Poesia Infantil sobre Amizade
a batatinha e a mamãe
Rodrigo Guimarães Pena(2004)
(do conhecido versinho de domínio público, nasceu esta "Ode ao Amor de Mãe")
a batatinha e a mamãe ( 2004)
Batatinha quando nasce,
Espalha rama pelo chão...
Mamãezinha quando dorme
Põe a mão no coração...
Coração de Mãe é enorme
Bem maior que um avião...
Toda vez que você dorme,
Sonhos vem do Coração...
Pra mamãe, como um presente,
Deve versos recitar,
E pra que fique mais contente,
Um segredo eu vou contar:
Sabe quem criou o Amor ?
Pois eu sei, e
Eu vou falar:
Quando há muito tempo atrás,
Deus criou céu, terra e mar,
Criou também Adão e Eva,
E ensinou o Amor ao par...
Por um tempo, observando,
Começou a preocupar:
“Como é belo o tal Amor,
Tão lindo e tão intenso...
Mas está sobrando senso,
Eu preciso melhorar...
Amar alguém
Só se alguém também te amar?”
O que Eu quero é bem maior”,
Disse Deus, e completou:
“Quero o Amor que não quer troca,
Que não peça, que se doe,
E incompreendido, a dor suporta
E além do mais,
Ainda perdoe...
Então, a Mãe,
DEUS teve que inventar...
E do coração da Mãe
Fez o maior lugar que há,
Pois previa já o tamanho
Que o amor de Mãe pode chegar...
E DEUS não erra, e não errou...
O Amor que a prima-Mãe mostrou
Foi do jeito que previa,
DEUS então determinou :
“Mãe, serás do amor,
Amor-a-dia “...
Por isto,
Quando eu for “papai/mamãe” um dia,
Da Mamãe eu vou lembrar...
“- Todo amor de uma família vem da Mãe...
. ...que se espalha como rama em cada olhar...
Tô indo lá pra fora
Brincar de peteca, bater uma bola
Tô indo pra escola
Desenhar, colar figura, pintar
Quero é me lambuzar de tinta, de cola
Sem hora pra voltar
Sem compromissos agora
Tô largando essa exploração
Tô indo atrás de educação, diversão
Jogar, correr, nadar, girar
Esse é O MEU TEMPO
Vou ficar tonta de tanto rodar
Tirar um dia todinho só pra sonhar
Ó, Deus, venha cá
Tira-me desse sufoco
Arranca-me desse sofrimento
Esse que me rouba o argumento
Me toma pra bem longe
O mais distante dessa dor
Essa que me separa da alegria, do amor
Quem me dera poder escolher
O que eu devo abandonar
O que eu devo acolher
Mas quem decide é a “dona vida”
O que posso fazer?
Ô, vida, venha cá
Vamos prosear
Deixa-me trocar?
Te dou toda essa trabalheira
Em troca, só quero uma lapiseira
Tô indo lá sonhar
Tô fardada de só ouvir
Cansei de só aceitar
To indo lá, tá?
To indo lá brincar de boneca com a Leléca
Na volta, passo na biblioteca
Só pra encontrar meu grande amor
Aquele que não desgruda de mim
E eu não largo dele de jeito nenhum
Nada é tão forte para nos separar
Podem tirar-me tudo
Mas dele nada pode me apartar
Quando me relacionei com ele pela primeira vez
Xi, “já era”, fixou que nem cimento
Adeus Dona, tô indo embora
Casei-me com o conhecimento.
Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar,
não para automóveis matar gente,
mas para criança brincar.
Se esta mata fosse minha,
eu não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
onde é que os pássaros vão morar?
Se este rio fosse meu,
eu não deixava poluir.
Joguem esgotos noutra parte,
que os peixes moram aqui.
Se este mundo fosse meu,
Eu fazia tantas mudanças
Que ele seria um paraíso
De bichos, plantas e crianças.
