Poesia sobre a Primavera
O amor e a fé estão intrigados ao homem, como uma árvore á suas raízes; que enfrenta as tempestades, os ventos fortes, o sol de verão e até caem as folhas, mas resite... E para ver chegar a primavera, se renova em novas folhagens, se enfeita em flores, produz frutos, espalha sementes. Mas se faltar as raízes, a árvore cai, como o homem que sem fé se despenca... E sem razões para amar, o homem morre, como uma árvore sem raiz.
O choque frio entre a realidade e meus sonhos nunca me matou, apenas derruba-me as folhas, e permaneço assim, até que a próxima primavera chegue.
Como folhas de outono nossos cabelo mudam de cor, caem sem que percebamos que a vida seguiu seu curso. A primavera eterna se aproxima, não há tempo de florir de novo.
Há pessoas que têm a alma tão perfumada que eu desconfio que possuem um jardim em flor no coração em constante primavera.
Somente quem já atravessou vários invernos sabe que não é qualquer ventinho de outono que vai atrasar a primavera.
Se hoje eu tivesse que escolher uma palavra, apenas uma, para personalizar a minha mãe, eu diria “rosas”. A minha mãe plantava rosas. Ela tinha um jardim só de rosas. Uma vez ela ganhou um jardim inteiro de rosas, era um presente romântico. Houve um tempo em que ela nos levava todos os dias àquele jardim. Depois de um tempo as rosas murcharam, e o jardim morreu. E minha mãe nunca mais teve outro jardim. Mas, aonde quer que eu vá e encontre rosas, lá está ela.
Lamentavelmente, as ervas daninhas são muito, muito, mais fáceis de se multiplicarem do que as flores. Mas as flores sempre se sobressaem em meio a elas.
A Terra é o jardim de Deus, e pelo visto nós somos as pragas maléficas do seu jardim, e provavelmente super autodestrutivas também.