Poesia sobre Homem
O homem tem enorme capacidade de associar um evento qualquer da natureza em um grande milagre do criador e também qualquer catástrofe em um castigo dele.
O estado de vida abundante transcorre naturalmente ao modo de viver, mas o homem não se da conta das façanhas que o dia oferece.
O homem criou um Deus e fez dele a sua imagem. Deus, o Deus perfeito mesmo é aquilo tudo que o homem é.
A ideia de Deus está culturalmente presente no homem independente da fé que se tenha, mas por processos e produtos da fé, sendo a maior de todas as ideias e invenções, a invenção do nada, a ideia do tudo.
Caminhei ao lado do diabo, e não vi maldade alguma. A maldade é concepção do homem percebida em mim. O Diabo é apenas um injustiçado, cuidador de exilados do paraíso aqueles que Deus os expulsou.
O poder do homem da fé comercializa milagres, assombra o fraco e oprime o desgraçado em nome das divindades.
O homem criou o Diabo com boa estratégia para castigar os impuros, em vez disso, deveria criar mais sabores de cervejas.
Em uma sociedade conflitante na política e na religião destaca-se o egocentrismo, onde o homem é o reflexo de Deus e do Diabo.
Deus na concepção do homem é o mais poderoso ser vivo para a função da seleção natural de sobrevivência da espécie humana. Para a seletividade de Deus não requer compreensão humana, mas a concordância com um ser onipotente e imutável. A seleção por Deus não é percebida em Darwin, nessa ideia se conota que Deus não é uma espécie como um ser vivo.
Em estado de desalento, dor e perda há sempre um Deus desumano. O homem está situado entre o céu e o inferno, entre os poderes de Deus criador da fortaleza e da ruína, “Deus é a essência do amor contida na pequenez humana”. Ao mesmo tempo em que Deus aparenta um viés desse amor.
Se para o homem a causa da sua existência é Deus, logo para a existência de Deus não tem causa. A ideia de Deus é necessária e obrigatória para dar asas à imaginação. Entende-se que o mais surpreendente no humano são os defeitos, algo tão comum, mas que a milhões de anos a onipotência não da conta, também não conseguiu criar nada melhor que o humano segundo o humano.
O processo dogmático, venerado que condena o próprio homem em seus atos provém do mesmo deus que permite a morte de milhares de filhos por fomes e guerras. As permissões das maldades duram milhares de anos e podem ser infalíveis. Criou-se o ilusionismo e metaforismo em torno de um todo poderoso, tão desumano quanto o humano. Conota-se a ideia de que os filhos sigam os ensinamentos e exemplos do pai. Para toda a lição de moral dada a uma criança se carrega a ideia do castigo de deus, logo deus é bom e mau. ( A. Valim)
Deus não controla o homem nem a transgressão por seus instintos de maldades, nem mesmo anuncia a tragédia dos eventos da natureza. Por tanta força atribuída a deus deveria ele no mínimo conceder a paz depois da maldade ou se fazer presente antes de qualquer tragédia para dar o veredito de sua existência, fazendo jus as súplicas do homem. Não sendo perceptível a sua ação e nem palpável a sua onipresença, desdenho olhar de modo a não crer na sua existência.
A racionalidade do homem está acima dos instintos dos animais, sendo inevitável o instinto de pensar.
O homem criou um deus, passou-se então a partir dele existir o supremo e a determinar a existência do bem e do mal, do certo e do errado, e para a maior veracidade o homem fez dele o criador de todo o universo atribuindo poder de regência. Para essas formas de argumentos é necessária à existência de deus para então conhecermos a injustiça, o castigo, o medo, e toda a forma de benignidade, arrependimento como forma de recompensa, sempre em nome da sua criação. Fomos ensinados a prática da crendice desde a mais tenra idade por todas as gerações, desde o colo da mãe aprendemos a desempenhar um papel da mais alta influência do desejo de crer, independente da verdade ou da existência de deus.
Somos a metamorfose, da mitologia para a lógica, a força animal do homem dotado de rituais tenta em vão dominar a natureza.
Com tanta tecnologia disponível a distância foi encurtada, porém nunca o homem se sentiu tão solitário como agora.
Podem zombar o quanto quiserem, pois nunca compreenderão os propósitos de Deus. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucura" (1 Coríntios 2:14).
O homem que mais sabe é aquele que mais conhece, conhece porque experimenta, experimenta por ter coragem de mudar; a coragem vem da fé, a fé do amor e da aliança com Deus.
O homem é medido por suas posses materiais, por aquilo que vem de fora e sufoca – título, dinheiro, cargo, posição. O ser humano por suas conquistas, as que nascem de dentro e libertam – conhecimento, caráter, talento, relação.