Caixa
Carregamos pela vida afora
os cheiros dos encontros raros,
dos acontecimentos,
da nossa primeira casa,
do quintal, se houve quintal,
da mãe na cozinha,
dos sonhos quando acordamos.
Se houvesse uma caixa
para guardá-los, seriam
nosso tesouro.
E então, em dias de saudade,
abriríamos nossa caixa
e mergulharíamos
como num túnel do tempo.
Complexo da Chapeuzinho
─ Senhor Tucano, por que esse bico tão grande? Perguntaram os filhotinhos de Bem-te-vi.
─ Não é para lhes fazer cócegas! Respondeu o malvado.
Sou filho: mas que filho sou?
Como nasci e como vou crescer?
Onde meu sangue está instalado?
Que lição na escola irei aprender?
Será que a vida me espera
com lápis e pincel pra eu pintar?
Com brincadeiras, musiquinhas
junto a colegas compartilhar?
E, se eu morar numa rua à margem
do coração desta periferia,
poderei contemplar a paisagem
do que hoje ainda é fantasia?
Tenho medo de ir à escola
e logo assumir responsabilidade
Mas quero conhecer o alfabeto
e outras proporções da cidade
para o meu futuro dar certo
Não, não! Não quero pensar!
Eu quero é me divertir.
Quero brincar no parquinho.
Quero cantar e também sorrir.
Quero fazer muitos rabiscos.
Quero meu mundo colorir.
Que não tardando me chegue,
o que prevê a Lei do Brasil:
creches, praças, cinema...
Quando a Magna sair do papel
se fará nosso justo sistema
(MONTEIRO, A. L. Pensamento Infantil. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 33).
Thales, não o de Mileto, mas o amigo de Oswald, também de Andrade.
Homem de letras e muita representatividade.
Quem gosta de Lobato, do sítio, Emília e sua festa deve já saber que antes teve "A filha da floresta".
Quero decifrar teu olhar
de ternura quando estás
perto
Teu amor enigmático
Hora se faz frio
Hora se torna infantil
Hora fantástico
Em teu silêncio ditas
a paixão no olhar encabulado
Por vezes mulher , por instantes
menina em brincadeiras pueris
Teus lábios , estes revelam teus
desejos, anseios e segredos
Intensa e ardente domina
minhas vontades
Perco o rumo, sou apenas
insanidade quando estou nos
braços teus
Venha deixa-me amar-te e
quando amanhecer
estaremos em um só corpo
um só coração
do eterno AMOR.
Segura em minhas mãos e galgamos cada degrau
A infantilidade se foi, moço e moçoila já fomos,
Segura em minhas mãos na certeza da decisão
Até lá e se lá chegarmos, que a dúvida inexista.
Estar apaixonado faz transcender meu coração,
Segura em minhas mãos, galgamos mais um degrau,
Passei tempo demais compreendendo isso na teoria,
Segura em minhas mãos, galgamos um degrau a mais,
O amor não é algo que inventei é receptivo e poderoso.
Segura em minhas mãos, galgamos mais um degrau,
O amor transcende as dimensões do tempo e do espaço,
Segura em minhas mãos e galgamos mais um degrau,
Confiemos nesse amor, ainda que não compreendamos.
Chegamos ao final do último degrau, fomos felizes!
Tá com você!
Corre, corre, corre,
Grita, grita, grita,
Gostoso,
Brincar de pega-pega,
Brincar de esconde-esconde,
Ou de Pique-Bandeira,
Gostoso,
Brincar, se divertir,
Chorar de tanto rir,
Me escondo no vizinho,
Nem sempre estou sozinho,
Silêncio,
Ninguém pode saber,
Onde eu quis me esconder,
Corre, corre, corre,
Grita, grita, grita,
Pega, pega, pega, peguei...
Tá com você.
http://www.facebook.com/rascunhosescondidos
Um relógio parado, mas ainda faz tic tac
o relógio se posiciona em cima do muro para ver o tempo passar, tic tac
o tempo passa, mas o ponteiro não meche
quem passa pelo muro e ver o relógio parado diz que ele está quebrado
o relógio não liga, e fica apenas observando o tempo passar
só que o relógio não queria mudar
um dia quando tudo acabou, todos viram o relógio
ele simplesmente tava parado no tempo, no mesmo lugar
mais do que parado no tempo, ele viu o tempo passar e levar todos que queriam mudar sua hora
mas até o final do dia o relógio que não queria mudar estava certo
mesmo que ele não queira, a corda não e infinita
e quando a hora certa chegar o relógio contemplará todo tempo precioso, todo tempo qual ele fez sua parte, todo tempo que passou e nunca ira voltar.
MENINA BONITA
Menina bonita
Cabelos de sol
Peixinho na vida
( Cuidado com o anzol)!!!
E o laço de fita e
o vestido de chita
balançando no ar...
( Cuidado menina prás vergonhas não mostrar!)
Grita a tia num blá, blá, blá.
Pula lá
Pula cá
Ilusões de farrapos
Boneca de trapo
Pula corda
Joga beijo
Chupa acerola
Nos lábios um batom rosinha.
Boba,
ensaiando prá ser mocinha!
O que a menina não sabe
é que num caderno de desenhos seus sonhos cabem!
... E lá se vai a pequena Sinhá,
tonta
à piruetar
no seu vestidinho de chita
rosa grená.
POESIA ÀS CRIANÇAS
A girafa olha por cima do muro.
com seu enorme pescoço duro,
querendo saber porque o gato,
enquanto miava, voava sapato.
►No Armário
Sinta medo, sinta agonia, sinta pavor
Esconda-se debaixo de seu cobertor
Esqueça tudo o que te ensinaram
Hoje irei apresentá-lo a monstro do armário
Aquele que te observa enquanto se aproxima para ficar ao seu lado
A porta do armário lentamente irá se abrir
E algo então irá surgir
Com as luzes apagadas você só conseguirá ouvir
Mas logo começará a sentir, frio
Não haverá oportunidade de resgate
Porém pela janela, o seu cão descontrolavelmente late
Ele sabe que, quem te atormenta é de verdade
Talvez você ainda possua uma chance de escapar das garras dessa entidade.
Houve uma época em que as crianças acreditavam nele
Mas as de hoje não se lembram dele
Eu mesmo possuía um certo medo
De bisbilhotar debaixo da cama, de abrir o guarda-roupa
Naquela época, a segurança que eu sentia era pouca
Mas agora, na vida adulta, não sinto mais aquele terror
Porém confesso que não possuo coragem
De dormir sem uma coberta para "me proteger"
Um certo temor ainda aparento ter
Eu nunca esquecerei das noites acordado
Sozinho no quarto, e meus pais do outro lado
Acho que meu erro foi assistir filmes de terror quando era criança
Eu deveria ter mantido certa distância
Talvez na madrugada uma presença a me observar, aguarda
Deixando minha mente desconfiada
É real? Sobrenatural? Irracional?
Só sei que tudo volta ao normal
No nascer do Sol.
►O Mundo que Sonho
Esperança é o que me mantém na rota
Caminhando para não ter uma derrota
A minha vontade de vencer é o que pilota
A determinação se nota
Mas ainda sim serei um grande idiota
Mas no deserto, uma rosa brota
E, livre para voar, uma gaivota voa acima do mar.
Um mundo diferente é o que imagino
E deste muito sou um peregrino
A normalidade da cidade abomino
Deste novo mundo sou apenas um inquilino
Venham morar aqui, Latino, Nordestino
O Albino, o masculino e feminino
Que seja banido o assassino
Esse tipo de pessoa eu discrimino.
Venham pais e mães, sem mais preocupações
Aqui iram fortalecer suas relações
Aqui não terá mais obrigações
Não serão mais criticados pelas suas ações
Suas contas e dividas serão extintas
As prestações atrasadas serão isentas
Duzentas, Seiscentas, Novecentas
Não importa, irei queimar suas contas.
