Poesia sobre Choro
MEDOS DA VIDA
Não é que a gente não queira. Mas as circunstâncias nos fazem negar muitas propostas que poderiam ser a solução. As dores, as frustrações e decepções da vida criam em nós um escudo invisível que nos impedem de nos relacionarmos, de mudar, de ter sucesso, de viajar, de conquistar, de sonhar e também de viver. Esse “escudo” é uma característica do ser humano, é o tão temível MEDO.
MEDO é o resultado das nossas fraquezas diante de tantas insistências. Medo é a desculpa de prosseguir por saber que podemos errar e nos machucar. Medo é uma pausa nas nossas rotinas em busca de um sossego. Medo é um descanso ruim para o corpo e para a alma. Medo as vezes indica morte. Medo é provocar a ponto de oprimir o outro a seu próprio benefício, à suas atitudes egoístas. Medo provoca ciúmes e causa dores profundas. Medo é não querer e nem fazer mais. Medo é agonia, choro e tormenta. Medo é sinonimo do que é mal, pois o que me faz mal provoca medo. Medo pode indicar mudança no que jamais se quer perder. Medo é aproveitar o agora pensando no amanhã que não existe. Medo é não saber viver sem. Medo é sentir-se só na multidão ou não querer encará-la. Medo indica fracasso, é admitir que não tem forças e parar antes do tempo. Medo é deixar de realizar e prosseguir por coisas estúpidas. Medo é transtorno de um momento ruim que foi marcante. Medo é evitar o erro. Medo é esconder-se do mundo. Medo é odiar tudo. Medo é fugir de si mesmo. Medo é criar seu próprio mundo. Medo é pavor de viver. Todos temos medos e eles nos acompanham por toda vida. Eles existem, mas é possível superá-los.
As flores sabem que a primavera passa depressa.
Não perdem tempo
não ficam enrolando
nem choram
nem brigam
apenas florescem...
2009
Começou o ano, fogos de artifício
Todos felizes, era você a exceção
Sala de estar, tevê ligada
Copacabana em festa, tudo de novo
Mais uma vez
Eu com quatro anos, olhar de uma criança
Não queria, mas podia ver
Via o que sentia
Sentia o mesmo que você
O hematoma, o medo, o grito
Tudo em um só dia
Tudo em apenas um mês
Até o final
Até o adeus
Achei que tivesse me deixado
Mas por outro lado
O Céu, ele que tanto falam
Parece realmente ser muito melhor
Um dia a gente se encontra
Pelas ruas da cidade,
transbordando simpatia
De mãos dadas e sorriso no rosto
Para toda e infinita eternidade
Calma aí, menina, calma!
Calma que essa dor vai passar, vai criar casca, vai sumir!
De repente vai ficar somente uma cicatriz, imperceptível a olho nu, mas suficientemente grande pra te fazer lembrar que homem que te faz chorar não merece coisa alguma de você.
Nem uma lagrimazinha... Nadinha!
Espera, confia, cuida e assopra que passa!
Que droga. .. Fácil é falar pra esquecer. Vem dar teu coração para sentir a dor que estou sentindo. Perde madrugadas com lágrimas vãs e intermináveis.
As vezes me pergunto:
- Por que sofrer pra poder ser feliz? Por que morrer de amor se doando para uma pessoa se no fim das contas você acaba sendo um objeto descartado?
Como algumas pessoas conseguem fazer isso com quem lhe dá amor, como podem ser frias a ponto de ver a pessoa chorar e mesmo assim virar as costas e ir embora?
E agora? Quem vai me abraçar na hora do frio e me encorajar na hora do medo? E nas horas de tristeza quem vai falar "não chora amor, eu estou com você"?
Como vou falar para o coração que ele tem que esquecer os momentos vividos? Como?
A única coisa a fazer é. .. aceitar o seu adeus!
.
Chorar de alegria
tem um brilho especial,
apesar de as lágrimas no rosto
lembrarem a dor e o pranto.
O choro feliz é um dia bonito
em estado de chuva.
Adulto é uma criança
com um pouco mais de idade,
que apesar de alguns anos
se passarem, nunca esqueceu
daquelas suaves mãos
que o consolava, na hora
do choro e da insegurança;
e que sempre quando possível,
quer voltar a sentir isto
novamente.
Se meu travesseiro Falasse.
Se meu travesseiro falasse, iria te dizer quantas vezes chamo teu nome
Se meu travesseiro falasse iria te dizer de quantas lágrimas derrames por você.
Se meu travesseiro falasse iria te dizer quantas noites perdidas passei fazendo planos pra nós dois.
Se meu travesseiro falasse iria te dizer que estou cansado de te esperar.
Se meu travesseiro falasse iria te falar que mesmo assim te amo.
