Poesias que falam de Olhos
E quando olhei em seus olhos o amor
nasceu em mim e meus dias se tornaram
cheios de ternura e meu coração nunca mais
foi o mesmo.
Vive pulsando apaixonado!
Já é Noite
Hora de aquietarmos o corpo e
a mente
Fecharmos os olhos
Elevarmos a alma
Escutarmos um pouco a voz
do coração
Deus nos deu a noite para que
pudéssemos sossegar os
nossos anseios
e insistirmos em nossos
sonhos
De presente ....
Nos deu a lua e as estrelas
para lembrarmos sempre de que
não estamos sós .
E para jamais esquecermos também :
De que Ele sempre
nos olha
nos abençoa e
nos protege
a todo instante.
Divagando...
Noite fria e escura,
tento dormir, mas o sono não vem.
Fecho os olhos e meu pensamento livre voa
a procura de respostas para tantas interrogações.
As horas lentamente se vão, já é madrugada
e cada vez mais me aprofundo no meu eu
resgatando as histórias que a vida vai escrevendo em nós.
De repente surge a saudade de ser outra vez criança, ser feliz outra vez.
Porque é assim que a alma está, carregada de nostalgia
de lembranças de um tempo de contentamento.
Não demorado momento a tristeza se faz presente.
Olhos lacrimejam na simples metáfora para a solidão, no silêncio que me acolhe.
Tento ser forte buscando outros pensamentos, outras lembranças
na tentativa de deitar, dormir e sonhar...
Mas a cada segundo ouço a voz do meu silêncio chamando por ti.
Enorme é a distância que nos separa devido aos acontecimentos.
Desfolhando a insônia na madrugada
tudo fica emudecido, nenhuma resposta, porém, minhas intuições
e assim, sigo divagando em pensamento juntando pedaços da minha alma.
Mãe!
Princesa dos meus olhos!
Rainha da minha vida!
Você que me ensinou a amar e ser querida!
Você se fez flor e um lindo jardim plantou.
Deu tão lindos brotos que agora se criou.
" Fecho meus olhos, respiro fundo... Olho para o céu em busca de respostas. Uma brisa leve sopra em meu rosto e em uma doce nota musical um breve canto: _ Estas buscando no lugar errado! Volte seu olhar para dentro de si mesma! Lá encontrará suas respostas..._ Novamente fecho meus olhos, respiro fundo e volto meu olhar para meu templo em construção... De lá vem uma singela luz, que se destaca em meio ao caos da obra. Sigo-a... Encontrei minha resposta!"
Marli D.H.F.
Eu tenho atração por pessoas de gentileza inata.
Aqueles que tem um sorriso no canto dos olhos até quando há uma lágrima dentro da alma.
Tenho paixão pelos que optam pela modéstia.
Gente que tem a elegância de ser feliz dentro uma vida simples.
Amo as simplicidades da vida.
Eu gosto de gente que não aproveita tudo o que encontra, mas valoriza o que seleciona.
Gosto de gente que seleciona.
Aqueles que são seletivos tem consciência do seu valor, e do valor das coisas duradouras.
Eu gosto das coisas duradouras. São carregadas de afetividade e resistência.
Valorizo a permanência.
Existe um mistério inerente em permanecer, que faz toda simplicidade do mundo ser uma amostra da eternidade.
Pensando bem... Exatamente!
Gente que tem olhos para o eterno.
Esse é o meu tipo favorito de gente.
Fica por lá
Aí onde estas
E não volte
Onde meus olhos não te podem ver
Qnde minhas mãos não podem tocar
Onde eu não possa voltar amar..!!
..
Naquela manhã de outono, olhei em seus pequenos olhos pela primeira vez. No mesmo instante descobri em mim um inexplicável, inesgotável e indescritível amor.
Quem sabe seja um amor de outras vidas?
Quem sabe seja amor pra toda vida...
Talvez já conhecêssemos...
Talvez, outrora já tivéssemos nos entreolhado...
Em meio a tantas incertezas, a tantas perguntas, uma única certeza: meu amor por você, minha princesa!
Minha pequena, minha estrela, minha certeza.
Pequena menina, que me ilumina e trouxe sentido a todas as minhas vidas.
Quando pouso os meus olhos nos teus,
sinto uma espécie de calafrio.
Um arrepio que me electrifica o corpo,
deixando-o num frenesim.
Não tem como disfarçar essa coisa
que me impele,
que me puxa,
que me empurra.
Desnorteia-me!...
Sei lá!...
Faz-me andar de um lado para o outro,
dentro de mim.
Sede.
É dos olhos que deságua
todo pranto do sertão
que sofre sem sentir mágoa
da dor que maltrata o chão
que enxerga num pingo d'água.
o destino de cada irmão.
Aqueles olhos castanhos
Você pode dizer muitas coisas sem pronunciar sequer uma palavra, seus olhos castanhos me fitam com desejo oculto, talvez apenas eu perceba isso, talvez queira que eu perceba. O sorriso é tímido, porém convidativo, está me convidando? Não consigo parar de olhar, suas mãos delicadas repousam sobre o colo, mãos femininas, as unhas ostentam um vermelho intenso, maior feminilidade não há. As pernas estão cruzadas...não por muito tempo...
Tenho adormecido no travesseiro
dos teus olhos e amanhecido pendurada
no quadro dos teus encantos .
Ah, eu te amo tanto!
Ausência
Meu silêncio grita,
Tu não ouves,
Meus olhos choram,
Tu olhas, mas não vês,
Minhas mãos soam inquietas,
Sangro por dentro.
Onde tu andas?
Onde está teu pensamento?
Dizes: está em ti.
Mas não,
Procuro lá, não me encontro.
Não estou em ti,
Nem em teus pensamentos,
Nem em teus lábios,
Nem em teus braços,
Estou aqui, para ti, por ti,
No vazio, esperando,
Ansiando teu amor.
Os Olhos Azuis
Alguém perfeito,
Mas sem notar
Presa em meu peito
Algo além do que amar,
Às vezes deito
Sem nem o que pensar
Apenas ela sem defeito
E profundo seu olhar
Cujo inteiro feito
Do mais belo azul mar,
E eu cá sem jeito,
Sem saber explicar.
Esperança
Acordar é não mais contemplar o que estava sonhando.
É abrir os olhos e ver o real.
E o novo se faz insistido, assistido.
As palavras? Elas não me impressionam.
Mas remetem-me a lugares indescritíveis, incríveis.
Como posso esperar o que determino em meus pensamentos,
E não sinto em minhas mãos?
Planejar o improvável?
Eu irei galgar sonhos
Empurrando ao penhasco
O supérfluo que me acompanha.
Quero ver alçar voo, o realismo,
Que me adormecerá no tempo
E incondicionalmente a surpreender
Com a chegada de tantas coisas
Daquele esperado futuro
Ficará acumulado meu presente em passados
Remoídos pelos meus porquês.
Esperança, você ensinou-me a guardar, para dar depois.
Renovar para oferecer, reciclando-me ao invés de esvaziar.
Vem! E se puderes me beijar, sejas suave.
Não que eu tenha medo de te sentir
É que eu não sou dono do meu corpo.
És indesejada, mas.... Fica por favor!
Consola-me. Seja minha amante!
Visite-me esta noite e tente ganhar um sorriso meu.
Se eu te perder, levará consigo os meus sonhos.
Viverei para quê? Para quem? E de quê?
Tu és minha criação, para deixar meus medos bem longe.
Fazer o mundo pequeno aos meus pés.
Mesmo sabendo que muitos dormiram contigo
E morreram em teus braços.
Foste fingida aos que raramente te aceitaram
Fiel aos que tu educas, no silencio,
No choro em momentos de vazios profundos.
Não me deixe preso, cego, pois não sou como tu esperas.
Tenho os meus medos,
Mas, és tu quem se esconde dentro de mim e não eu em ti.
Ah! Seja minha amante e tente ganhar meu sorriso esta noite.
Socorre-me, pois sou pobre sem você, esperança...
FLORES PARA BILLIE
Tempo fechado, chuvoso
o mundo fechou mais cedo hoje,
meus olhos não,
acendo um cigarro
e Billie Holiday canta
na fumaça sobre meus olhos
fechados pro mundo
e abertos para a vida,
essa voz me cura feridas,
seu espectro com flor na cabeça
solta a voz direta em meu peito
já não sou mais um sujeito,
sou um deus na neblina
buscando salvar aquela menina,
mas salvá-la de que?
se na sua vida sofrida
foi ela que me levitou
do porão do descrédito
e me trouxe o velho inédito
jazz perfeito, rarefeito,
cantado com a voz calma da alma,
gritado por desespero parir
a voz gestada na solidão,
no abandono e falta de pão,
o cigarro queima, Billie queima
e já há agora chamas nos céus
fechem os olhos, se cubram de véus
já há agora chamas nos céus,
mas daqui a pouco,
somente na rua, um poucos loucos,
desafortunados indigentes,
assistirão descrentes,
em primeira mão
a voz de um anjo
cantando no chão
Pérsio Pereira de Mendonça
Olhos que invadem
Despem e ardem
Mãos que tateiam
Desvendam e acariciam
Cheiro que entorpece
Impregna e entontece
Calor que aquece
Acolhe e enlouquece
Língua que Inebria
Lambuza e excita
Boca que devora
Beija e demora
Corpo que consente
Encaixa sublimemente
Me olhou pela primeira vez
Como se fosse a última
Meus olhos curiosos
Também olhou assim
Com olhos que invadem
Despem, ardem
Olhares que enxergam
Olhares de olhares
Seus olhos me disseram
Quero a sua alma
Seu beijo, sua carne
Seu coração
O êxtase fez morada
A pele arrepiada
Que anuncia o amor
E faz tão bem pra mim
AUTORRETRATO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Os meus versos te pegam no pós-banho;
nos teus olhos de quem se masturbou;
eles fazem teu show perder a classe,
porque mostram quem és no camarim...
Meus poemas arriam tua calça
onde a tua nudez não é bem-vinda,
quando a falsa moral quer pecadores
para dar pôr na berlinda ou na fogueira...
Só não posso negar para mim mesmo
que me pego na minha hipocrisia,
pois a minha poesia me revela...
Sou a própria expressão do réu confesso;
se meu verso te flagra no teu flato,
denuncia minha mão amarela...
VIAGEM NO TEMPO
Lanço ao mar meu olhar,
ele é minha ponte
com o horizonte,
olhos atentos de navegar,
visão lisa, assaz precisa,
me da o norte,
da nossa sorte,
ao destino que não invisa,
minha pele cheira alvorada
respira nova liberdade,
pois nunca é tarde,
se meu lugar é tua parada,
ouço sons verdes de farfalhar,
é a brisa da nova sina,
ou talvez tua saia menina,
talvez ambas a me esperar,
Ó mar, ó amar, provei teu sal,
temperei meus anseios,
me deitei em teus seios,
agora fujo para o teu madrigal.
Pérsio Pereira de Mendonça – 14/07/2016