Não precisaram "aguentar as pontas"
Nem mesmo afrontas barulhentas.
Uma terra encantada, não é?
Aposto que já sonharam com ela, né?
Queremos fugir da realidade, mesmo que seja a pé
Nem mesmo que seja usando uma antiga galé
Mas você irá ouvir, "Tenha fé"
Me despeço aqui então, "Até"!
A FADA MEDROSA
Perto de um bosque havia uma casa de sape
Onde vivia uma fada princesa
Que no lugar do nariz tinha uma cereja.
Certa noite a pequena fada
Foi ao poço buscar água
E logo avistou um gato
Que mugia feito gado
Foi tamanha estranheza
Que a pequena fada princesa
Pegou seu pote sem água
E correu para dentro da casa
Logo ao entrar apavorada
A princesa coitada
Tremendo feito uma vara
Gritou sua amiga arara
Que pela fresta da janela
O gato foram espiar
Logo gritaram pela mãe dela
Que em seguida apareceu na janela
A arara deu um pulo
Com o susto que levou
Disse: Olhem lá no muro!
Mostrando o gato que avistou
A mãe logo o reconheceu
Ah! Aquele é o gato Bartolomeu
Filho do saudoso Zaquel
E de Dona Chiquinha
A nossa vizinha
Olhe o que medo faz
Mais calma reconheceram o pobre rapaz!
As marcas da infância refulgem
No meu eu posterior,
Estes sinais otimizados me guiam
Por caminhos desconhecidos.
Cicatrizes de uma criança
Descansam na minha massa cinzenta,
Os pensamento atrozes julgam-me
Por minha versão anterior.
Sou uma criança atualizada,
Sem máculas do passado,
Com as cicatrizes curadas
Sou criança mesmo que adultizado.
O PERDEDOR
Mamãe disse que eu perderia minha cabeça
Se não estivesse presa em mim.
Hoje acho que não estava
Pois enquanto com meu primo eu brincava
Ela caiu e saiu rolando
E agora ela se foi… assim.
E não posso procurá-la
Pois meus olhos estão nela,
E não posso chamá-la,
Pois minha boca está nela,
(não iria ouvir-me de qualquer maneira
Pois meus ouvidos estão nela),
Não posso nem pensar nela,
Pois meu cérebro está nela.
Então acho que vou me sentar
Nesta pedra
E descansar só por um minuto…
MENINO INVISÍVEL
E aqui vemos o menino invisível
Em sua amável casa invisível,
Com um queijo invisível,
Alimenta um ratinho invisível.
Oh, que imagem linda de se ver!
Desenhe para mim uma imagem invisível?
Théo, O Peixinho Azul
Théo é um peixinho azul, que vive no mar.
Ele está sempre sozinho, pois acha que no fundo do mar não pode ter amiguinhos. Sempre a cantar, ele brinca entre os corais, na beleza das estrelas do mar, cavalos marinhos, polvos e todas as curiosidades que existem na imensidão dos mares. Tudo é tão lindo e colorido!
Navegando entre as profundezas ele vê vários peixinhos laranja de longe a brincar, de repente Lucas um peixinho palhaço o vê, Théo assustado esconde atrás de uma pedra, e uma de suas nadadeiras agarra entre os corais, Lucas aproxima e vendo o desespero do peixinho azul, chama os seus amiguinhos laranjas;
- Ei pessoal venham me ajudar!
Os peixinhos palhaços que brincavam distraídos ouviram o chamado de Lucas e logo vieram ajudar. Num trabalho coletivo conseguiram soltar as nadadeiras de Théo o Peixinho Azul.
Théo ficou imensamente feliz e agradecido!
- Olá, eu sou o Lucas! Disse o Peixinho laranja, qual o seu nome?
Théo, timidamente apresenta- se aos novos amiguinhos e agradece a todos pelo resgate.
Lucas animado pergunta a Théo:
- Vamos brincar?
Théo sentia-se tão feliz com o convite que saiu com os novos amiguinhos a cantarolar.