Poesia sobre o Inverno

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E mais um inverno mostra os seus sinais!
Num domingo de sol, aqui, bem ao sul do equador,
pessoas afortunadas e devidamente protegidas,
desfilam seus casacos, botas e boinas rumo à missa da manhã.
Certamente o percebem como a estação romântica;
própria para o aconchego, para o amor e para a boa mesa.
Tudo muito lindo! Mas há os que sofrem nas calçadas, tendo como único agasalho o cobertor "corta febre" que em nada aplaca o vento cortante da noite e que não minimiza o risco de não acordarem pela manhã. Há os que anseiam pelo calor do fogo, por um chocolate quente ou por qualquer coisa que venha amenizar o frio que lhes enrijece o corpo e a alma.
É preciso um olhar mais sensível ao que sofre;
é preciso que nos solidarizemos,
que abramos nossos armários
e tiremos de lá os tantos agasalhos
que tomam espaço e que não nos farão a menor falta,
para deixarmos, sem alardes, ao lado de quem precisa.
Bastará um gesto discreto, ninguém precisará perceber,
pois já basta ao que sofre, o fato de depender do auxílio de outrem.
Cika Parolin

Escapismo

Na alegria, na tristeza,
na ira, na calma,
no verão, no inverno,
no outono e primavera,
estou aqui.

Escapando das realidades,
vivendo minhas identidades,
descobrindo as habilidades,
criando amizades,
navegando nas novidades.

Um costume que aderi
e agora necessito.
Uma tecnologia que move
não só a outra,
mas a vida.

Hoje
Os dias são de inverno
No inverno
os dias sempre são mais curtos
Mas existe a solidão lá fora
Embora
ela esteja aqui dentro há tempos
Pois os tempos não voltam
E as lembranças remontam
O meu dia aos avessos
E a cada dia mais frio
Tão frio quanto a madrugada
Desses dias de frio inverno
Resta escrever poesia
Fria, em seus mornos versos
O latido de cães
E as cantigas de roda de outrora
Agora, tudo isso
é coisa por demais antiga
Saudade verdadeira
Verdade da boa
O forno de pão
O chão de terra batida
Violão e conversa
Lembranças tão dispersas
Quanto estrelas no Céu
Isso é a vida
No início
Um papel em branco
... e bonito
No final
Um livro escrito de qualquer jeito
Com direito à notas de rodapé
Em tempos de outra estação
Infância de poetas
São sempre as mais felizes
ou talvez as mais tristes
de vez que o poeta existe
Pra que elas sejam sempre algo mais
Mesmo que sejam somente
as mais distantes
tão distantes que agora
Não existe diferença
entre as verdades e as mentiras
O vento sopra e a roda gira
Uma longa lista de lembranças
As quadras,
cantigas de roda
e canções pra lá de antigas
Pondero
Que nunca mais eu cantei como antes
Pois a dura vida de ontem
vivida de hora em hora
Eu vejo agora
Parece que durou
somente um mero instante.

Edson Ricardo Paiva.

Frio cortante que bate
Inverno que vem
O som da rua é o cachorro que late
pedindo ajuda aos que mais tem

Que neste inverno possamos encontrar e conviver com pessoas, que aquecem a alma.
que transmitam calor humano,e sejam reciprocas e solidarias.
E que acima de tudo que os bons sentimentos não esfriem e as boas atitudes não congelem.
que seja inverno só na estação, e que no nosso coração permaneça verão..

A palidez do dia é levemente dourada.
O sol de Inverno faz luzir como orvalho as curvas
Dos troncos de ramos secos.
O frio leve treme.

Fernando Pessoa
REIS, Ricardo. Odes de Ricardo Reis. Lisboa: Ática, 1946.

Minha Primavera

Após um inverno duro, a primavera chegou e com ela tudo voltou a florescer, as paisagens formadas pela natureza encantam, uma grande diversidade de flores forma um belo tapete acima do solo, a temperatura ficou mais agradável e os dias agora são de prosperidade.
Você é a minha primavera, quero espalhar pelos quatro cantos do mundo que você chegou e agora a felicidade vai jorrar como aguá de uma fonte que nunca seca.

Folha Morta

A manhã de outono, varrida pela ventania, anunciava o inverno que daqui a pouco chegaria, o salgueiro quase desfolhado, um estranho "Ser" parecia, já era tardinha e sua última folha caia.

Outrora verde, macia, agora, sem vida, sem cor, a última folha morta, do salgueiro se despedia, sem destino certo, levada pelos ventos, perdida entre prados e cercanias, uma nova história escreveria.

Nessa viagem que a vida é, nas breves paradas, transformada, muitas coisas viveu, a folha morta, da chuva o besouro protegeu, um casulo em sí, a lagarta teceu, com outras se juntou, o ninho da coruja se formou.

