Poesias que falam de Olhos
NOSSO OLHAR
SOBRE O ESPELHO DOS MEUS OLHOS
PAIRA A TUA IMAGEM A ME FITAR
SENDO ASSIM SÃO OS MEUS OLHOS
QUE DOS TEUS NÃO CONSEGUE DESVIAR.
MEL - ((*_*))
A consciência da perda da inocência.
Fico sempre um pouco aflito quando vejo nos olhos de uma pessoa (amiga ou paciente) que ela começou a perceber a cadeia de comportamentos dela mesma ou de outra pessoa, e que os fatos, antes isolados e pouco relevantes, passam a se tornar uma história bem amarrada, indicativa de uma escolha, consciente ou não.
Em geral é um olhar para um vazio, recheado de significados, meio espantado, às vezes triste e às vezes portador de uma satisfação por desvendar aquele enredo.
Fico aflito pois esta é uma fronteira que nunca sabemos se, quando ou como cada um irá atravessar.
E após realizar a travessia se torna bastante difícil retornar.
Como dizia um paciente: "é impossível desver."
E de fato, algumas coisas após a conscientização são impossíveis de serem acobertadas, pois deixa de ser um ato inocente, para um ato deliberado.
Se antes não tínhamos culpa, ou ao menos, nos desvencilhávamos dela por alegar não saber, após sabido, seremos responsáveis por nossa omissão.
Tomar consciência é abrir mão da inocência, uma inocência que podemos questionar se algum dia existiu, mas que muitas vez convenceu a quem a portava.
E assim, enxergando, escutando, sentindo e percebendo se ganha o direito e o dever, o prazer e a dor do livre-arbítrio.
Temos o direito e o prazer da liberdade, mas com a dor e o dever de renunciar a cada decisão.
Por isso a resistência em crescer, em enxergar, em escutar e em saber, inclusive com isso se perceber pequeno e impotente diante de tantos não-saberes.
Mas é através destes confrontos, destas tensões que nos colocamos no mundo enquanto singularidades.
E por mais que perder a inocência seja desagradável, a existência fora dela é que tem sabor.
Bruno Fernandes Barcellos
Me faltam palavras, aos mesmo passo que meus olhos se enchem, e o coração transborda de bons sentimentos. É, complicado tentar explicar, ter que aceitar que um sonho tão querido não poderá ser realidade, estive tão perto, mas, o triste dia 6 de março chegou, para me deixar tão distante.
Sonhei tanto com o dia em que te abraçaria e diria, "vc já me levantou quando tudo que eu queria era dormir para sempre, quantas vezes queria só chorar, mas eu ouvia para resgatar as minhas forças e me sentir bem, quebrei a cabeça tentando entender coisas que na melodia e letra encontrei resposta." Queria só ter tido a chance de te agradecer, mesmo que o milhares de pessoas já tivessem feito isso, eu não fiz, e isso esmaga meu ser, sério.
Te ouvir me emociona, me faz ir além, e agora eu procuro pensar apenas nisso, se tenho sua voz, tenho um pedaço teu, e com isso eu sigo, reciclando o lixo e vendo tudo de errado que a humanidade faz, e sobrevivendo a todo lixo e todo ódio com o amor, sendo o valor das coisas simples.
O amor não mudou, o que mudou foi que o meu sonho se tornou verdadeiramente impossível e agora não é apenas uma questão de opinião.
Mas eu sei que as vezes que dobrei os joelhos pedindo a Deus por vc, não foi em vão. O que me faz ficar tão triste e vc não ter feito na sua vida o que cantava pra nossa, e se eu pudesse cantaria todos ser versos pra vc se levantar como já acontecia comigo!
Mantenho os olhos elevados
Do alto que vem o meu socorro
Tens a força que necessito para seguir
E seu amor dura para sempre
Os medos me apavoram
Mas em Ti encontro segurança
Sua bondade me constrange
Me lanço aos ateus braços
Cuidas minha entrada e saída
Tu me sondas e me conhece
E aos seus anjos da ordem ao meu respeito
Sua presença me sustenta
Graça tamanha que me eleva
Mergulhar no mar do conhecimento
Que revela-me teus segredos
Enchendo todo meu ser de luz
O brilho em meu olhar é reflexo
Espírito Santo se movendo
Exalar dessa essência onde for
Amo-me pois Vives em mim
Em Tua palavra encontro refúgio
Quero ser a sua imagem na terra
Obedecer seus mandamentos
Ter a paz que excede todo entendimento
Saudade..
