Poesia Mulher

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O Ponto G não existe apenas nas mulheres. Nos homens ele se localiza na retina, nas mulheres encontra-se no tímpano.

Pelo fato de ter sempre o mesmo nome, os mesmos olhos e o mesmo nariz, não quer dizer que eu seja sempre a mesma mulher.

Parabéns para você, que, linda, lida com explosões hormonais uma vez ao mês. Que sente tudo inchar. Que chora por besteira. Que valoriza bobagens. Que acredita em filmes de amor. Que faz coleção de esmaltes. Que ama sapatos, bolsas e cacarecos para colocar no cabelo. Que compra só porque estava em liquidação. Que sempre precisa de alguma coisa. Que acha o amor a coisa mais bonita – e importante desse mundo. Que sabe como é fundamental olhar para si mesma – ainda que de vez em quando se perca e se preocupe em demasia com o "querer" do outro. Parabéns para você, que dia a dia aprende mais sobre você mesma. Que erra para aprender. Que é forte o suficiente para seguir em frente – sem lamúrias, mas com maturidade e sensatez. Que de vez em quando esquece a própria idade e o juízo em algum canto. E depois acha, como mágica. Parabéns para você, que tem um sonho. Que não desiste, apesar do que falam. Que não se abala, apesar do medo. Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. Que fica tonta, mas não desmaia. Que apesar de cada pedra no caminho, corre. Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles. Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus.

Ser solteiro não significa que você não sabe sobre amor... Significa que você sabe o suficiente, para não perder o seu tempo com qualquer pessoa.

O mundo é das mulheres. Mas das mulheres espertas! Dessas que transformam crianças em homens e homens em crianças, mesmo sem querer.

Tu és uma deusa grega, tipo Afrodite, deusa do amor sem limite, tens em suas curvas todo poder para que aos homens tu seduza, tipo Medusa, da beleza tu abusa, quem te admira com certeza se lambuza.

Todas as mulheres são repletas de curvas; algumas delicadas, outras perigosas. Porém a única letal é o sorriso!

Você precisa aprender a ser livre, menina. E quem chegar, que se vire para aprender a conviver com você e essa tua liberdade.

Pense como uma rainha. Uma rainha não tem medo de falhar. O fracasso é mais um degrau para a grandeza.

Em geral, as mulheres amam um homem de valor como se o quisessem ter apenas para si. Bem gostariam de trancá-lo a sete chaves, se isto não contrariasse a sua vaidade: pois esta requer que a importância dele seja evidente também para os outros.

Friedrich Nietzsche
100 aforismos sobre o amor e a morte. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Nenhuma bruxa jamais afirmou ter sido dona da Varinha das Varinhas. Extraiam disso a conclusão que quiserem.

O Brasil é como uma mulher mal vestida, mal amada e mal comida. Precisamos baixar, em vez de decretos econômicos, um decreto afetivo em relação ao Brasil.

A maioria dos crimes podem ser cometidos muito polidamente: um homem pode seduzir a mulher do seu amigo polidamente; ele pode fazer batota num jogo de cartas polidamente.

O mais belo momento de uma mulher (...) é aquele em que, seguros do seu amor, ainda o não estamos dos seus favores.

A glória para um homem velho é o que são os diamantes para uma mulher velha: enfeitam-na, mas não a podem embelezar.

A rispidez de carácter nunca se encontrará na mulher cuja prudência foi a única a contrariar-lhe as propensões.

Uma mulher de Madagáscar deixa ver sem pensar nisso o que mais se esconde aqui, mas morreria de vergonha antes de mostrar o braço. É claro que três quartos do pudor são uma coisa aprendida.

A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira.

Sentou-se para descansar e em breve fazia de conta que ela era uma mulher azul porque o crepúsculo mais tarde talvez fosse azul, faz de conta que fiava com fios de ouro as sensações, faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que que dela não estava em silêncio alvíssimo escorrendo sangue escarlate, e que ela não estivesse pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade, faz de conta que estava deitada na palma transparente da mão de Deus, (...) faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte, faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio, faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar, faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que se descontraía o peito e uma luz douradíssima e leve a guiava por uma floresta de açudes mudos e de tranquilas mortalidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro (...)

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Uma mulher nua seria menos perigosa do que é uma saia habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista.