Poesias que falam de Olhos
Tarde de veraneio,
Olhos claros se confundem com o verde marinho.
Despida de sua inocência,
surge esplêndida a bela pérola,
cujo brilho vivo dum olhar,
vem exaltar o sagrado e o profano,
levando a um inebriante estado de mistério e desejo.
Já estava ali
Uma bobagem hoje, me abrio os olhos
uma coisa nada confiavel
Me disse oque iria acontecer
Entendi que bastava esperar
Mas somei sem perceber
O que já estava no ar
Sem querer me vi acreditando
Fazendo acontecer, oque antes
Esperava sem saber, sem crer
Se iria acontecer.
Coração céptico
É triste olhar em seus olhos
E ver que o brilho deles não é por mim.
Por dentro com o coração eu choro.
Será que eu mereço viver assim?!
Difícil sentir o seu cheiro e não poder tocar.
E olhar para seus lábios com olhos de desejo.
Tortura, sua boca não poder beijar.
Será que devo viver sonhando com seu beijo!?
E o seu sorriso que ilumina meu dia,
Na noite lembro-me junto ao luar.
Junto com as estrelas na minha melancolia,
Será que nela tenho que assim pensar?
E seus gestos temperamentais gentis,ou não,
É o que me faz perto dela ser cauteloso.
Esses são os malditos feitiços do coração.
Será que são eles que me deixam tão sinuoso?
Sentimentos e duvidas são o que me consome.
Em minha mente,fecho os olhos e sigo viajem.
A noite em meus sonhos,chamo por teu nome.
Será que um dia consigo tirar da mente sua imagem?
Só ela,e mais ninguém, consegue me tirar a paz.
Pergunto-me se por ela estou apaixonado.
Mais não adianta para e por ela ser audaz.
Será que eu mereço esse castigo de viver calado?
O que fazer quando os olhos não se encontram mais, as mão cada vez mais distantes os corações mais pesados?
O que fazer com tanta gente perdida, tanta gente vazia?
Não quero mais ouvir um _Oi, como vai? Se não for de alguém que realmente se preocupa comigo.
Quero receber ligação de um amigo distante que lembrou de mim quando ouviu uma música ou quando comeu um doce.
Não quero me sentir sozinha em uma reunião de pessoas.
Quero conhecer meus vizinhos e conhecer meu porteiro, e os filhos dos meus amigos do trabalho.
Quero me preocupar verdadeiramente, quero ter mais tempo disponível para ligar para meus amigos, pra passear com meu filho e andar de bicicleta.
Cansei de conhecer gente fria, que são muito bons em achar palavras, mas não sabem expressar amor.
O amor atencioso, companheiro, o amor que aceita, que constrói, que trás a paz, e que a gente nem sabe mais.
Quando se ama a gente entende o que passa por dentro do outro, pois a partir do amor, todas aquelas coisas passam a acontecer dentro de nós.
E, às vezes eu mudo a direção do meu olhar, para que esses olhos mais doces que você já viu, não venham se transformar nos mais tristes.
Ou talvez, denuncie o que na verdade sinto por dentro.
Você me inspira a escrever coisas que eu nem sabia que poderia sentir.
Saem de mim como uma espécie de fonte que não para nunca de jorrar, como uma flor que não cessa de exalar seu perfume e, como as ondas do mar que estão sempre indo e voltando.
Está vendo como você me inspira?
Você que acorda com remelas nos olhos e bafo na boca...
Você que tenta ser diferente...
Você que tenta se mostrar legal e sincero...
Você que se acha secreto...
Você que toma banho de água...
Você que come e você que bebe...
É para você essa mensagem...
Que saio de dentro do meu cérebro sangrento...
Você não é Secreto!
Você é só mais um, tentado ser ator...
Fecho os olhos e tento entender o que minha mente não consegue esquecer, Só sei que te amo e não sei quando vou parar de te amar.
Só te amo isso já me basta.
Olhos apagados
Está escuro aqui.
Está escuro e silencioso.
Medo nas mãos; nos dedos. Receio de tocar.
Faz-se um barulho cego.
Sob o domínio de fobias, abre-se a porta do imaginário.
Vendo o que não se apresenta, o escuro é uma fera de garras recolhidas.
Uma massa negra de ouvir gritar de dentro a própria voz:
- Condenada, não morre a alma.
Criarei uma personagem,
quero um livro cor carmim,
e em letras fortes,
se os olhos dele percorrerem minhas histórias
me sentirei em seu mundo
como um riso que ouve-se
e agrada-nos...
Os olhos vagueiam por teu corpo
Não se preocupe,
meu devaneio é apenas o primeiro sinal de meu amor.
Trarei a lua até seus olhos
mesmo que para isto tenha que lhe carregar
adular.te e fazê-la sonhar em meus ombros.
Já eu,
que fazia tempo com os olhos carregados
invariavelmente nublados.
Despertei!
mudo e tímido
ainda chovia lá fora e este agora não tinha guarida.
E mesmo sem entender,mesmo sem conhecer, fecho meus olhos coloridos e sinto.
Sei o que me espera ,mesmo sem saber para onde vou...
A primeira vez vos viste olhos teus
Por tais, pura lhe julguei
Da proeminência logo lhe empossei
Ao ouvir o ameno timbre seu
Eu teu terno semblante,
Seus sentimentos logo atento
O marejar dos olhos ocultar tento
Em minh’ alma sobrevém vazante
É de modo que seus vocábulos
Tácito fico, ao ouvir
Da razão me permito esvair
Ao expressar querer
Tão frívolas palavras tornam-se
A gratidão por te conhecer
CANTADOR
Às vezes os olhos se entregam
Lembrando momentos de plena dor.
Enquanto o coração segreda
Lindas palavras de amor.
Distante a paisagem dorme
Parada sem nem um brilho
A dizer que o tempo passa
E tudo fica pequeno
É quando a luz
Revela a campina bela
Numa aquarela sem cor.
E as vezes nada toma importância
E do nada se vê uma tela
Preenchida de vazio
Do que veio a não ser falado
Um estio esvaziando a claridade.
Adiante um sabiá
Canta, enchendo o tempo real
De verde tingido o chão
Que anseia pingos de frio
Prefere dormir lá fora
Solando pelas narinas
Em grosso e moderado tom
Cantigas que retoquem a vida.
Naeno* com reserva de domínio
TEAR
Enquanto eu faço um poema eu te descrevo
Como se não te conhecesse
E meus olhos prego em ti.
Tudo eu lamento na minha poesia
E tudo sai na alegria de tua boca rindo.
Queres uma prova de amor?
Eu ando sobre as brasas.
A caneta dança uma interminável valsa,
E de nós quem rodopia,
Quem tem a autonomia nos pés
És tu. tutora de tudo o que aprendi.
Enquanto sonho tu acordas
Para fazer de mim teu mimo
Teu cãozinho novo, tua maquiagem.
E eu aprendi o que me ensinastes,
Nunca olvidar aprendi também.
Graças a ti, poesia feita agora,
Minhas verdades de outrora
A vida contigo, pode dizer-se eterna.
Sem ti é tudo um desmantelo.
Enquanto eu teço o verso
Tu urdes em minha cabeça
Um templo de bombardeios,
Das tantas guerras,
Que comemoramos o seu final.
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naeno*com reservas
SERÃO TEUS OLHOS
Quando me dou frente a frente
Com os teus olhos de louca
Fica a impressão de que vi,
Algo de extremo e pouco
E vou ao delírio, perto
Já da minha loucura
Fico gritando o teu nome
Em aflita amargura.
Se quando olho os teus olhos
E não vejo os meus refletidos
Fixo-me no chão só pra ver
Se os meus não caíram
E de pura dolência
Caio por terra e vejo
Já no fio do precipício
Enxergo e não creio.
Que tu não veja em meus olhos
Esta claridade
aveludada, mas plenas
O que faz a idade
São os teus olhos meus
São só minhas verdades
As tuas eu busco e não conto
Se tenho encontrado.
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Naeno* comreserva
VIDA
Depois que a vida chorou pelos meus olhos
E soprou a minha boca pela boca dela
Temos sido assim amantes barulhentos
Quando em nossas encruzas
Mostramo-nos os dentes.
Depois de fincada no chão uma semente,
Pelas mãos dela, e eu era um silente
Pequeno grão suado em sua mão fechada.
E ali já germinava, eu florava.
Aflora agora uma vida em dormência
Sob os caprichos dos seus pés, fui
Calcado, e transplantado tantas vezes
Por não ser o enfeite pra sua janela aberta.
E eu não pergunto de mim a ela
Não incomodo a dona dos arados,
E o que quer de mim, nessa lavoura úmida?
Que eu chore, que me decline.
Serão meus frutos de sabor ruim,
Que ela não arreda o seu olhar,
E quando eu digo gosto desse canto,
Ela me espanta apontando um outro igual
Faz-se arrendatária, também de mim.
Eu me iludo que com os outros
É mesmo assim:
Por ela transplantados, fustigados,
Enxertados, lavrados.
E que não têm sentido
Os seus caprichos arcaicos.
E terá acertado, e sabe o que faz.
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naeno*comreservas
Eu aqui, distante e
Meus olhos brilham e sorriem
Será porque?
Minhas palavras ganham asas e encantam
Minhas firmes mãos até balançam...
Meu mundo girou e encontrou vc!
Não entendo!
Não é nada dessas coisas para mim:
Não é razão do meu viver
Não é amor nem bem-querer
(O não ás vezes vira ainda...
A negação depois se afirma.
E como fica?
Ainda a razão do meu viver
E sim pro amor e bem-querer)
Confuso?
Não pra mim!
Às vezes eu sou assim:
Rio e choro
Pensando nas histórias e suas continuações
Pensando em tantos caminhos e opções
Mas vou prosseguir...
Vou andando pelas ruas
E desejo, e rogo, e penso
Em nós,
E no sonho que comungas:
Ser só eu, você,
Nós dois,
E nossas bocas juntas!"
(A um príncipe das Arábias... Ao Faddul do Alêddin... A um anjo salvador de vidas... Salva-me!)
Espero pelo seu doce abraço
O toque que cessará minha dor
Por um minuto fecho os olhos
Na tentativa de fugir da realidade
E dormir em seus braços.
Os braços que me fazem desaparecer.
Que ao invés de me prender,libertam-me
Libertam-me do medo,de minha dores...
Fecho os olhos,na tentativa de fugir
Pois o mundo vai desmoronar.
Eu não quero ver.
Você não vem?
Suavizar minha dor...
Me deixará assim?
Você não vem
suavizar minha dor?
Logo o dia surgirá.
Você não vai trazer a luz para o meu quarto?
Quebre as algemas dos meus braços
Liberte-me
Rompa o selo de lágrimas e fel
Eu ainda espero o seu doce abraço
Você vai esperar pra beijar meu cadáver?