Poesia sobre Cidade
BAGAGEM, DOS BAGAGEIROS - (Estrela do Sul, MG)
É tão divino as ladeiras calçadas
E o fascínio da praça de tal graça
Casarios amontoados, namoradas
Estórias, e a vida que vem e passa
Bagagem dos bagageiros, raça
Cantatas, de belas madrugadas
És do sobrenatural, que abraça
Das suas paixões, tão amadas
Tem atração e salaz formosura
E a luminosa poética que canta
A visão do céu, cândida e pura
Do Triangulo Mineiro, se levanta
Amor, progresso, ordem... Jura!
Estrela do Sul, cidade que encanta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 maio de 2023, 19’16” – Araguari, MG
BRASÍLIA (Distrito Federal)
Do planalto, ergue Brasília
De vasto céu e mar de estrela
Contrastes sua maior ironia
Se rubra tão senhora outrora donzela...
É Brasília
dos ipês, da arquitetura, és magia
tão bela...
O por do sol dourado
agita o candango, vê-se da janela...
Tuas asas são do cerrado
urbano e domésticas
És tão poético e outras poéticas...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Abril de 2016
Cerrado goiano
Cidade de Goyas (Goiás Velho)
Hoje, eu fui o menino de cabelos brancos,
que andou na ponte da menina feia (Aninha)
poetando suas lembranças em cânticos
do rio vermelho e das serras que recitam poesia em ladainha
E lá em sua janela a figura dela, Coralina, de versos românticos
tão meigo, tão terno, tão teu... que alegria
poder caminhar nos teus passos semânticos
das ruas indecisas, entrando e saindo em romaria
em trovas dos teus larguinhos e becos tristes
ouvindo os cochichos das casas encostadinhas
fui cada trepadeira sem classe, que vistes
cada morro enflorados, lascados, grotinhas
fui cada muro da ruinha pobre e suja, momentos tão teus...
Eu,
só quero te servir de versos, meus...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
A Cora Coralina (paráfrase)
Após minha primeira visita a sua cidade
09/06/2015, 19’13”
Cidade de Goyas
SONETO À ARAGUARI
Os pés da infância de te é distância
O olhar ainda em ti é de lembrança
Que veem e choram na sua fiança
Dentro do peito com significância
És cidade mãe, de minas a aliança
Em ti sou vinda, a mim és rutilância
De alusão, quimeras e substância
Desenhando e roteirizado herança
Vida que morre, é tal, a vida que vive
Caminhando comigo, assim, mantive
A minha história, que eu nunca perdi
Menor dos meus desejos, de te tive
Boas memórias, em ti sempre estive
És flor na lapela: altaneira Araguari!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2016
Cerrado goiano
128 anos de Araguari (MG)
Triste Pinheiro
Pinheiro princesa da baixada
És tão bela como formosa
E para sempre serás preciosa.
Mas por que deixou sua majestade
Para conviver na imundice
Onde se oferece um doce
Para acalmar a sua tempestade.
Seus campos cheios de vida
Hoje dão lugar aos lixões
E quem paga o pato são os cidadãos.
Em suas ruas grandiosas
Se anda com orgulho
Por onde se passa, se ver o brilho
De suas ruas únicas.
E o dinheiro da educação
Que é investido muito bem
Nas festas e luxúria dos representantes.
Ó cidade que já foi preciosa
E agora estar em ruínas
Que nada mais ilumina
Que um dia foi chamada de princesa.
"O ambiente reflete a alma das pessoas que nele vivem; uma lar acolhedor nasce de corações acolhedores, uma cidade fraterna é o fruto de almas que semeiam a fraternidade."
(Jaime Cruz - Vinhedo/SP)
Minha Terra
Coimbra, minha terra natal.
Ainda és a capital,
Do amor e da paixão.
Por isso te canto, esta canção.
Mãe das Beiras és, por bem.
Por isso minha também.
Pois minha mãe, já me deixou
De todo, me abandonou.
Por isso, oh tu cidade, de Cid Sobral!
Toma conta de mim, aqui...
Neste hospital...
Sim tu minha terra!
Pois eis que estou em ti.
Cidade, que não tens guerra!
Forte Amor
Vou ver uma cidade, cidade de muita, luz,
caminho nesse sentido, até lá entrar!...
Sim eu vou lá estar, e lá vou sempre ficar.
Na cidade eterna, cidade do rei Jesus.
Já vem esse dia, dia de vitória total,
em que foi vencida a morte e o mal,
e para sempre estarei com o meu rei,
que dos céus vem e governará na sua lei.
Reina Deus meu, nesse teu poder santo,
Ora vem Senhor Jesus, rei da paz eterna,
Tempo é de reinares e de tirares todo o pranto.
A criação clama em adoração e em clamor,
por ti apela o sol, a lua e toda a estrela e a terra,
tu príncipe do verdadeiro e forte amor!...
Poema sobre Panelas.
Panelas, cidade querida,
No coração de Pernambuco,
Teus encantos não se escondem,
Para quem te conhece, tu és um luco.
Tuas ruas calmas e serenas,
Respiram a tranquilidade,
Teu povo trabalhador e forte,
Vive com honestidade.
No centro da cidade,
A praça é um encanto,
Onde todos se reúnem,
E alegria é o canto.
Panelas, teus rios e pontes,
Mostram tua beleza natural,
Tua história e tua cultura,
São tesouros imortais.
Suas ruas de paralelepípedo,
Guardam a história do tempo,
Seus casarões, seus prédios antigos,
São um convite ao pensamento.
