Poesia sobre Arte
Época infantil, sei tão pouco sobre tudo, hoje. Que as vezes me parece que tenho que reaprender tudo de novo.
Pelo menos as sociedades do Brasil Educacional e Cultural devem a tempo promoverem o resgate resistente da cultura indígena brasileira em suas diversas etnias. O Brasil soberano e civilizado contemporâneo inclusivo tem a qualquer tempo uma divida imensurável e impagável pelo triste abandono das politicas indigenistas por parte da sociedade e do governo federal. Desde a criação do Parque Nacional do Xingu, inaugurado pelo mestre Darcy Ribeiro a 50 anos atrás, nada mais de significativo foi feito para o índio brasileiro. Nenhum representante eleito da nova geração de políticos até hoje, pleiteou a criação de um Centro de Estudos Sanitários em prol das comunidades e mesmo um Hospital Indígena de Referencia, pela simples justificativa de não ter popularidade junto a causa e mesmo o não retorno de votos. Na velha máxima corrupta politica equivocada do toma lá e da cá.
Fazer o bem é crescer, independente como, por que e a quem. Se depender de nossas escolhas e julgamentos, não se vai além.
O verdadeiro ativismo cultural vive na zona sul e na periferias, em busca de novas historias, vidas e personagens mágicos que lutam a seus jeito para as superações, muitas vezes indo contra a toda uma falência das politicas publicas institucionais, que punem, flagelam e abandonam injustamente os invisíveis que sobrevivem esquecidos na parte mais baixa da pirâmide social e cultural. A verdadeira arte contemporânea tem um importante papel de linguagem quanto a isto e cada artista deve ser um ativo interlocutor.
As artes e a cultura contemporâneas são aquelas que pautam e estão ligadas a inclusão, ao diminuir a fome e a miséria e dialogar com todos igualitariamente por melhores dias por uma universal cidadania.
Entre as gravuras a xilo é a expressão mais antiga e ao mesmo tempo mais contemporânea. Por que o artista gravador tem que ter a habilidade de um mestre artesão ao arrancar da madeira sem volta toda a sua expressividade. O taco original e a xilogravura em papel de arroz são partes invertidas da obra inseparáveis.
Todo evento das agendas coletivas, humanitárias e universais devem escolherem ambientes inclusivos para o livre acesso no direito de todos.
A morte é coisa do homem branco, para o indígena brasileiro, a alma é imortal e quando chega o momento certo,pega a grande canoa e sobe o rio contra correntena sua ultima viagem ate a terra dos ancestrais.Lugar sagrado de onde veio.
Desde muito cedo na minha vida, luto em batalhas imaginarias em meu universo interior. O melhor disto é que muitas delas com o passar dos anos se tornam realidade no futuro, e acabo me sinto mais ou menos preparado.
Somos ainda primitivos e inseguros em face de uma ritualística binaria e religiosidade africana datável de mais de doze mil anos.
o artista Moacir Andrade foi o meu maior mestre sobre as cores da Amazônia. Tudo de um jeito simples, como é típico de quem sabe, entre os igarapés, igapós e balneários da Grande Floresta. Suas palavras embebidas de magia do dia a dia, das que se encontra por esperança nas populações ribeirinhas ecoam no meu imaginário nas noites de lua cheia.
Muitos ainda são reféns de vossos medos e cultivam grandes segredos. Eu não tenho segredos pois espalho tudo que vivo, com diversas pessoas, por diversos lugares e por diversos motivos, naturalmente.
Vem pelas artes a verdadeira cultura resistente indígena brasileira. Vitoriosa e impar, tão rica de uma mitologia nativa, simples e sagrada, lembranças vivas e educativas de quem são. Guerreiros fortes e sobreviventes em comunidade, que hoje ressurgem mais vivos do que nunca das narrativas originais das ancestralidades.
Haverá um tempo que a Igreja Apostólica no Brasil encontrará uma grande mãe indígena de bondade, para ser beata. Não em algum processo de canonização pois a cultura indígena tem espiritualidade mas distante de qualquer santidade humana. Sendo assim será reconhecida pelo amor e a vida de bondade a todos os filhos da vida, indiscriminadamente, pois a separação e a diferença sempre partiu da religiosa cultura européia na cultura indígena brasileira, todos são iguais.
A civilidade sem o bem e a caridade distancia se da generosa humanidade e concorre para uma vitalidade natural individual nativa, bem mais egoísta, exclusivista e embrutecida.
Politicas sociais, inclusivas e culturais me interessam mas politicagens demagógicas e sancionais de partidos políticos, não.
Não tenho o menor direito de me sentir próximo ao perfeito mas sou bem mais poucos erros e muito mais acertos.
Minha alma gêmea é míope, desorientada e totalmente estabanada. Digo isto por que até hoje, ela não me encontrou.
Os lobos ferozes vestidos de cordeiros são extremamente sedutores mas vacilantes diante da primeira generosidade. Com isto vivem aparentemente felizes no meio de suas presas extremamente infelizes.
A pequena imperfeição revela a destreza da perfeição humana. O que é exatamente perfeito sem nenhuma falha, não é humano, é feito por uma maquina.