Poesia Pobreza
Em meio a um sistema que ilude e cala,
estar adaptado degenera a alma,
Te curvas ao homem, sem resistência,
Mas esquece no tempo sua essência.
Em um mundo doente, o cifrão é o destino, sua vida passa em triste desalinho.
Pobre dos seres que de extrema pobreza irão morrer, e dessa política e suas mazelas nunca irão entender.
A política assistencialista é uma abordagem que visa atender às necessidades imediatas das pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Ela se caracteriza pela oferta de programas sociais que garantem acesso a serviços básicos, como saúde, educação, moradia e alimentação.
Essa abordagem tem sido amplamente utilizada no Brasil como forma de combater a pobreza e a desigualdade social. No entanto, ela tem sido criticada por alguns especialistas, que argumentam que ela não é suficiente para resolver os problemas estruturais do país.
A política assistencialista pode ser eficaz no curto prazo, mas não é capaz de gerar mudanças duradouras na vida das pessoas. Para que isso aconteça, é necessário que sejam adotadas medidas que promovam o desenvolvimento econômico e social do país.
Além disso, a política assistencialista pode gerar dependência e desestimular o trabalho, uma vez que as pessoas passam a depender dos programas sociais para sobreviver. É preciso, portanto, que haja um equilíbrio entre o atendimento às necessidades imediatas das pessoas e a promoção do desenvolvimento econômico e social.
Em resumo, a política assistencialista é uma abordagem importante para garantir o acesso a serviços básicos às pessoas em situação de vulnerabilidade social, mas não pode ser a única estratégia adotada para combater a pobreza e a desigualdade no país. É preciso que sejam adotadas medidas estruturais que promovam o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável.
Pobre sem dinheiro: A culpa é do governo e de todo mundo. Sou vítima da sociedade.
Rico sem dinheiro: Qual o próximo passo? Como agregar valor às pessoas e ser remunerado por isso?
Que lado é esse que nunca é falado e vive calado, sem voz e sem vez.
Que pessoas são essas que ficam escondidas e que são iludidas, vivendo de um talvez.
Talvez melhore, talvez eu tenha, talvez eu durma, talvez eu coma, talvez eu ria, ou talvez eu chore, ou talvez piore e talvez eu morra.
Que muro é esse que ninguém enxerga, mas que só segrega quem é tão igual.
Que muro é esse que ninguém reclama e ninguém derruba, pois acha normal.
Que lado é esse que você nasceu e que você cresceu e que aceitou.
Não percebeu tanta diferença, tanta desigualdade e se acomodou.
Que pessoas são essas que ninguém divulga e que o mundo empurra para uma parte esquecida.
Mas por trás do muro existem histórias de derrota e vitória de uma realidade sofrida.
Mas quem sabe um dia, talvez por milagre, o muro desabe e encontremos uma saída.
E todos entendam e tenham a certeza que viver de talvez é uma vida sem vida.
Pobre daqueles que necessitam ofender os outros para senti-se grande. Pois, nela existe uma criança carente e precisando de colo.
Rico come caviar,
Peixe, arroz e camarão.
Pobre come no jantar
Um pedacinho de pão.
Farta mesa na riqueza,
Falta ceia na pobreza,
Café não é igual, não!
O Recife, que beleza!
Lá de cima, linda vista,
cá embaixo, palafita...
Prédio alto de grandeza,
e favela de pobreza.
Tamanha desigualdade
cabe aqui nessa cidade:
onde o rio vira mangue,
e a bala gera sangue
no peito da mocidade.
Pobre come rapadura.
Rico come caviar.
Pobre anda em jumento.
Rico anda em jaguar.
Mas, pra ajudar alguém,
só o pobre é quem tem
um dinheiro pra doar.
O MENDIGO
A calçada é meu lar.
Sou pessoa oprimida.
Cato lixo para achar
uma sobra de comida.
É tão grande a minha fome
que nem sei mais o meu nome
e nem mesmo o que é vida.
Não dá pra andar de carro
com o preço do combustível.