Guerra
Em meio as revoluções,
Guerras destroem varias nações,
Em meio aos heróis,
Mães perdem seus corações.
Homens lutam por seu povo.
Homens sangram por sua terra.
Guerreiros que buscam a paz,
Mas somente nos trazem a guerra.
Não querem perder,
Mas de que vale a vitoria,
Se com tantas mortes
Nunca será digna de gloria?
O jovem que na guerra cresceu,
todos seus amigos perdeu,
não conheceu jamais o amor,
E de tristeza esse morreu,
Fome e miséria há de reinar,
Assim que a guerra se iniciar.
Pobres aqueles que iram de lutar,
Para a seus irmãos poderem matar.
Tiros e explosões,
Tanques e aviões,
Agonia e medo,
Que abalam todas nações.
Em meio a tantos corpos
Vivos e mortos,
há um garoto que esta a chorar,
pois sua família nunca mais ira encontrar.
De que vale a guerra?
Se essa somente destrói a Terra.
De que vale lutar,
Por algo que somente dor irá causar?
Chuva caindo, o céu se esvaindo, nuvens chorando e a terra à consolando.
Ainda a chover, água traz vida e nos faz florescer.
Nuvem que chora, parece que implora para nosso amor crescer.
O sono chegando, chorando ou amando, vou me esvair para enfim dormir.
Saudades eu deixo, sonho com flores, sonho contigo, sonho com odores, sonho com você aqui comigo...
Enquanto você viver, lembrará da menina que você deixou sentada, sozinha, te esperando em frente ao seu trabalho enquanto você fugia covardemente dela.
Com a desculpa de que queria ficar só, quando na verdade você agiu como um perfeito egoísta, insensível; como ninguém nunca havia sido com ela.
Naquele dia, as lágrimas dela caíram, mas ninguém viu e nem ouviu seu choro, porque naquele momento ela esperou, respirou e levantou e decidiu que o mar levaria sua dor para longe.
Esse é o desejo mais profundo do coração dessa menina que se perdeu.
Presa à Solidão
O quarto é grande, vazio, apenas eu e um relógio em minha frente. Estou presa, acorrentada pelos pés e pelas mãos à solidão.
O vazio rasga meio peito, corrói minha alma, mata meu orgulho e me desfaz em lágrimas.
Lágrimas mistas de pena, ódio e dor. Lágrimas indevidas, sujas pela vergonha e incrédulas de a que ponto cheguei.
Olho ao meu redor e estou só, perdida no vazio dos meus pensamentos passados, lembranças que já não importam mais.
De repente estou na rua, em meio à multidão, mas ainda me sinto só, estou só. Em um instante, o mundo para, as pessoas somem, os pássaros calam, as ondas se acalmam e o silêncio reina.
É possível ouvir minha própria respiração, as batidas do coração, até meus cílios se chocarem ao piscar os olhos.
Parece único, fenomenal, mas imagine isso tudo dentro de você sempre.
Assim é a Solidão, uma sala fechada onde ninguém entre e ninguém sai, não existe nada além de mim, presa as amarras, em pé no meio da sala com o olhar perdido, ouvindo apenas as badaladas.
Um relógio que não marca as horas, mas sim a vida. A minha vida e percebo o quanto tempo ainda me resta para sobreviver amargurada na solidão que me foi concedida ou talvez escolhida.
Não há como escapar, por mais que se livre das amarras, o vazio mora dentro de mim.
O MENINO QUE O VALE LEVA
"Você nunca volta pelos mesmos caminhos. Você, o pequeno menino do vale, também é o grande adulto que leva. E se hoje vai embora - cheio de lentidão na marcha - é porque nunca perdeu o medo de voltar. Sempre soube que, o soluço, é o veredito pujante do perdão digerido. E eu, teimoso como sou, dou conversa ao desespero. Tenho calos por ainda ter cordas, na cabeça, para me pendurar em suas fugas. Corra ligeiro, na cidade que há em mim, com todas as suas coisas que vão perdendo o cheiro, exalando o melhor perfume da sua falta. Vale-me muito esse menino. Valei-me...volte! Pois as placas não têm nomes e, as ruas, não têm saídas. Nos fios da barba, há cama para a sua insônia. Riso também é choro. Cacto também se rega. Amor, não se nega".
Tudo começou com uma palavra, um gesto, um abraço, um afago, um carinho.
E finalmente um beijo.
Criatura fragilizada, em pedaços, sentiu-se segura em seus braços.
Ela não poderia se envolver, mas ela o desejava.
Ela já não podia mais resistir, mas ele a seduzia.
Ele prometeu juntar os cacos, jurou amor eterno.
Em meio a ilusão, desejo e sedução, finalmente ela se entregou...
Sem medo, sem escrúpulos, sem limites, só queria ser feliz.
