as fendas e buracos abertos pelos pregos sujos
que sustentam os engordurados quadros com propagandas
de conhaque, cerveja e cachaça.
Básico é uma pitada de raios dourados de meia lua na retina
e uma noite inteira cheia de estrelas num céu à sua escolha.
Básico é não querer ser o que não se é
e sendo, não ser o que se pode.
Básico é sentir a poesia entrando pelas narinas
queimando a pele, alterando a pulsação
feito o vento frio que maltrata o corpo em uma bucólica manhã de inverno.
Básico é não morrer de véspera, por antecipação
ou viver a vida numa pressa desmedida
embalado por um repetitivo e antiquado refrão.
Básico é embriaguez no mês de dezembro
- às vésperas do natal -
sem pessoas nos pontos de ônibus
cães ladrando pelas ruas
e larápios espreitando a melhor ocasião.
Básicos são os tombos que se cai no caminho de volta pra casa
com a gravata retorcida no colarinho da camisa
e a cara amassada de tanto sono.
Básico é a chave da porta da sala
que insiste em não abrir a fechadura do portão
e o movimento do lápis desembestado na folha
e o da borracha, desgovernada na contramão.
Básico são os outros, nós não.