Pobre tem que andar a pé
nesse país tão sofrível.
Com o povo a padecer,
riem os donos do poder,
andando de conversível.
Dia de supermercado
Todo mundo quer comprar
O filé, o camarão
E também o caviar
Mas com preço nas alturas
É somente a rapadura
O que vai dar pra comprar
VIDA OSSO
Inflação tá muito alta,
indo pro fundo do poço.
Se o pobre tá no açougue,
leva carne de pescoço.
Hoje só come no rango
a carcaça de um frango...
pense numa vida osso!
Já tomei banho de cuia
para a água racionar.
Lambi tampa de iogurte
até nada mais restar.
Já fui pobre, é dureza,
e meus "fio", na moleza,
hoje comem caviar!
Uma senhora, da Bahia, disse, hj, 28/12/2021, no JN, que nunca existiu esse tipo de enchente na vila onde ela mora, que ela nunca viu tal coisa lá, que ela só via esse tipo de coisa na tevê.
Mas se essa vila nunca foi afetada por enchentes, então o que aconteceu pra encher daquele jeito?
Não duvido nada que isso não tenha sido obra da política.
A pior diferença entre ricos e pobres é que os ricos entre eles são uns para os outros, enquanto os pobres vivem se ferrando.
Os ricos protegem e ajudam uns aos outros, e os pobres agem mal contra si mesmos.
É por isso que é "pobre ferrado" em tdos os sentidos da pobreza, inclusive os de ordem mental e espiritual.
Mas é claro que existem exceções de ambos os lados, raríssimas exceções, mas existem; existem ricos que agem como pobres e existem pobres que agem feito ricos.
"Na época em que eu crescia, quando o Brasil ainda vivia numa Ditadura Militar, algumas amigas minhas se achavam ricas. Mas descobri, anos mais tarde, que naquela cidade em que nós morávamos só viviam pessoas tão ou muito mais pobres que elas. Aí, caiu a minha ficha, como se diz.
Infelizmente, nesse tempo era assim, pois quem tinha um aparelho de TV e uma linha telefônica se considerava rico, mesmo em meio a tanta pobreza... Na verdade, eram 'ricas' porque os pobres eram pobres demais."
Antes de dizer o que eu quero dizer aqui, quero dizer que eu me sinto extremamente mal em classificar as pessoas pela cor, ou qualquer outra coisa, mas como não encontrei uma outra maneira de dizer o eu quero dizer, vou dizer assim mesmo:
Nós, brancos, de baixa renda, somos tão excluídos quanto os pardos, os índios, os negros, e os amarelos, pobres. Há algumas diferenças biológicas entre a gente, sim. No entanto, economicamente, somos todos fu...dos, sem tirar nem pôr. Eu só não entendo é por que nós, os brancos, ferrados, não somos beneficiados pelo sistema de cotas "raciais" também.
Quem dá mais?
Vivemos em mundo de "faz de conta"
Onde o outro é apenas "o que posso ganhar com isso"?
Os valores reais estão à venda
Na escuridão sombria da ganância
A mesquinhez é tão grande que
Pensa-se enricar com a injustiça de outrem
Os valores reais estão vendidos
No ledo engano de uma vida passageira
Esquecem-se que são apenas peles e ossos que caminham
Esquecem-se de sua matéria primordial
Esquecem-se para que foram chamados
Os valores reais estão vendidos
No pobre mercado da matéria
Esquecem-se que podem ser mais
Esquecem-se a que foram chamados
Esquecem-se que também são alma.
Dificilmente encontraremos em Salvador um condomínio sem uma favela ao redor.
Será que todos que moram nessas comunidades são vagabundos e preguiçosos?
Será que todos estão pousando de coitadinhos e de vítimas?
Basta olhar o processo histórico brasileiro para compreender que não se trata disso, mas sim da forma extremamente perversa que nossa elite há tempos vem funcionalizando o atraso no Brasil e lucrando com isso.
A beleza continua a reinar em todos os terrenos, mas apenas nos mais áridos, é melhor reconhecida.
Sergio Junior