Foi se envolvendo numa teia e quando viu já não podia mais sair.
Presa fácil e frágil.
Ele mostrou-se voraz, feroz, covarde, dominador, aprisionador de almas...
Abusou, torturou, agrediu; quanta dor sentiu.
Quanto mais ela tentava sair mais ela se embaraçava, se enrolava, se machucava.
A teia tornou-se arame, de arame tornou-se barra de ferro, prisão fria e dolorosa.
Ela retorceu-se na prisão mental, gritou, chorou, sangrou e pagou um preço alto pra sair de lá.
E ainda continua presa na teia mental, mesmo fora daquele mundo criado a partir de uma ausência.
Morte e o Tempo.
Perantes todas as grandezas da vida, a mais dolorida é a morte, morte esta que vem sem avisar e leva de nós pessoas que amamos, pessoas que conhecemos, amigos e familiares, pessoas estas que às vezes nem conhecemos ou até fazemos pouco caso delas, mas como a morte é engraçada e perspicaz chega sem bater, entra sem avisar,tira sem pedir e ainda nos deixa um vazio infinito que mesmo que quiséssemos preenchê-la com qualquer coisa, que o mundo possa nos oferecer não teria nada que pudesse preenchê-la, então o pedido e o apelo que nos resta é aquele que emana do coração já que o passado não volta, futuro não temos e o hoje ainda não acabou, ...por isso ame mais, abrace mais, ouça mais, fale mais pois não sabemos quanto tempo temos para respirar, vale a pena lembrar que a vida é curta demais…
É por amor que nós fazemos qualquer coisa.
Amamos tanto alguém que nos sujeitamos a ser a pessoa que vai ficar esperando ela cansar dos outros.
Amamos tanto que choramos todas as noites querendo mostrar nossas feridas pra que alguém acalme nossa carência.
Amamos tanto que aguardamos atenciosamente aquela pessoa que conhecemos.
Posso dizer que o amor é lindo como as rosas, mas quase sempre tem espinhos...
Ritmando
Samba é pro pé e no apito,
Rock é pro grito
Jazz é pra quem tem vivalma
Tango cai n’alma
Valsa é pra mulher linda
Samba-canção é pra amar a bem-vinda
Moda de viola é pra sertanejo
Marcha fúnebre é pra cortejo
Choro é um pouco de tristeza
Mas, viva o maluco beleza
Funk se dança no palanque
Bossa nova Tom ensinou pra ianque
Vanerão e pra gaúcho campestre
Baião quem inventou foi um mestre
Xote se dança e canta no nordeste
Frevo é de Olinda inconteste
Forró tem que dançar agarradinho
Gafieira se mistura samba e chorinho
Lambada é carimbó do Pará
Axé na Bahia nunca faltará
Calango é quando se faz quadras de improviso
Cateretê se bate palma e sapateia no contra piso
Maxixe se assemelha à polca tcheca, mas, não tal e qual
Pagode tem origem paulistana, no fundo do quintal
Xaxado sapateia o direito e desliza o esquerdo, ao som da zabumba
Dançar e cantar tudo isso é uma kizumba
"As vezes precisamos apenas de um gesto, uma ação ou uma palavra.
Existem momentos em nossas vidas, que um simples olhar, um abraço sincero ou qualquer demonstração de afeto, é suficiente para nos confortar, nos alegrar.
Ninguém é 100% capaz de ser feliz sozinho ou tão auto-suficiente que nunca vá precisar de alguém.
Todos nos sentimos só, todos choramos, todos sentimos dor.
Por isto existimos, para nos ajudar, nos apoiar, "Para amarmos uns aos outros".
Um sino badalando na cabeça
uma goteira embaixo do queixo
Mais uma, garçom
Que o soluço ainda não passou!
Desde que eu me lembre, milhares de planos foram sendo destruídos, milhares de histórias feitas/prontas foram sendo eliminadas, uma a uma, de modo que fosse como que se quer existiram. Foram planos lindos, para uma vida toda, e eis que vem a palavra "foram", milhares de vezes.
Me pego perdido nos meus próprios pensamentos, afundado no mar de solidão que é a vida. A "depressão" tem um nível tão elevado, capaz de se encostar em outra galáxia, e ao mesmo tempo tão forte, capaz de segurar até mesmo todo o universo. Eis que a solução da perdição total, toma conta da minha mente... Eu me deixo de me conter se eu me der um fim ? Se eu não for mais gente ? Gotas de sangue mancham toda minha história, que infelizmente não tem um final feliz. Mas, ainda bem que acordo assustado, já é dia, o pesadelo se foi.. pena que todo dia, é essa mesma agonia. Agonia é essa que me mutila e que eu caio no chão, pois parece muito que é de verdade. Então, choro, e ainda me pergunto, 'Por que no mundo tem tanta maldade ?'