Poesia sobre Cidade
Estou pairando pelos prédios.
Faço parte dessa cidade.
Nascido, crescido.
Minhas cicatrizes não se fecham facilmente.
Não tenho feito muito para que elas fossem cicatrizadas.
Mas continua lutando.
Essa luta sempre foi minha.
Eu sou o único que pode vencê-la.
Um dia essas cicatrizes se fecharam.
Mas até lá, irei sangrar bastante.
Viver, presa sem ter cometido crime algum.
Todos os dias eu rezo para sobreviver em uma cidade que antes eu podia sentar na calçada de casa, admirar as crianças correndo pela rua, ver a cara dos meus vizinhos e poder ir ao mercadinho da esquina sem correr o menor risco. Mas hoje, sinto-me fechada por grades e presa dentro da minha própria casa. Sinto-me tomada por uma tristeza enorme e muita saudade dos bons tempos que não voltam mais.
Onde só havia sorrisos e o barulho das crianças brincando ou jogando futebol na rua, agora vejo tiros e gritos de desespero que mais se parecem sons de guerra, barulho que antes eu só via em filmes. Vejo rostos que me dão medo, ninguém conhece mais ninguém. Sinto-me tomada pelo medo, e às pessoas mau se cumprimentam pela rua. E assim vamos todos sobrevivendo, com medo, mas com esperanças que tudo isso mudará um dia.
Preste atenção naquilo que as pessoas têm de melhor, nas belezas de sua cidade, nos propósitos do seu trabalho...
Perceba quanta coisa boa existe ao seu redor...
O seu olhar tem o poder de transformar o mundo!
Minha cidade! tunas do paraná... ao sair das quatros linhas de suas fronteiras, não digo adeus, digo sim " tchau" pois,
logo volto para o berço de minha morada... cidade minha és a cidade do meu querer... nem uma outra eu venero,é aqui a cidade de meu viver.
Os estádios e a cidade estão reformados em milhões para receber as copas das confederações, mas os hospitais não tem leitos e estão se deteriorando a cada dia...
então quando seu filho sofrer um acidente ou simplesmente passar mal, leve-o ao estádio para dar os socorros.
NA ESTRADA (Para Mana)
Daqui de dentro, busco sobre a cidade
Teu olhar que era tão amigo e tão presente
Daqui de dentro, nem percebo a velocidade
O tempo passa e eu me sinto mais carente
Nada encontro, além das lembranças
Sei do infinito desse amor
Das nossas risadas, das nossas alianças
Daqui de dentro, eu ouço o que calou
Impossível, não sentir as lágrimas no rosto
Inevitável, lembrar da tua amizade
Inaceitável, dor que deságua em mim
Irremediável, travo da saudade
Daqui de dentro, olho Mariana
Aqui por dentro, tremo e choro
Daqui de dentro, vejo Mariana
Mas eu não vejo, peço a Deus, imploro!
A grandeza da cidade se iguala a minha dor
neste corpo ainda habita o muito que você deixou
Me sufoca, me maltrata o que poderia ser e o que você levou.
Queria que me entendestes, e compreendestes o que rolou
se eu pudesse voltaria atrás e faria um novo roteiro do nosso amor.
Titulo: Periferia
Periferia,
Sim, faz parte da cidade
Mas a alta sociedade
faz questão de separar
Traça outra estrada, outro mapa
Pois, acha que lá só se mata
e por longe quer passar
Periferia,
Esquecida pelo poder
Esquecida do saber
Outro jeito de viver
Quem lá mora quer ir embora
Pois é lá que o filho chora
e a mãe pátria não ver
Periferia
Uma nação de irmãos
como filhos renegados
que parecem ser lembrados
Só em tempo de eleição.
Eu tinha um desejo:
Ser o cara mais rico da cidade.
Eu queria ser o cara mais bonito da região.
Eu queria ser o sujeito mais inteligente daquele lugar.
Eu queria amar a pessoa mais linda e inteligente da cidade.
Eu queria casar com a pessoa mais linda que houvesse.
Eu queria ser respeitado por todas as pessoas a quem eu respeitasse.
Eu queria ser jovem por toda a vida.
