Poesia sobre Amantes
Quero gritar aos céus, declarar meu amor,
Mas o medo me cala, a culpa me aprisiona,
Somos dois amantes, condenados à solidão,
Um amor proibido, uma paixão que ninguém reconhece.
A tua presença,
Ao longe, como uma estrela sozinha,
Brilha em meu céu,
Sendo inalcançável mas ainda a minha guia.
O seu mais profundo sorriso,
Um farol que me aproxima,
Iluminado meu caminho como um amuleto,
Onde a escuridão se torna vazia como as ruas de um gueto.
Em teu profundo e perfeito abraço,
A incógnita do enigma se revela,
A doce agonia de uma paixão que se cela.
Amparado pelas sombras,
Meu coração errante,
Ama- te em segredo,
Como o coração amargurado de dois amantes.
Amar a ti é como acariciar a lua,
Na estranha impossibilidade,
É o que resta de minha alma impura, que levemente flutua.
No infame palco da vida,
Somos atores perdidos,
Sentenciados pelo que o destino já parece ter decidido.
Te amar, um roteiro de tristeza, ódio e dor,
Pois sei que jamais posso ser o teu amor.
Entre risos, cortes e lágrimas, meu coração ainda pulsa,
No dilema de um amor que se recusa.
Conhecer-te foi um presente e um fado,
Amar-te é um sonho que nunca realizado.
Como rosas que desabrocham na solidão,
Meu amor cresce, acorrentado como em uma prisão.
Ah, musa inalcançável, doce desatino,
Em meu peito, é você meu eterno destino.
Na penumbra da impossibilidade, persiste,
O amor que em segredo, que meu triste coração assiste.
Assim, nesta dança de sonhos e afetos nunca vividos,
Guardo-te na alma, meu eterno amor, proibido!
Secretamente nos amamos
O amor secreto
Chegou atrasado?
Que se encaixa perfeitamente
No amor, carinho e cumplicidade,
Não é ambição não é cobiça
E o amor que se encontrou
Inesperadamente na esquina da vida
Culpados quem é?
Se o coração não tem olhar
Simplesmente pulsa
Na direção do outro
Num sentimento que aflora
E sem controle
Entrelaça-se na paixão
Enraizado uma alma na outra
Partilham dos mesmos desejos
Esquecendo-se dos traumas
Das dores, agora esquecida.
Pelo remédio chamado amor
Com olhar de cúmplice
Que nos levanta e nos aquece
Um olhar que justifica
O amor e a paixão pela vida
O amor é agora
Não chegou atrasado
O relógio não esta errado
Simplesmente quero te amar
Sem tirar você de ninguém,
O tempo passou
Não estamos no passado
Estamos no presente
Mesmo os nossos corpos ausentes
Sabemos que esse amor
Não encobre nossos pecados
Simplesmente nos amamos
Eli Ferreira
Não me tomes apenas de corpo;
Acalante e doma minha alma também;
Físico e espiritualmente, nem reto e nem torto;
Envolva-me como um todo e além.
Mostrá-me tua essência, linda essência singular;
De uma forma que dois seremos um, não mais;
Viajemos por vários mundos, sem sairmos do lugar;
O tempo já se faz parado, tudo para o agora ou jamais.
E quando o nosso envolvimento, tentar respirar o fim;
Que não nos sentiremos na moral do inferno;
Nem pecados ou bençãos, para você ou para mim;
Para que o nós seja o mais lúcido sinônimo de eterno!
E amar muito, quando é permitido,vem para modificar uma vida reconhecemos,compenetrado. Como uma caminhada,como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo e viajar nos momentos mais sublime e puro do Amor, o território da alma. como quando, olhando para o sol,os olhos compadece e verte um brilho.
O coração se ajoelha em prece e agradece.
A forma como os amantes se apoiam,tenho pensado sobre a física disso,a gravidade dos corações. O primeiro instinto humano,encontrar algo a que se apoiar,para conseguir um ombro,um par de mãos para ser frágil. Um a das gentilezas do Amor, ter uma pessoa em que você possa se apoiar,sabendo que nunca vai se incomodar com o peso de suas cicatrizes.
São pensamentos que voam
São palavras que se perdem
São histórias não contadas
São vozes repetidas,
São silêncios não falados
São versos que se tragam
São sonhos que se vivem
São momentos que se tem
São lembranças que ficam
São verdades guardadas
São mentiras ditas,
São amores incorretos
São paixões não vividas
São pedras que se tocam
São rios que se encontram
São flores que perfumam
São espinhos que machucam
São cores que dão vida,
São frios que aquecem
São calores que esfriam,
São saudades que se sentem
São memórias que se guardam
São pecados que se tem
São estradas que se seguem
São portas que se trancam
São janelas que se abrem
São amores esquecidos
São pessoas lembradas
São verdes que esperam
São as matas que se cantam
São os rios que se falam
São as músicas que se tocam
São os olhares que se olham
São amantes que se amam
São canções que se ouvem
São esperas e voltas
São idas e vindas
São poetas nada mais.
