Poesia sobre Cidade
Vida de Poeta
Andei procurando, na minha cidade
O bem estar, a felicidade
Não encontrei, não esperei
Bati asas e voei
E assim vou viajando, seguindo sem rumo
Cada dia um lugar, eu não me acostumo
Um novo amor, uma nova canção
Uma nova vida e uma desilusão.
Andei, voei, chorei e até cantei
Nos caminho tortuosos da vida só eu sei
Quantas coisas eu passei
A vida me apronta, um pró e dois contra
Mas onde o homem se perde
O poeta se encontra.
Nas docas da insônia, entre rios e mares
Outro céu outro sol, outra aurora, outros ares
A saudade no olhar, recuado em brumas
E um sonho no mar, naufragados em espumas
Mas em busca de um sonho, vou com persistência
E o tempo me joga, rumo a experiência
Com gente que odeia, com gente que explora
Com gente que ama e com gente que chora.
Andei, voei...
“A cidade dos Muros"
Na sua vida muros
Minha vida pontes
Ultrapassar
Indecisão
Te esperei
Aos pés das pontes
Você não apareceu
Ficou rente aos muros
Não me viu
Talvez estivesse
Me esperando
Assim
É mais romântico
Murros quero dar
Destruir estes muros
Para que me veja
Te esperando
Nas pontes
Interligando canais
Navegue entre eles
Como todo carma
Talvez algum dia
Nos vejamos em
Veneza
Nesta hora
Tenho certeza
Seremos carnais
Ou
Assim
Murros quero dar
Destruir muros
Ficar somente pontes
Interligando canais
Como todo carma
Te espero em Veneza
Ou
Assim
Vou destruir muros
Para que me veja
Navegue nos canais
Carnais
Talvez algum dia
Nos vejamos em Veneza.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
No fundo da cidade só quem é um sobrevivente dessa sociedade hipócrita, doente
Sabe porque vim e estou a falar
É necessário resistir e lutar a todo momento
Mas quando a vitória chega é merecida e ninguém pode roubar ou tomar posse
Desejo de eleitor/munícipe de Fátima/BA a partir de 2021:
Ter atendimento eficiente na cidade onde moro e pelo SUS, sem ter que ir buscar esse direito em outras cidades, como exige a Lei 8080/90 no seu Art.5º.
(Parte VII)
RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.
"As luzes da cidade, ofuscam as luzes das estrelas.
A sua presença, de felicidade, inunda o meu eu, que é só tristeza.
Abro mão de tudo, por ti, larguei minha avareza.
Só no castanho dos seus olhos, fui capaz de descobrir a real beleza.
Só o seu toque drena minha força, sua pele, o seu cheiro, são minhas fraquezas.
Você faz com que, nem meu próprio coração, me obedeça.
Você ofusca minha sanidade, turva por completo, minha clareza.
Você é para mim como as luzes da cidade, que ofuscam as luzes das estrelas..."
Questão de tempo, partidas das horas, ventos trazendo a briza do mar, longe está a minha cidade, e perto sinto nós, da nossa liberdade!
Não quero mais nada me indicando as horas! Voltar?
Ou partir para outra história.
BN1996
18/08/2020
Cidade do pequi, do cerrado, do pôr sol de 50 tons...
Terra dos sons sertanejo, artesanato, do biscoito de queijo.
Agui no Goiás - Goiânia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
cerrado goiano
Forte Amor
Vou ver uma cidade, cidade de muita, luz,
caminho nesse sentido, até lá entrar!...
Sim eu vou lá estar, e lá vou sempre ficar.
Na cidade eterna, cidade do rei Jesus.
Já vem esse dia, dia de vitória total,
em que foi vencida a morte e o mal,
e para sempre estarei com o meu rei,
que dos céus vem e governará na sua lei.
Reina Deus meu, nesse teu poder santo,
Ora vem Senhor Jesus, rei da paz eterna,
Tempo é de reinares e de tirares todo o pranto.
A criação clama em adoração e em clamor,
por ti apela o sol, a lua e toda a estrela e a terra,
tu príncipe do verdadeiro e forte amor!...
Solitário
Como um lobo solitário
vago pelas ruas da cidade.
As estrelas, à noite, são meu guia.
O vento, durante o dia.
Becos sem saídas.
Esquinas apontam nenhum lado.
Caminhos errados.
Um cão abandonado.
Memórias de memórias.
Sentimentos no passado afogados.
Falta-me identidade.
Venha comigo;
Vamos viver em uma cidade romântica;
Paris é uma delas;
Quero lhe levar para o mundo à fora;
Se der certo, vamos viver uma vida feliz;
Uma vida feliz juntos;
Se cairmos, vamos cair juntos;
Nossa vida é para viver juntos;
Na vida, na morte;
Venha! Aproveite meu amor!
