Poesia sobre o Inverno
"Assim como a primavera sempre segue o inverno, todo trabalho interno de sombras precederá um valioso renascimento.
- Flávia Filgueiras
O doce sabor do inverno
Os ventos fortes prenúncios...
De um inverno rigoroso copioso...
Outrora também foi assim, aí de mim.
Cheia de paixão pulsou meu coração
Esperando por ti, que demonstrou...
Sentimento afim, mas logo partiu
Após um momento de pura emoção
Beijos calorosos frente à lareira com,
O maior fulgor puro amor? De repente!
Rumo à realidade perdeu-se o sabor.
Depois de tudo, nem um adeus...
O frio permaneceu sem teu regaço.
In memória: Uma história inacabada
Na verdade causos de um passado
Vivido guardado no baú da saudade
Espelhado no reflexo do meu olhar
Revivendo hoje aqui, diante do espelho.
Na retina ele mora e quando eu quero
Olho para sala preservada a recordação !
Mary Jun
Dois corações unidos, promessa de eterno,
Amaram-se intensamente, sem medo ou inverno.
Mas o destino cruel, traiçoeiro e impiedoso,
Separou-os abruptamente, num adeus doloroso.
Lágrimas escorrem, em rios de saudade,
O tempo não apaga essa trágica realidade.
Seus sonhos desfeitos, como pássaros sem asas,
Deixando apenas lembranças, em memórias embaçadas.
Um amor tão forte, partido ao meio,
Um adeus não esperado, doloroso e feio.
Eles agora vagam, separados e sós,
Com o coração quebrado, em destinos atrozes.
E assim a história se encerra, numa dor sem fim,
Um final trágico de amor, que ninguém previu assim.
Que essa lição nos lembre, com pesar e ardor,
Que nem todo amor tem um final com sabor de amor.
RETRATO DE CURITIBA
Minha amada, gelada, cinza e nublada,
de inverno com o céu azul translúcido,
outros muitos bruscamente escurecidos.
(Um sol tímido algumas vezes brilha aqui.)
“Daí você já sabe” aqui tem leiTE quenTE.
tem o Vampiro e a sua polaquinha,
A Curitiba do Zequinha, da Cini ,
do Poty, da Elena Kolody e Leminski.
da “vina”, do“penal” do “piá” e Au Au.
Cidade Sorriso da Rua da Flores
dos teatros, dos Natais e musicais.
No domingo tem Tangua, Tingui eBarigui.
Porque é linda e Santa a Felicidade
e no Paço daLiberdade, eu te abraço!
Curitiba, é muito bom viver aqui !
AÑÃ’GWEA
Enquanto sinto o meu coração palpitar, observo a beleza dos raios de um sol de inverno afagar minha pele suja de terra, meus olhos pesam, apago.
Lá no alto da colina, por entre árvores criaturas fantasmagóricas dançam envoltas na brisa suave do vento.
Agora o vento sopra lentamente uma doce canção.
Será esta a canção das criaturas que habitam os céus ou daquelas nas profundezas dos mares?
Acordo desse sonho pesado algum tempo depois, a canção ainda ecoa como um grito que se sufoca
Agora posso ouvir o som da minha alma;
“Voe filha de Iamandu;
Voe bem alto e faça das nuvens um véu;
Espere pela noite e suas estrelas brilhantes;
Voe e dance como o vento no céu.”
Verão que aquece o inverno com o calor de uma paixão, a mutualidade de um amor verdadeiro, a imponência da sedução, assim descrevo a tua natureza abundante e a veemência da tua emoção, mulher entusiasmante que promove a vívida exultação.
Comparação bem justificável, tendo em vista que o teu sentir aparenta ser intenso e sincero, oriundo de acalorado coração e a tua linda presença que se destaca mesmo em um dia nublado, o clarão sedutor de um céu ensolarado.
Clima caloroso ao teu lado, efeito parecido com o que é alcançado através daquela estação quente que deixa os ânimos renovados, um fevor evidente, um tempo muito favorável para certos momentos serem intensamente aproveitados.