São madrugadas que esfriam
São corações que se batem
São versos que se criam
São poemas que escrevem
São loucos normais.
Foi em um final de tarde de verão que descobri, que nos seus olhos claros como o céu consigo sentir, o sol no Interior dos meus olhos, que brilha quando olhas para mim.
Dormimos abraçados em camas separadas, mas por telepatia, continuamos conectar.
A pele tem memória, e a minha, lembra das carícias das tuas mãos, que vem como filme na minha mente.
Lembranças de momentos tão intensos, que faz a minha mente viajar no puro êxtase.
Dispo-me dê mim, e nesse instante, a nudez vesti-me amor intenso, e em silêncio, o meu corpo queima em chamas.
Sinto a tua influência amorosa tocar-me em tudo que eu faço.
O fogo que arde no teu peito, não é tão diferente do que implode em mim.
Sentimentos misturados com desejos, tão quentes, que até o sol arde nele!
Conexão que ultrapassa a atração, a química e o tempo.
Toca o amor!
Se nos indagarem sobre o que éramos, diremos que éramos a essência da completude, desprovidos de delírios e desvarios.
Éramos a totalidade um do outro, mesmo quando a compreensão nos escapava.
Alguém chega e te faz esquecer todas as tuas aflições com um toque, dissolvendo todos os teus desassossegos.
E a única inquietação floresce, nos instantes em que seu toque não se faz presente.
Uma camisa com o seu perfume é suficiente para trazer de volta todas as memórias de quando estamos juntos.
Mas o conforto maior e a sensação de ter você por perto é o seu perfume, que permanece como um abraço invisível e caloroso em minha pele.
Foi sem querer que compreendi: que o que eu tanto queria também me queria.
Hoje não vivo mais sem esse querer, e, por você me querer continuo te querendo.
Te olhei e não senti
O coração palpitar
Percebi que o que há de vir
Eu poderia, evitar
Tinha amor e ainda assim pensei
Por que não te amar?
E se de ti assim pensei
Talvez eu decida tentar
Não por mim mas por você
Pois parece merecer
O que em outros ousa buscar
Só eu posso lhe oferecer
Afinal o que têm além
Daquilo que eu já não vi
Sua carinha de neném
E seus lábios de ofir
Os seus olhos eu ouvi
Isso eu não pude evitar
Mas terei que resumir
Há muito mais para expressar
Versos que sua boca não diz
Eles parecem cantar
Como explicar que isso condiz
Exatamente com o luar
Cantam em silêncio
Uma bela canção
De uma garota incrível
Solta nesse mundão
Como floco de neve ela paira
Mas como gota de vela ela pinga
Em minha pele, amor e raiva
O ardor da parafina
Parafina, parafraseando
Meu amor que por ti anseia
Calor que vai se solidificando
Consistente como a areia
Se dissipa em um punhado
Se com paixão não for regado
Porque não pode em um punhado
Um castelo ser criado
Se um punhado não é o bastante
Só te ver me é frustrante
Se em ti, tocar eu não puder
Te desejo mais a cada instante
Perceba sem mais tempo a perder
Tudo o que em silêncio podemos viver
Somos bons conhecidos
Mas bons amantes podemos ser
Doce e frágil parece ser
Penso até que vai quebrar
Torço para não acontecer
Pois não temos quem culpar
Se apaixonam sem querer
Quis, me apaixonar por você
Decidi assim fazer
E logo vou te convencer
Somos bons conhecidos
Mas bons amantes podemos ser
Ama-me e permite-me transbordar o meu amor e te amar, ou dá-me forças para eu partir e nunca mais voltar.
Os Amantes
Amaram-se como amam dois amantes
Da felicidade beberam toda a taça
Todo o vinho, todo o cio... de graça
Amaram-se como amam dois amantes
Somente pele e boca e mamilos e mãos
Em cada grito, greta, gole... mãos
Amaram-se como amam dois amantes
Sem palavras, sem pressa, sem “não”
Sujaram-se e fundiram-se no chão
Dois amantes não fazem escolhas
São como o tempo passando
Ou uma brisa espalhando as folhas
Nascem e renascem se amando
Sempre gostei de ser um dos amantes da leitura porque por mais que sejamos muitos, nunca entramos em conflitos.
Somos todos um bando de ignorantes, amantes do próprio umbigo. Quer prova maior que essa?! Recrucificamos Jesus!
Eu não fumo, não bebo, não sou boêmio e nem dado a colecionar amantes. Sinal de que também não sou poeta!
Gosto desses amantes apaixonados, desses que parecem o sol do meio-dia, que queima a retina quando se olham, que brilha forte, é quente, faz suar, e que nem mesmo o mais negro nublamo consegue esconder seu brilho por completo
Os amantes eles nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar aquilo que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é. Vê o avesso, vê o contrário da situação. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas sobretudo aquilo que ainda está oculto. É enxergar o que a gente ainda não é, mas o que a gente ainda pode ser.