_ Eu quero ir embora...
_ Embora de casa?
_ Não.
_ Da cidade?
_ Não.
_ Deste estado?
_ Não.
_ Do país?
_ Não!
_ Então... Do continente?
_ Não!
_ Então não tem pra onde ir! Vai ir embora do planeta?
_ Talvez... Talvez eu encontre uma constelação longe disso tudo.
Você busca resposta mas a garoa forte rasga a cidade que insiste em não parar de me alucinar. Respostas vão faltar, mas o importante é que a poesia não pode parar.
Preciso me concentrar.
Porque a poesia vem em forma líquida, e em breve escorrerá. Escorrerá e não a terei de volta, porque, assim como a água, seu curso natural seguirá.
Palavras somem, mas é sempre assim. Um café passado e elas voltam. Parece que têm receio de se juntar, mas por puro medo do fim.
Não é tristeza, apenas aglomeração de letras úmidas, que castigam o envelhecido e amareladocaderno de capa dura de versos e prosas. Páginas ressecadas dão um ar vintage. Ou velho mesmo. Que mania que temos de deixar as coisas mais garbosas.
Não nos percamos no caminho, o foco aqui é outro. Nem que o café esfrie, sigamos o cortejo. A poesia não espera, tem data e hora para chegar. Da mesma forma que te contamina, te deixa semolhar para trás. Poderá até ter outra, mas essa não volta jamais.
Se você não enxerga a poesia como um patrimônio social, trago más notícias. É na poesia que fatos são esclarecidos, narrados e traduzidos, mas de uma forma especial.Para o mundo real. Nem sempre atual.
Por mais efêmera que possa parecer, ela permanece ali, para quem ousa interpretá-la. Absorvê-la é um dom. Não dom desses que nasce com você, mas daqueles que você opta em ter. Poesia é a cristalina literatura. Trazida em sua forma mais leve, mas só para aqueles que ousam sentir, em sua versão mais pura.
Poesia, assim como música, são letras que entram pelos poros. Palavras bem organizadas, que captamos até por sinais sonoros.
Nelson Rodrigues dizia invejar a burrice, pois ela é eterna.
Eu tenho cá minhas invejas, também. Mas prefiro o outro, que sempre dizia de forma serena.
Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.
Salvem a poesia!
Já parou para pensar que você logo vai embora.
Você que se acha o melhor da sua cidade
Já pensou que você vai embora.
Você que gosta de perseguir os seus desafetos sem piedade e sem dó já pensou que você vai embora.
Você que não mede as consequências para ficar bem na vida trapaceando já penou que você vai embora.
Pense um pouco que a vida e muito curta não compensa tirar proveito para se beneficiar.
Você vai embora e não vai levar nada
–nada – Antes de ir embora viva a vida intensamente.
Na cidade da garoa salpiscos...
Vento voa, rua afora se alastra chuviscos.
•Nem se chora só
•Nem se anda leve.
•Nem cabelos soltos.
Como peixes em tarrafa, meio tristes, encharcados, gorros envoltos.
Coitado do povo de Jericó!
Antes dos filhos de Israel darem sete voltas na cidade e seus muros caírem, Satanás "deu uma volta" no povo, pois prometeu segurança total, mas como sempre não cumpriu a promessa.
Pr. Paulo Affonso Generoso
Hegemonia
Ouvi vós torres altas da cidade do comércio imundo,
vós que dizeis, esta cidade é minha, eu a edifiquei,
todos os altos montes e vós que sois donos de tudo,
que dais passos largos, e dizeis isto fui eu que criei.
Vós que dizeis sou melhor do que tu, não vou à prisão,
sei muito, leio muitos livros e tenho uma boa educação.
Todos vós grandes da sociedade, que ides às festas sociais,
e que pelos homens, sois adorados e considerados especiais.
E vós pobres, de espírito, que sois muito altivos,
E vos considerais sempre, muito desventurados.
Confiais no vosso muito estado diminutivo.
Vós todos diante do rei do universo, que já vem,
vós que diante dele estais nus, sereis julgados.
Vesti-vos das roupas dele, que só ele tem!
Se votar no escuro, nada ficará claro! Vote em quem pensa na cidade e não apenas em ter poder, em "MANDAR", em manipular a máquina pública e em construir para si palácios magníficos da arquitetura moderna.
O dinheiro público é pra ser injetado e investido na cidade, não no próprio bolso pra levar uma vida de superstar de Hollywood!!!
A cidade tá na mesma e eu volto pro mesmo abraço
Eu sei muito bem o traço da saudade
E quando eu chegar
Me espere em sua porta
E não me deixe ir
Se sabe que eu não volto
Então, o que vai ser?
A cidade da Abundância: Abundancity
Na cidade da Abundância, chamada Aundancity, cada cidadão já nascia com 1 milhão na conta bancária.
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