Poesia sobre Choro

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“Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.”
— O amor chega em uma hora,

Porque ela aprendeu com a vida que ser feliz é mais fácil, então ela não dá voz ao choro e aos maus pensamentos. Desobedece a tristeza dez vezes ao dia.
E não pensa duas vezes antes de colocar um sorriso no rosto.

Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. (...)
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Quando chorar.

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Há um tipo de choro bom e há outro ruim. O ruim é aquele em que as lágrimas correm sem parar e, no entanto, não dão alívio. Só esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, então, se não seria esse choro como o de uma criança com a angústia da fome. Era. Quando se está perto desse tipo de choro, é melhor procurar conter-se: não vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difícil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.
Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda. Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Quando chorar.

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Não sei se as pessoas choram de forma diferente umas das outras, eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar, mas o insuportável é uma medida que nunca tem limite (...) Enquanto choro penso que se alguém me visse chorar dessa maneira me salvaria, prestaria socorro, chamaria uma ambulância.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Eu pensei em perdoá-lo. Engolir o choro, o orgulho, a raiva e a tristeza que me invadia e corroía por dentro. Mas em menos de uma semana lá estava ele abraçado com outra. Eu sei, ele sabe, nós sabemos: acabou. De vez. Para sempre. Definitivamente. Não há mais volta. Nada será como foi um dia. Mas só quem não percebeu isto ainda foi meu coração… Pobre, pobre coração. Coração este que não aprende a lição. Coração este que está cansado de amar errado.

Eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar.

Não sei se as pessoas choram de forma diferente umas das outras, eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar, mas o insuportável é uma medida que nunca tem limite.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Amigo ocupa mais espaço
do que somente o lado esquerdo do peito...
amigo é aquele com quem choro...
é aquele com quem sorrio...
é aquele com quem exploro
riachos e cachoeiras dentro de mim.

Amigo é um só.
Não importa se tenho um ou cem.
Cada um... em cada momento...
É especial... é único, é vital...
Amigo não se escolhe...
Não se "pede" ninguém em amizade...
Ela existe ou não...
Sem tempo predeterminado...
sem prazo pra iniciar.
Amizade é sentimento... é afeto, amor,
respeito... veracidade, troca, carinho,
cumplicidade... É um beijo... um abraço.

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

33 MINUTOS

Eu sou assim mesmo:
Eu choro muito e rio pouco
E pouco falo, mas muito ouço
Sou de apanhar e não dar o troco
Eu quase nem grito e já fico rouco
Só mais um pouquinho
E eu fico louco.

Eu sou assim mesmo:
Muita música e pouca dança
O peso mais leve de toda balança
Sou quem chora e nunca descansa
Sou quem, quando ri, logo se cansa
Não sou de sonhos nem tenho esperança
Não sou do agora, sou de lembranças
Não sou de otimismo, de perseverança
Eu fico calado, não dou confiança.

Eu não peço nada
Mas não sou de negar
Eu não tenho pressa
Ando devagar
Eu falo mansinho
Sei bem meu lugar
Eu ando famoso
E nem sei desfilar
Eu não obedeço
E não sou de mandar
Eu só dou as caras
Pra me apresentar.

Eu gosto de ler
Mas não de falar
Não sei escrever
Só sei rabiscar
Não peço perdão
E nem sei perdoar
Não dou meu perdão
Eu não vou perdoar!
Eu faço inimigos
Amigos não há...
Eu guardo as mágoas
Mas não vou me vingar
Eu bebo veneno
E não sei vomitar
Eu morro aos poucos
Mas não vão me enterrar.

Eu carrego o ódio
Mas também sei amar
Crescem minhas unhas
Mas não sou de arranhar
Não tomo emprestado
Pra não estragar
E o que eu empresto
Você pode quebrar
Eu como calado
Não sei reclamar
Não peça desculpas
Não vou desculpar
E não compre outro
Eu vou recusar
Só me entregue limpo
E sem macular
Só acordo tarde
Não sei madrugar
E verde não gosto
Tem que madurar

Se me vir calado
Não tente animar
Sou contraditório
Vou contrariar
Não conte piada
Ou posso chorar
Me fale de dramas
E vou gargalhar
Não mexa comigo
Não sou mungunzá
Dirija depressa
Nem ouse frear
Bem a sua frente a morte está
Avance o sinal
Pode atropelar
Acelere... acelere!
Pode acelerar...