Foi o último sol.
depois,
o inverno chegou.
A brisa
cobriu a vida.
Nada mais era visível
e o que se via
não nos via.
O branco foi cobrindo
os olhos fechados.
Silenciados.
E os sonhos dormiram
eternamente.
Um amor de inverno:
A primeira vez que te vi
Senti um tremor no corpo
uma fisgada no coração
e borboletas no estomago
ali percebi que era o tão famoso
amor à primeira vista
você e tão primorosa
que pensei estar sonhando
E em primeiro momento
não tive coragem de falar contigo
Mas logo percebi que deveria
E quando criei coragem
Parecia que já nos conhecíamos de vidas passadas
Naquele momento em diante
percebi que te amaria até o fim
Mas infelizmente o destino não quis
e como um castigo cruel
fui obrigado a viver sem ti
Espero te rever além daqui em outras vidas
E espero te reencontrar algum dia
Os Encantos do Inverno
O inverno trouxe serenidade e encanto à cidade coberta de geada , transformando os dias e noites em momentos de aconchego e intimidade. Em meio ao frio, o amor florescia com abraços calorosos à beira da lareira e passeios tranquilos pelo parque. A estação fria realçava a beleza das pequenas coisas e fortalecia os laços amorosos, tornando cada momento compartilhado um presente precioso. Assim, enquanto o inverno passava, o amor permanecia forte e eterno, aquecendo os corações e preparando-os para qualquer estação futura.
INVERNO CURITIBANO
Noites geladas e dias sem graça,
garoa irritante no vento que passa.
Minuano inclemente nas pernas da gente
na cara da gente, nos cantos da praça.
Cidade deserta, janelas trancadas
tristeza que aperta nas mãos congeladas
buscando coberta e as mantas pesadas.
Um café bem quente, na língua que queima,
na boca que cospe na mão que nem sente.
Ai! suspira tristonha, e a escriba reclama:
"Frio que arrepia, por favor não me diga,
que chegou o inverno, esta friagem medonha
na cidade gelada que não vive e nem sonha,
pobre cidade, fria cidade, invernal Curitiba.
Lori Damm, "Curitiba Fria", 17/04/2023
Parafuso chato
Voltou do inferno o poeta
Sem tempo pra frágil Inverno...
Que pena que viu uma queda!
Dezenas de gritos caindo,
Morrendo segundos malditos
Sem asas, motores, sem nada;
Que tapa na cara da mídia
Que tava focada em Olimpo
E o limbo? Acolheu a desgraça!
O inverno vem anunciando a seu fim
As lindas copas dos ipês amarelos, estão carregadas de flores.
E o chão, é um verdadeiro tapete natural!
Quando se olha a árvore de baixo para cima parece um buquê gigante
Como não se encantar com tanta beleza que toca a alma.
E tudo isso representando,
FORÇA E VITALIDADE
O mais belo ainda está por vir…
Ao observar a contribuição sutil do vento
Que faz com que as flores se desprendem das árvores
É fantástico, quando começa a “chuva de flores”,
Minha alma fica em êxtase
E o Inverno nos recebe...
Época do aconchego... do cafe quentinho... chá... chimarrão.
Do bolo saindo do forno com uma manteiga derretendo sobre ele.
De tardes agasalhadas no sofá... luvas, meias e cachecol, um bom livro, filme... futebol... ou apenas descansar.
Inverno de família, de namoro... férias.
De crer que dias melhores virão, assim como novas estações.
De acrescentarmos fé no cotidiano... esperança a cada dia.
De querer e ser feliz!
Lu Andrade
HOMEM DO MAR
Não fale sobre o frio, se você nunca enfrentou um inverno no mar.
Não fale sobre o medo, se você nunca encarou as ondas na escuridão das águas.
Não fale sobre alegria, se você nunca experimentou o retorno ao lar após meses de navegação.
Não fale sobre saudade, se você nunca precisou deixar sua família e se lançar na vastidão do oceano.
Não fale sobre beleza, se você nunca navegou sob um céu estrelado.
Não fale sobre esforço, se você nunca foi um HOMEM DO MAR!