O, saudade!
De a mim uma trégua de sua dor,
Ausência dos olhos
Falta de cor
Carência do passado
Do tempo de amor
Arde o peito, faz doer
Tem coisas que não voltam
E outras que não chegam
Em todas possui a saudade
Tanto das lembranças
Quanto do que não se viveu
Do pirulito colorido,
Do amigo que se perdeu
Cheiro de terra molhada
A régua que virava espada
O cobertor dividido
Um círculo unido
Oh, saudade...
Deverias ter o poder de voltar ao tempo, no lugar de só doer e mais doer, a dor que é recordar e não mais poder reviver
Paixão é telefone tocando
coração pulsando
olhos vibrando.
Paixão é vontade mudando
braços apertando
planos criando.
Paixão é mente reinventando e relembrando você, o dia todo o tempo todo.
Paixão é a hora voando
o tempo se arrastando e a saudade aumentando.
Paixão é você me inspirando, me segurando, me beijando... sem parar, sem querer, sem pensar.
Paixão é quando o coração revivendo um ao outro, vive à espera do outro.
Do outro lado da poça
Está o amor!
E nasceu primavera
Nos olhos agitados
Na praça do Arpoador!
Em meio de festa e canto
Estava lá.
Gosto não porque se parece
Com algo que me faz recordar,
Gosto pelo tanto que pulsa no peito,
Gosto apenas por gostar.
Vai entender,
São coisas dessa vida,
Nem sempre podemos explicar,
Elas simplesmente acontecem
Como novelos de luz,
Fios e laços cerzidos
Pela palavra amar.
Quem poderia esperar?
O que me fez despertar?
Talvez uma flor embriagada
Pelo sol, ou até mesmo
Pelo luar.
No correr pela Ponte
Emerge em meus pensamentos.
À ida para Niterói,
Espero de novo atravessar
Para chegar do lado de lá
E feliz reencontrar
O motivo do novo sorriso
Que me faz ansiar.
Já não há tempo,
Diferença de idade,
Mas há silêncio
Parado no olhar.
Talvez nunca saiba
Que é você que do
Outro lado da poça está.
ANDRÉA E A SUA MENINA
Menina dos olhos,
Pupila que ilumina e salta o coração
Da gestora que vê
Lá vai a mãe atrás da sua pequenina
Ainda sem muito saber o que fazer,
Arquinho, maria chiquinha,
O que de melhor há de ser?
Vestidos, sainhas,
Nenhuma noite despreocupada
Depois desse nobre nascer
Tecendo fios de sonhos,
Lá vai a mãe descortinando,
Vendo a sua garotinha crescer - pelo fio do tempo -
Os álbuns mostram a mão na barriga,
A esperança, os entrelaços,
Os primeiros sorrisos e passos
O amor se expande,
Enquanto segue rumo ao novo
Entardecer,
Como a ciranda cantada
Citada em um céu de estrelas
Fazendo a moçoila adormecer
Lá vai ela, deixando a boneca
Trocando as pequenas palavras
Por eu quero - eu vou!
Aí vem a teimosia,
As novas fantasias,
Mais dias sem sono,
Menos paciência para brincar -
A mãe que tudo facilita,
Com o elo de um amor humano
Entre as suas folhas de outono,
Deixando os seus rastros no chão,
Abre-se ao frio da próxima estação
Com o medo do futuro e da solidão
Mas logo desponta a primavera
Com suas flores, cores e a fita
Da mocidade
Agora, a mãe e a filha, mocinha esguia,
Juntas se fitam, tramam enredos,
Desatam saudades,
E...
Logo mais vêm os netos,
Os filhos dos netos,
Os novos retratos,
A próxima geração -
E tudo passa, passa
Menos a recordação.
A beleza não está naquilo,
que os olhos enxergam.
Ou na perfeição das linhas ou formas.
A beleza vai além.
Algo que extasia a alma
e aquece o coração.