De tudo o que existiu fica tudo!
Ficam a empatia, os risos, o choro, o medo, o desabafo, os nós desatados e os que atamos também.
Ficam as palavras, as expressões e gestos de afeto e carinho.
Ficam os olhares de cumplicidade e intimidade nos momentos que foram nossos.
Ficam as músicas que não tivemos, as atrapalhadas, as caras de espanto e o medo de magoar com qualquer bobagem impensada.
O toque que a cada dia foi tomando forma mais sincronizada, sem muito desespero. Também fica junto com ele o abraço que foi se tornando cada vez mais apertado fazendo a gente quase entrar na gente.
Ficam os "nãos", os "sins", os "tudo bem" e ficam também os "bóra"! As aulas ficam. Tanto as de "como não fazer" quanto às de "como não ser".
Ficam as longas conversas sobre tudo e nada, sobre eu, sobre você, sobre os outros e sobre nós.
Ficam o silêncio e a troca intensa de emoções que fizemos através dele.
Ficam as broncas acompanhadas de gargalhadas, ficam as piadas engraçadas e as sem graça também. Ficam aquelas que fizemos pensando ao mesmo tempo a mesma coisa sobre a mesma situação. Como tudo isso foi incrível!!
Ficam os sentimentos de cuidado, de carinho, de zelo. Fica cravado no peito o respeito de uma grande e forte "amorizade".
Mas acima de tudo pudera eu dizer pra você: fica?!
Sugiro que modifiquemos e transformemos tudo isso que ficou para continuarmos usufruindo, mas de outra forma. Uma forma mais amena, serena, mas praticável.
Assim, com certeza, a gente vai poder ficar sempre perto!

Não sou vingativa, mas tenho orgulho próprio; Não guardo rancores, mas tenho boa memória; Não choro à toa, mas sou bem sensível; Não sou indiferente, mas respeito a vontade de cada um; Não sou deslumbrada, mas acredito no bom senso. Não sou apática, vivo intensamente cada momento; Não sou risonha, tenho espírito alegre; Sou seletiva, conservo verdadeiras amizades (poucas), procuro ser justa e luto por aquilo que acredito.
Respeito o próximo, desde que ele se dê ao respeito, mas também cobro respeito;
Me sinto querida, apenas sendo eu mesma.
Sei que nunca agradarei a gregos e troianos, mas me contento em agradar quem me cativa.
Ser feliz é uma escolha, lógico que não se pode ser feliz todos os dias e 24hrs não sou hipócrita, há dias em que tenho minhas fraquezas e há dias que estou um tanto sei lá, deprimida, tristonha, sempre há uma coisinha aqui e ali que nos tiram dos trilhos e os sentimentos afloram pois sou humana e sou de carne, não sou robô que sou intocável e que não sinto as coisas. Porém eu escolhi ser feliz, aprendi a sempre olhar as coisas pelo lado bom, mesmo nas coisas ruins que acontecem. Essa sou eu!

Amigo ocupa mais espaço
do que somente o lado esquerdo do peito...
amigo é aquele com quem choro...
é aquele com quem sorrio...
é aquele com quem exploro
riachos e cachoeiras dentro de mim.

Amigo é um só.
Não importa se tenho um ou cem.
Cada um... em cada momento...
È especial... é único, é vital...
Amigo não se escolhe...
Não se "pede" ninguém em amizade...
Ela existe ou não...
Sem tempo pré determinado...
sem prazo pra iniciar.
Amizade é sentimento... é afeto, amor,
respeito... veracidade, troca, carinho,
cumplicidade... É um beijo... um abraço.

FELIZ DIA DO AMIGO!!!!!

Você me ensinou o que é o amor.
Não choro, porque você me ensinou a sorrir.
Não sofro, porque você me ensinou a amar.
Não morro, porque você me ensinou a viver.
Mas se algum dia você deixar de existir,
eu choro, sofro e até morro.
porque a única coisa que você não me
ensinou, foi viver sem você.

Não, você não merece meu choro
Muito menos meu sorriso!
Você me magoar desse jeito me fez sentir a pior pessoa do mundo
Pois é, infelizmente me senti a pior pessoa do mundo ao saber que pude gostar de alguém como gostei de você!
Você não era aquilo que eu pensei que fosse
Me fez sofrer, me fez chorar
Fez meu mundo desmoronar
Mas agora tô melhor e depois de tudo o que aconteceu
Pelo menos uma coisa você me ensinou
A dar mais valor a mim mesma...
Porque eu mereço ser feliz!

O que é perfeito?

Perfeito pode ser um choro, ou um sorriso. Perfeito pode ser viajar, ou ficar em casa. Perfeito pode ser um momento, ou uma vida inteira. Pode ser um beijo, um amor de muitos anos. Perfeito sempre é o seu. É o que não é esperado, ou o que é muito esperado. Perfeito é a forma que dura muito, ou a que não dura nada. É o que você vê, ou o que não vê. Perfeito pode ser ensaiado, ou improvisado. Pode ser o doce, ou pode ser salgado. Perfeito pode ser uma palavra, ou um número. Perfeito é tudo aquilo que nos faz bem e que sem saber porquê, a gente reconhece na hora...