No verão semea-se
No inverno a terra germina
A primavera traz colheita
No outono tudo se renova
A planta do justo - É um caminho de nobreza, em toda estação sua colheita é brilhante como a luz da aurora, brilha dia após dia no céu, para sua vida
e abundância.
MEU INVERNO
Surge uma estrela no céu.
Um cruel vento frio afronta
as árvores solitárias e nuas.
Em um reino, imerso em névoa,
brumas se entrelaçam nos meus sonhos.
Sem luar… sem mar… sozinha
A voz noturna do meu silêncio,
destrincha meu coração.
( Inverno - e os meus devaneios! …)
Corro todos os riscos no inverno.
Fecho meus olhos, vejo o que quero.
É melhor sonhar do que viver!
e eu te amei no inverno
E te amei no verão
Te amei a cada a batida
Do meu coração
Te amei demais,
Mais que a mim mesmo
Te amei mesmo sabendo
De todos os seus erros
Eu não pude te mudar
E essa foi a pior parte
Tive que engolir o meu amor
Porquê eu sabia que só doía em mim
Eu te amei mesmo com seus defeitos
Qualidades e imperfeições
Eu te amei tanto que me deixei levar por minhas emoções
O inverno aquece o humanismo
Frialdade do inverno aquece o sentimento
Do humanismo, acolhedor e assaz terno
Assim, o inverno chegou
Traz consigo a baixa temperatura
Pela manhã, o orvalho cobre a vegetação
A cerração inunda os campos
Nevoeiro espesso, denso
A dor invade as marquises e viadutos
Faz repensar o real valor do humanismo
Cidades famosas se destacam
Pela cobertura de gelo
Maria da Fé, Monte Verde
Presenças nos noticiários
Roupas raras saem do armário
Toucas e blusões se destacam
A fauna sofre as agruras temporais
A neblina fria e densa
Invade as estradas e rodovias
Patologias respiratórias se avolumam
No visual o tempo encoberto se destaca
O cobertor se torna obrigatório
Nas madrugadas frias
O amor se revela num coração
Aquecido pelo calor humano
O frio congela a sensibilidade
O coração explode com chamas
Quentes e efervescentes
Então viva o amor enternecido
É tempo de amor e reflexão
Viva a solidariedade entre os homens
É tempo de suportar as dores
Do inverno para florescer
A beleza exuberante da Primavera
Conto: Noite de Inverno
Era uma noite de inverno, o vento gelado soprava lá fora, fazendo com que as chamas da lareira dançassem alegremente. Dentro daquela casa antiga e acolhedora, as almas iluminadas se reuniam em torno do fogo, compartilhando histórias e boas energias.
A anciã da casa, com seus cabelos prateados e olhos sábios, olhou para seus convidados e sorriu. "Boa Noite almas iluminadas", ela começou, sua voz suave enviando ondas de serenidade pelo salão. "Venho aqui lhes desejar uma doce, encantada, tranquila e aprazível noite."
Os presentes sorriam, sentindo o calor do amor e da amizade que os envolvia naquela noite especial. As velas espalhadas pela sala lançavam uma luz suave e mágica, iluminando os rostos sorridentes e os corações cheios de gratidão.
Enquanto o tempo passava, as histórias se desenrolavam, algumas reais e outras imaginárias, todas tocando os corações de quem as ouvia. As emoções fluíam livremente, trazendo risos, lágrimas e suspiros de admiração.
E então, como se por encanto, a velha anciã começou a cantar uma antiga canção de ninar, cuja melodia envolvente acalmou as mentes agitadas e trouxe paz aos corações cansados. Os presentes fecharam os olhos e se deixaram levar pela magia do momento, sentindo-se transportados para um mundo de sonhos e fantasia.
E assim, naquela noite de inverno, as almas iluminadas foram abraçadas pela magia do amor e da amizade, encontrando conforto e alegria na companhia uns dos outros. Que neste inverno eles estivessem docemente aquecidos, não apenas pelo fogo da lareira, mas também pela chama da amizade que ardia em seus corações para sempre.