Eu queria ter filhos e filhas inteligentes.
Eu queria envelhecer com sabedoria.
Eu queria que o mundo conhecesse meu tempo.
Eu queria que minha história fosse conhecida.
Eu queria assistir a evolução do mundo, deitar numa cama aos noventa e nove anos, partir deste mundo no dia do meu aniversário e acordar do outro lado, acreditando que teria feito a minha parte, para que tudo tivesse sido como deveria ser.
UM LUGAR
Um lugar distante onde as luzes da cidade não possam alcançar.
E que só as estrelas e a lua possam brilhar.
Só não mais que teu sorriso e teu olhar.
É o lugar onde eu gostaria de estar.
Abro a janela e vejo uma criança,
sentada na calçada do Centro da Cidade;
Aparência triste e de desespero
com medo do mundo e de tudo,
com medo de andar,correr
com medo de ser feliz.
Sozinha não sabia o que fazer
não conhecia ninguém,era quase invisível.
Estava perdida.
Sem rumo,sem experiência de vida.
De repente uma chama de esperança aparece,
uma criança.
Feliz,cheia de vida
convidou a criança triste a sua casa.
A mãe da criança feliz,resolve então
adotar a criança triste,
e deste modo
a tira da tristeza e a aproxíma da felicidade.
Estou andando pelas ruas vazias da cidade
e meu coração parece não entender
todas as noites é assim
um sofrimento que não tem fim
Santa Maria, por favor, protege com o teu amor,
A cidade de Santa Maria que agora queima de dor!
Guria da Poesia Gaúcha
As férias todas e você aqui, na mesma cidade do que eu. Quantas vezes nos falamos? Quantas vezes nos vimos? Poucas, pouquíssimas. Algumas vezes sorrisos discretos, outras vezes nem uma palavra ou uma feição facial convincente de que a felicidade estava presente. Apenas pequenas trocas de olhares. Segredos escondidos em nossos olhares.
A única lembrança que tenho desses dias é aquele presente. Para outra pessoa pode simbolizar como apenas uma pulseira, mas pra mim, um mundo de lembranças, sonhos, ilusões e um sentimento jogado ao vento. Mas aí, as férias estão ao final e você vai embora.
E minha última mensagem não foi agradável. Foi uma mensagem de decepção. Sua desconfiança machucou, ainda dói, evito lembrar. Mas quando for embora peço que não me avise, porque a partir do momento que você for, juntamente com meus sentimentos, você morrerá dentro de mim.
Você virou as costas para quem te queria bem. Casei disso tudo. Quero viver. Quero te esquecer. Quero ser feliz. Mas ainda guardo as únicas lembranças reais disso tudo: o seu sorriso e o brilho secreto do teu olhar.
Caridade
Pelas ruas, avenidas, ruelas e becos da cidade
Migalhas querem
Lagrimas na face
Dinheiro na mão
Caridade em vão
Se dou - te uma moeda
Tenho o perdão
E fico bem...
Bem diante de tua miséria
Bem com os “santos” a – gentes
Bem com os liberais anteriores e “benevolentes”
Minha consciência ficaria livre
De transformar essa ordem
Bem diante de mim
Ordem que me faz sentir culpada
Por não te dar um centavo sequer...
Apenas mais uma sombra
Invisível á tantas outras
Que dormem.
Uma peça lascada
De uma cidade despedaçada.
Quadros vivos
De uma paisagem petrificada,
Pouco admirada
Lembrada ou amada.
Quem sabe ao amanhecer
Mais uma mancha de sangue
Se destaque na calçada.
Revestida por corpos
Pequenas diferenças
Que por hora não são nada.
você mora lá na Prata
sem combinar com a cidade
pois tu és uma joia rara
és uma preciosidade
te comparo a diamante
brilhante em intensidade
por isso que se destaca
convive com ouro e Prata
em gesto de humildade !
Entre versos, poemas e poesias escuto o silêncio da madrugada.
A cidade dorme, você dorme. Em pensamentos toco teu rosto,
beijo tua face, acariciou teu corpo e sussurro em teu ouvido:
dorme doce anjo, sonha com os anjos e desperta pra mim !