Poesia que Fala sobre a Preguiça
Às vezes tenho mais lentidão que o bicho preguiça
Às vezes sou só um motorista esperando as tartarugas passarem no trânsito
Mesmo assim, o que mais me sobra, é... É... Le...n...t...iii...d...ã...o
Obs.: 11h30 de domingo ( estou lenta )
Não gosto de abreviar textos.
Isso pra mim é preguiça de escrever.
Você gostaria de viver uma vida abreviada, ou com todas as letras?
relógio que conta
que hoje é dia de curtir
a familia
a preguiça
a vida
a comilança
a soneca
a poesia
a alegria
a sintonia
a companhia
a folga
o passeio
a leitura
as férias
as flores
os amores
o excesso de tudo
e nada de trabalho
ficar olhando pro relógio
contando a hora passar
e eu sem sair do lugar
fico ociosa
e prazerosa
de pernas pro ar
sentindo meu coracao pulsar
de felicidade
ao escrever poemas
rabisco o papel em branco
me deu um branco
não sei mais o que pensar
nem o que falar
vou me silenciar
deixar meus olhos lerem
o que havia escrito
descrito
em um belo dia de domingo
na encarnação passada!!!
A relatividade é o manual da vida ;
O orgulho é a essência dos fracos;
A preguiça é um sentimento corrosivo ;
Já a nução é inesperada , enquanto o ar produtivo nela existir, em busca do que almejas , afoge-se em sua magnitude .
Temos uma vida e morte várias. Passamos a vida morrendo: de ódio, de amor, de raiva de preguiça de dor, de alegria, de cansaço, de saudade...
Morre-se de tudo um pouco todo dia. Até de felicidade, morremos. Mas um dia a verdadeira morte chega e nos leva... E não morremos mais. De nada.
O tempo me viu,
Ele me disse “onde você vai?”.
Vou quebrar minhas pernas,
Retratar minha preguiça.
Me afogar nas mentiras,
Tirar-me-ei a dignidade,
Tempo em excesso, preguiça em excesso,
Me perdoe doce tempo.
Não fujas de mim,
Eu vou te reconquistar,
Eu vou lamentar sua partida,
Eu te darei o devido valor.
Repouso e descontração, eis a natureza do homem!
A minha preguiça tanto quanto as minhas ações são tão naturais quanto a natureza:
Que sem pressa e sem esforço fura o asfalto e conquista o todo.
E livre!
Como o trajeto das nuvens.
A preguiça é a âncora da vida.
É o não que dizemos a nós mesmos.
É o mausoléu onde se amontoam as convicções.
Quem fica de férias é preguiçoso...
finjo férias pra concorrência, e é quando mais faço.
Surpreenda eles.
Para a pessoa me notar e valorizar, eu tenho que fazer joguinho adolescente?
Eu tenho preguiça!
PREGUIÇA!!!
Preguiça de visualizar e responder de acordo com as “regras” .
Preguiça de tentar supor o querer ou o não querer.
E se você, “tão importante”, pensa em me fazer te DESEJAR e querer sua presença,
com ausências de respostas e fingindo desinteresse...
Pensou ERRADO!
É você que é a preguiça, você que é a malícia vem ver
É você que estremece, você que amanhece pra quê?
É você que ignora, vê se não demora a enxergar
Que a moça enjoa, que a moça trovoa, pulsa...
Sou igual a ti,
Somos iguais,
Mas tem horas que tanto a preguiça mental quanto a física me rodeia que aflora “n’s” patologias.
Porém a consciência, não fala
ela grita afasta ego,
Pois o ser além de inteiro é evolutivo.
É quando nos tornamos essencial pra tudo e todos.
FRESTA, PRELÚDIO PARA O ABISMO
A luz preguiçosa escorrendo
Em cada fresta da janela
Recostando-se a cama
Com dois corpos vazios
E recolhendo os ásperos lençóis.
Acordar para ver
Mais um dia passar.
Levantar da cama com pressa.
Os passos acelerados executando
O caminho na mesma medida
De todos os dias.
A mesa bagunçada.
A comunhão afetada.
Toda desordem se fazia notar,
A mesa,
A cama,
A casa,
O amor.
Voltar para casa, à noite,
Sem nada realizar.
(Marcos Fernandes)
MANDRIÃO
E, já de dia, a manhã então me pedia
Que do leito preguiçoso eu acordasse
Eu, com o corpo tardo, morboso, dizia:
Não pode! não vês que a alvorada nasce?
O dia ainda, nuvioso, e sem luz a porta
A alma dos sonhos roga que não afastasse
Há! Como pode ser assim: tão fria, morta?
Mais um pouquinho só, neste sono sagrado
Que diria a preguiça, dirá que não importa?
Não, ela me vê, exausto, torpe, cansado
E todo pelo agasalho dos lençóis macios
Confortavelmente assim perfumado...
O sono, madrugada, corta com este frio
Espera! Até que está preguiça desapareça
Aconchegue-se comigo, ele está vazio
Sobre os travesseiros deixa-me a cabeça
Adormecido, como a pouco embalava
Espera, só um pouquinho, por que a pressa?
E ela me contagiava, mandrião. E eu ficava
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/07/2019, 05’55”
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
pra um amigo paulistano
O pai disse:
- parece preguiça.
A mãe disse:
- não; ela é artista.
Logo:
Eu aqui: - artista e filósofa!
o que é preguiça pra mim?
é o que eu sinto
a batalha entre fazer e não fazer que me consome
a vontade de fazer esse poema e não
o meu objetivo no meio da proscratinação
é tão bom
mas tão venenosa e viciante...
A incapacidade ou preguiça de discernir,
de separar o joio do trigo,
reflete nas escolhas do próprio destino, e gera a necessidade ou o prazer em ser conduzido
criar mitos, seguir ídolos, relegar a exemplos duvidosos a autonomia do próprio destino
e estar sujeito a sofrer depois a culpa pelas consequências do próprio desatino
Poema de devaneios
Eu reluto em aceitar
Eu não quero sequer acreditar...
Mas é na sua preguiça que eu quero descansar
É na sua calma que eu preciso me acalmar
É no seu sossego que eu quero sossegar
É no seu jeito sério que eu preciso me equilibrar
É nas nossas diferenças que eu tento me encaixar
É no nosso oposto que você vem para me completar
Por mais que eu tente resistir...
Reconheço em ti a paz que eu preciso para existir...
Meu conflito constante entre a emoção e a razão
Esses devaneios que a minha mente vem a perturbar...afff