Assim é Panelas, minha cidade amada,
Que enche meu peito de emoção,
De orgulho e de saudade,
De ser parte dessa linda nação.
Habilidades notáveis,
age por instinto, com fugacidade,
às vezes, fica apreensivo,
ciente de suas responsabilidades,
usa suas teias como um aracnídeo
sorrateiramente pela cidade
pra enfrentar seus inimigos
e outras adversidades.
São Paulo,
cenário de Várias Culturas,
de Várias Raças,
Resultado de muitas Lutas
e de bastante suor derramado,
Um abraço miscigenado
representado no nosso amado Brasil
Bela cidade, Feliz Aniversário.
Linda Princesa do Agreste,
no nordeste de Pernambuco,
fica o teu reino,
és amada pelo os teus súditos,
povo guerreiro e amado,
conhecida pelo o Brasil inteiro
e até em outros lugares do mundo
graças a Vitalino e seus bonecos
de barro
que grande destaque lhe trouxeram,
nossa cultura é à base
de forró e artesanato,
uma cidade de grande esmero,
Feliz aniversário, Caruaru,
como é bom fazer parte do teu seio.
A nós, os homens do lixo, resta-nos, botar no cesto, o descaso com a limpeza, a insensibilidade… e continuar tirando o chapéu para os homens da limpeza.
Gari, feliz dia!
Belém do Pará;
Cidade morena das chuvas da tarde,
Cidade das mangueiras e frutas a vontade,
Cidade pequena, mas grande na fé,
Cidade do gigante, Círio de Nazaré.
Do açaí, da tapioca,
Do tucupí da mandioca,
Do cupuaçú, do taperebá,
Da nossa castanha do Pará,
Da maniçoba, do tacacá,
Do carimbó e do siriá.
Tem tudo isso e muito mais,
Cidade rica de cultura e paz,
Lugar pai d'égua, venha visitar,
Todos que provam querem ficar!
Terra alegre, acolhedora
Filha do Sol do Equador
Tem belezas naturais
Um povo cheio de amor
A graça jovial que te recobre
És linda de perto, encanta de longe
Nunca mudaste, tu és nordestina
Minha amada Teresina
Com nome de imperatriz
Os meus olhos atentos
Permanecem em Ti
Cidade verde contente
Brindando cajuína
Orgulho de ser teresinense
Teresina, terra adorada
Pérola do Piauí
Cidade verde esperança
Lugar da gente simples
O raiar do sol
Na faceirice nordestina
Amada ponte estaiada
Abaixo dela o Poti
A luminescência
De um povo acolhedor
Quem conhece
Não se esquece jamais!
LXXXIV
Tua gente veio
e o destino fundou,
a tirolesa cruzou
o céu da memória
que foi com amor
foi feita a História.
O sino da Matriz
a manhã brinda,
não deixa esquecer
que a herança de fé
é a coisa mais linda.
Tua gente cruzou
um Oceano inteiro,
o acorde na gaita
do tempo tocou:
tudo nesta terra
cada um superou.
O passo do teu
lindo folk trentino
ninguém parou,
em nós e aqui
mora a esperança.
Tua gente semeia
com boa vontade
e colhe com a bênção
das matas serenas,
não teme desafios
e faz a vida valer a pena.
A tua raíz original por
arcos e flechas não será
por mim esquecida,
Entre o continente e a ilha
quem faz ponte é a poesia.
A tua Padroeira é Santa
e em ti sempre tenho
esperança por nossa gente
que com coragem resiste
e com fé na vida persiste.
Entre a lagoa e tuas praias
com o teu nome de Marechal
você me acolhe de um jeito
tal que só penso mesmo é
no teu amor sublime e perfeito.
Entre te amar ou te amar
a minha escolha é te amar,
Façam com dias sol ou chuva
ou noites com ou sem luar,
eu agradeço no teu peito morar.
Espinheiro
Politicagem virou política.
Política virou ingenuidade.
A cidade foi descuidada,
ela já não pertence ao cidadão.
O homem é um animal apolítico.
O poder não está a serviço.
Não existe o bem comum.
Não há espaço na política,
está preenchido pela politicagem.
A nação é conduzida
pela ignorância da nação.
Uma nação sem consciência
protesta contra si própria.
A democracia aparente
virou ditadura velada.
Sua origem está na perversidade.
O homem é um meio e não um fim.
Se a política é liberdade,
a politicagem é a prisão.
Não há ódio e nem amor.
Há apenas interesses,
instrumentos e inimigos.
Perda de tempo é
fazer política para inúteis.
A maior das dores
Eu me lembrei.
Andando pelas ruas.
Na cidade da garoa.
Lembrando de dores
Lembrei da maior.
Dos olhos perdidos de um avô.
Em um final de tarde
E no final da vida
Viu o que ninguém
jamais deveria ver.
Um avozinho e o netinho.
Indo para aula de inglês
decidiu ir de ônibus,
pois não estava enxergando bem.
teve medo de pegar o carro.
Chorava ele o seu erro.
Em uma perseguição policial
os bandidos atiraram
contra um ponto ônibus
No desempeno final.
Fazer a policia parar.
Socorrer os feridos,
acertaram a cabeça
do menino, do netinho.
Que estava deitado e morto
Em uma sala de pronto socorro
Na frente do avozinho
Parado de pé
De lado de fora da porta.
Olhando a criança morta.
Com sua cabeça rota.
Isso tem de acabar.
quantas crianças mais
vão precisar faltar
Quantos morto vivos
Vão precisar sobrar.