Quero me prender
No brilho do teu sorriso
No negro da tua pele
No mar verde dos teus olhos
E nos teus cabelos cor de Mel
Quero me prender
No incolor da tua alma
No dourado dos teus pelos
No vermelhos do teu sangue
Quero juntar tuas cores
Com as cores impuras das minhas dores
O colorido das minhas poesias
Com as cores absurdas de suas fantasias
E fazer um grande quadro,
Daquilo que não tem cor
Que sou eu e você, juntos,
Num mar de tinta e amor ..
ACORRENTADOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Pra quem é de caverna luz faz mal,
dói nos olhos e turva o coração,
sonho é cal no jazigo de su´alma
e nenhuma emoção pode acalmá-lo...
Quem resvala na sombra teme o sol
que revela os humanos desafios,
vê desvios, perigos e destons
onde moram seus medos deste mundo...
A caverna está dentro de quem vive
para ver os fantasmas inventados
de passados, de agora e de pra sempre...
Tudo paira na sombra de quem mora
na caverna que mora no seu nada;
tudo é nada pra quem se acorrentou...
Taça, vinho...
tragos,
músicas rolam, saudade.
Vejo olhos claros, longe
distantes,
sinto vozes
escuto,
vem cheiros
bate em mim desejos
escorre,
vontade de um sorriso
abraços.
Fico no ar, pelo avesso
peço abrigo, colo.
Carros passam, pessoas...
só não tu, vem!
Na luz dos teus olhos
Hoje
os meus olhos brilham
com o brilho do teu olhar
assim como a lua brilha
com a luz do sol estrelar...
mel
Sei que seus olhos azuis
vão brilhar como a luz do dia
então você vai sorrir
espalhando muita alegria.
Não conte as horas pra me ver
Mas fique bem contente
E quando perguntarem de mim
Fique em silêncio e não comente.
Não ande pelas ruas
Sem destino e sem chegada
é muito perigoso
nessa hora da madrugada.
“Valeu a pena”
Através do sentimento mais puro, eu pude perceber.
Através dos teus olhos eu pude compreender.
Através do teu sorriso...eu consegui realmente descobrir, que descobri você…
Não foi tão simples ou fácil...mais sim prazeroso.
Dei muitos passos em volta do meu objetivo, as vezes sem sucesso… mais meu coração dizia vai.
Foi então que fui percebendo a importância das proporções do amor, que ali começava, a me consumir por dentro.
Sensações diversas de tremor, temor, dor, e enfim… o amor.
Sim….
Senti que era chegado em mim o Amor.
Tive a impressão de já estar a muitos anos junto de ti.
Tive o mesma sensação quando pela primeira vez ouvi o som da tua voz.
Porquê não antes?
Porquê passaram se anos em nossas vidas, sem que pudéssemos sequer termos tropeçados um no outro.
Porquê?
Sempre me perguntei…mais enfim pude compreender, que a hora era esta.
Pude entender que o tempo se encarrega do nosso destino e, que o destino prepara o futuro para que o hoje se faça sempre presente.
Através dos sentimentos foi que pude perceber!!!
Percebi que você é pedra preciosa… é jóia lapidada, pronta para brilhar todos os dias.
Foi através dos teus olhos, que vi a sinceridade… e hoje vivo esta realidade…
Foi através do teu sorriso que senti… que valeu a pena investir…
Amo você!!!!
Admilson
Sem você
Fecho os olhos para me sentir sozinho,
Vejo seu rosto nas sombras dos meus pensamentos;
Concentro-me no silêncio da minha alma,
Ouço sua doce voz aos meus ouvidos;
Tranco-me na solidão do meu ser,
Sinto sua presença em meu coração.
Já não consigo me ver sem ver você.
Desespero
Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.
Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.
Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu
A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.
Soneto de Inês
Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.
Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! Distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.
Os teus gestos são verdes os teus braços
são gaivotas poisadas no regaço
dum mar azul turquesa intemporal.
As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.
O pecado tem cor, tem cheiro.
Tem olhos de encanto,
tem voz, tem vez.
O pecado pode esta do lado
em frente,
pode ser homem ou menino.
O pecado é mel
doce, céu...
ser silêncio, ser palavra.
Pode mentir, se esconder...
pode sorrir, pode falar
o pecado pode trair, não trai.
O pecado anda calado
triste,
anda querendo
não quer.
Vive na dúvida, no meio
é errado, certo.
O pecado é ouro
as vezes brilha, reluz.
Ah, o pecado
seduz !