Motivação

Eu choro à toa, dou risada sem motivos, fico feliz com coisas simples, me machuco facilmente, uma hora estou bem, uma hora estou mal.
Sou uma pessoa normal, só que diferente, as vezes não me entendo, falo coisas bobas, faço coisas idiotas, cometo loucuras absurdas, sei lá, sou um normal estranho.
As vezes pareço uma criança, dou risada, brinco, tento ver os outros bem, mas no fim das contas sempre me dou mal, sempre espero o melhor das pessoas.
Não sou tão velho e nem tão experiente, mas a vida me ensinou várias coisas, e uma delas é se amar e se valorizar, aprender com os erros e tentar de novo mesmo que se machuque, insistir nos sonhos e persistir na caminhada.
A vida é louca, mas talvez eu seja um pouco mais, vai ver é por isso que sempre demonstro estar feliz.
O que aconteceu de ruim hoje, amanhã vai virar passado e o que aconteceu de bom, eu guardo para me lembrar amanhã o quanto fui feliz ontem, assim sempre tenho um motivo para sorrir de novo.
A vida é assim, agora pode estar tudo bem, daqui a pouco pode piorar, mas se cada vez que piorar eu desistir, nunca vou ser feliz e sempre o mal vai me vencer.
Então coloque um sorriso no rosto e siga em frente, não desista do que mais quer só porque levou um tombo, junte todos os dias bons que já teve e faça disso a sua motivação, para ser uma pessoa feliz e viver sem se preocupar com a opinião dos outros e as fofocas do dia a dia.

tudo novo de novo

O choro secou. Um outono doce impera com seu aconchego de amor e lucidez, suaves. E esse abraço aveludado que chegou repentinamente, num calorzinho de cuidados e curas. Não restam mais feridas. A dor perdeu seu lugar na minha rotina e foi procurar outros rumos. Tenho novos sonhos e um sono novo e profundo. Suavemente tudo mudou de ritmo e celebrei o tempo de cada novo passo. A princípio tive tanta ansiedade, porque tudo parecia um turbilhão, mas de que adianta tentar pular aprendizados? Se é de poesia que o poeta precisa, vamos a ela e não mais à repetição de uma melancolia eterna e bem aprimorada. Chuva e sol, calor e frio: eis o equilíbrio da vida. Se eu nasci com o sorriso mais largo do mundo, não vou entristecer o meu olhar nem anestesiar minha alegria. O choro secou. Já era tempo de prestar mais atenção em outras cores, promover como prediletas outras flores e entrar no mar sem medo, furando a onda com respeito e repetindo a cena com entrega e confiança. Nada ficou fragmentado. Saí inteira e o amor em mim transborda: pele aceitando carícia, olhar brilhando com a menor das delícias. O toque é novo e a respiração tranqüila. Às vezes ainda ofego um pouco, mas quem disse que artista nasceu para sentir pouco? Importante agora é que o choro secou. Antes o meu pranto era cego. Tive que olhar longamente no espelho pra saber o que ainda poderia resgatar de mim. Não quis nada do que restou, quis o meu sorriso novo, minhas portas abertas e a vontade de saltar novamente no desconhecido. E hoje eu só choro se for de alegria.

E quando eu morrer
Eu não quero enterro
Eu não quero tristeza
Nem choro, nem dor

E quando eu morrer, não será morte, será liberdade...

Eu morri...

Meu coração parou
Já não sinto mais nada
Os meus sonhos, objetivos, metas
vontades e desejos
Tudo acabou

Não sinto calor, nem frio
Não sinto mais aquele velho vazio

Não sinto paixão, nem amor
O sentimento que um dia me destruíra agora se tornou indolor

A felicidade... bom, que felicidade?
Já não existia esse termo na minha mentalidade

Decepção? que decepção?
Sumiu tudo do meu velho coração

Eu tive tudo... tive bons pais, uma boa família, bons amigos, bons professores, uma boa namorada e uma boa vida. Mas no fundo eu não tinha nada, era só um pedaço de carne que escrevia por charme...

Eu acho que sempre esperei o fim, o desconhecido parecia sempre melhor do que a realidade, uma fuga pros meus problemas

Mas quando eu morrer
Não quero que deem importância
Não quero que vejam valor
Na minha enorme insignificância

No meu fim, quero deixar bem claro
Que eu não tive uma vida, eu tive um fardo
Mas o meu adeus enfim, eu consegui
E constatei que eu não vivi, eu apenas existi...