Folha morta largada ao léu, entre a terra e o céu, se fez leito pro viajante errante que sua amante deixou, amanheceu o dia, o vento que nada sabia, pra longe a levou, a folha morta, do salgueiro lembrou.

Nessas andanças, arrastada de lá pra cá, a folha morta seus pedaços, aos poucos perdia, não reclamava, ela sabia que outras vidas servia, lá no fim da tardinha, solitaria, em algum lugar se escondia.

Ela mesmo morta vivia, levada pelos ventos pra casa voltou, debaixo do salgueiro, em mil pedaços se deixou, adubando a terra, o salgueiro alimentou, na sombra frondosa sua história terminou.


Autor
Ademir de O. Lima

Meu Amor...
O teu sorriso é como um raio de sol
Que atravessando os rigores do inverno
Vem aquecer os recantos mais escondidos
Do meu coração..... Te Amo...

Eles dançaram durante o dia
E noite adentro através da neve que varreu o corredor
Do inverno ao verão, e em seguida, o inverno novamente
Até as muralhas de fato desmoronarem e caírem

O inverno passou...a prumavera chegou.
Que com ela chegue o renovo e a firme esperança em Cristo jamais se aparte de nossos corações.
Em meio às dificuldades, lembrwmo-nos que em todo o tempo, o Senhor é bom e está no controle de tudo.
Andréa NS Tavares -Dreca

O sol que queima no verão é o mesmo sol que aquece e protege no inverno,
não devemos julgar quando achamos algo sem utilidade, pois tudo têm um proposito nós é que não sabemos o tempo ainda.

"A vida é uma eterna primavera, sempre depois do inverno frio à caminho de verões intensos, nunca eternos.
Enfim meu bem, existir, qualquer um sabe, mas viver, viver é pra poucos.
A vida é uma fase de transição e entre altos e baixos vence aquele que vive de verdade, nem sempre quem sabe viver, mas sempre quem que tem coragem suficiente pra se arriscar nessa estrada rumo ao desconhecido que chamamos de viver"

Espera

Eu nunca compreendi a vida,
esperei pela primavera, verão, outono e inverno.
Esperei por ele, por ela. Esperei por segundos, minutos, horas e até dias, nunca cansei de esperar, sabia que ia passar.
A vida é efêmera, é constante, é contrariedade de um instante.
É alegria, é tristeza de um rosto perdido e tantas vidas, quanto tempo ainda falta para isso acabar? Quantas primaveras irão passar para eu poder compreende-la, a vida, a alma o sossego de teus sonhos, e tantas coisas para sentir, pensar e olhar, mas depois de tantos invernos tudo isso chega ao fim.

Hoje é dia das mães,
que hipocrisia e ingratidão,
dias das mães são todos os dias,
do inverno ao verão.
Mãe é o abecedário
e não me digam o contrário.
Amor.
Beleza.
Compaixão.
Dedicação.
Esforço.
Fascinante.
Gentileza.
Honestidade.
Integridade.
Jóia.
Linda.
Nostalgia.
Maravilhosa.
Obstinada.
Poderosa.
Querida.
Rainha.
Sorriso.
Ternura.
Única.
Valente.
Xodó.
Zelosa.
Eu insisto, não falamos mais nisso, mãe é caprichosa, nasceu a mistura de verso e prosa!

Quatro Estações

Você foi frio como o inverno - dizendo que nosso amor caiu como pétalas na primavera. E eu tentei ser quente como o verão - dizendo que outubro nos traria novas sementes. Eu tola, achando que uma paixão duraria todas as estações.

A primavera levou a nossa paixão -
enquanto as flores caem nosso amor despedaça. Aprendi que amores são como estações, feitos para desabrochar e novos nascerem.

E outubro chegou, com nossa paixão - aquela que se desmanchou na primavera. Percebi que não queria amores de estações, e sim daqueles que não precisam de outubro pra me querer.

⁠tempestade

Uma chuva de verão
no princípio do inverno
E a sã superstição
diz que vaga no Eterno

um espírito pagão
implorando por perdão
na entrada do inferno...

⁠Quem é Ela?
Tem o abraço quente como o verão,
Para aquecer os corações em dias de inverno!
Ela veste as cores da primavera,
E seu sorriso, faz cair as folhas da inveja como no outono!⁠

mudam as estações e trazem o inverno, também a vida muda trazendo frio
na estação final.......................

⁠ANGÚSTIA
Sonhar, construir, projetar.
Por todo o inverno, o espaço de um verão.
Temer, fugir, afastar-se.
Por todo o verão, a angústia de um novo inverno.