Poesias que falam de Olhos
Detalhes de você
Olhos espertos, iguais nunca vi.
Cabelos, que eu alisei.
Boca, que eu pouco beijei.
Rosto lindo de pele suave,
bochechinha cheia, queixo
que eu quero de leve morder.
Essa é você com quem tanto
sonho, um sonho de amor viver.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista.
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Tens um desembaraço que laça os meus olhos com teus movimentos charmosos e espontâneos,
esta tua pessoalidade exultante,
teus traços bastante notórios,
uma compleição estonteante
e a veemência que flui por todo
o teu corpo,
portanto, és uma mulher
de atrativostão fascinantes
que caso eu não percebesse,
seria certamente um tolo.
Do encontro entre o dia e a noite,
uma arte celeste é revelada
com cores fascinantes,
assim, traz um bálsamo para alma
e deixa os olhos exultantes.
A austeridade é apaixonante,
muitas vezes é discreta
e fica abrigada numa bela flor,
pequena e exuberante
que exala um amor divino
daquele que não é falado,
mas sim sentido,
então, se faz necessário
ter uma distinta percepção
de um espírito grato
pra assim olhar com os olhos
do coração.
INSTANTES ETERNOS
Olhos que se encontram, como espelhos da alma, desvelam um vínculo raro e profundo. Neles, a verdade é revelada e os corações se conectados: num instante mágico, o tempo se detém, uma sinfonia silenciosa, emoções que ecoam, olhares que revelam almas, afinidades, tempo para, mundo some. Essência se reconhece, cumplicidade se firma. Universo se abre. Eternidade em um olhar.
E nesse instantâneo da alma, a eternidade se faz presente em um breve olhar.
Em teus olhos meus
Nos seus olhos eu posso ver, sim eu vejo;
Sonhos e anseios, realidades e desejos;
Vejo tua angustia nos limites que a vida ensina;
Mas também vejo vivas as tuas fantasias de menina.
Do príncipe encantado, ao homem hoje amado;
Do imenso castelo, ao quarto pequeno, mas belo;
Nada mudou, a não ser o teu olhar, eu posso ver;
Não é mais o que você tem, mas o que deixou de querer;
Mordera a maçã envenenada da bruxa chamada vida;
E não achas o príncipe que com um beijo lhe cure a ferida.
Do momento que esqueceu de como sonhar...
Ao momento que acordou.
Do momento que voltou a deitar...
Ao momento que não mais sonhou.
gasto tanto tempo
lendo os olhos alheios
esqueço que tenho olhos também
não me leio se não me vejo
mas me vejo apenas se leio
os olhos de outro alguém...
Bruma
Passeando com meus olhos dentro de seus olhos, pude ver o brilho de mil sóis!!!
Respirei fundo e me preparei para esta imensidão castanha.
Olho, e por vezes o vejo sorrindo, sublime, lépido e fagueiro.
Como condão transformando tudo,
Trazendo o frescor
Olhos eloquente, mas ao mesmo tempo calado, deixando que sua beleza seja exaltada!
Quisera eu, Deus, estar ao seu lado vendo suas mãos formando ela, sim, obra sublime, majestosa, e muitos mistérios dentro deste olhar.
De certo sei que: flor alguma tem esta beleza!
O que são as estrelas diante do brilho que emana de seus olhos?
Ah Deus, se pensou em toda a perfeição numa obra, certamente é ela.
O que são as miríades de anjos, sendo ela tão angelical?
Tão infinita quanto o infinito, olhar insondável.
O cristão verdadeiro é a menina dos olhos de Deus; portanto, qualquer pessoa que lhe fizer algum mal e não se arrepender, terá um triste fim.
Anderson Silva
"Como menina dos olhos ou um bebê recém nascido, assim é o valor da benção de Deus."
Anderson Silva
Se encanta
o sorriso da flor,
então estou vivendo
o momento mais
gracioso
do deslumbramento
dos meus olhos...
Nos olhos um brilho de quem quer viver e ser feliz.
No coração uma música tocando no compasso do tempo.
No semblante uma luz que mostra alegria, paz e serenidade.
Se o amor não florescer dentro do coração, não adianta buscar todos os destinos do mundo para ser feliz.
Não são lugares que proporcionam a felicidade mais, a luz que ilumina seus olhos.
"Para materializar meus sonhos, abro os olhos.
Nesta hora o chão se torna reflexo dos céus, as palmas das mãos viram solas dos pés.
É assim que toco os céus, caminhando..."
"Fecho os olhos...
Não há forma melhor de encurtar a distância.
Não conheço outro jeito de acessar o impossível.
Como máquina temporal, trás o momento, infinitas vezes ao ponto escolhido.
Olhos são portais das memórias.
No avesso das minhas pálpebras, um mundo paralelo, insiste em acontecer."
O amor
“Ainda estou aprendendo sobre o amor.
Ouço as pessoas falarem;
- Eu te amo!
Mas tenho dificuldades para dizer.
Será que é um sentimento, será que é uma ação?
A professora diz que é verbo. Mas como verbo se o agir é com o coração?
Acho que o amor nasce dos olhos!
Sei, pois já os vi nos do meu pai, mãe, avós, tios e primos que mais parecem irmãos.
Não precisam me dizem uma palavra. Foram pelos olhos que senti seu coração.”
Eu olhei a tristeza nos olhos e acolhi a sua presença.
Quem sabe ela só precisasse de um ouvido generoso.
Eu olhei a tristeza nos olhos e a abracei demoradamente.
Quem sabe ela me abraçasse também.
Sentir um pouco de tristeza é fundamental para provarmos nossa humana capacidade de reinvenção.
Seria ela um sopro de felicidade em fase de germinação?
Eu olhei a tristeza nos olhos e encarei-a com esperança.
Dei-lhe um ombro macio e pedaços novos de velhos sentimentos.
Despedimo-nos. De mim, nada levou.
Eu olhei a tristeza nos olhos e a deixei ir.
Até a tristeza precisa de um adeus para partir...
Eu olhei a tristeza nos olhos e sorri.
Não apago teu rosto, apenas fecho nosso álbum depois de marejar as vistas de saudade.
Não apago teu rosto. Para isso teria que apagar a poesia dos meus olhos.
E fechando os olhos não apago teu rosto. Como reflexo de tal ação meus lábios balbuciam teu nome.
Os que viram os céus não podem se calar, mesmo sabendo que palavra alguma dará conta da beleza contemplada.
Teus Detalhes
A lúnula dança em seus dedos,
uma lua mínima que esconde
o controle das próprias marés,
branca de silêncio e segredos,
como se as mãos fossem ninhos,
guardando sonhos que dormem
nas linhas de sua palma.
Em seu coração, quatro cavidades ressoam;
os átrios recolhem memórias,
enquanto os ventrículos sopram sonhos.
A aorta, em silêncio, germina,
levando o amor e o sangue às extremidades.
E, nesse compasso oculto,
cada batida floresce.
Nos seus olhos,
a luz se desenha sob as escleras,
em lemniscatas, um caminho sem princípio ou fim,
um infinito que repousa entre o tempo,
que envolve sem pesar,
um laço suave de ternura
que flui entre a glabela e a pele.
É tão leve, tão profunda,
como flor que se abre na espera,
desabrocha em silêncio e cresce no cuidado.
Sua beleza é quieta,
uma prece que o coração faz
sem saber que está rezando.