Poesia dos 40 anos
São relíquias do passado que nós fizeram, alguns guardamos para serem abertas daqui a seis anos
Para apenas reler elas e percebemos o quanto vergonhoso eram.
Para olharmos ao passado e relembrarmos de momentos que parecem ter sido a um dia atrás, quando foram a tantos anos trás
E no presente, olhamos para o futuro pensando o que será de nós
Novamente escrevemos ao nosso futuro, para algum dia lermos e vermos o quão jovens éramos.
Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que apenas vossos conhecidos levam o título
Até aos 24 Anos -
Nasci póstumo!
Neto de Alguém…
Avô de mim mesmo…
Filho de Ninguém ...
E de onde vim?!
De parte incerta
- por certo! -
Vivi póstumo na Vida,
tão póstumo,
que da Vida me perdi ...
E o que de mim fiz?!
Alguém que longe,
de tão longe
chegou a Si!
Profunda sintonia,
estranha contradição...
Mui mal me senti ...
Aqui e ali ...
Sem Coração!
Aquém-de-mim !
Num Universo sem fim ...
Meu triste e pobre Universo!
Sem verso, nem reverso,
fui Poeta, Solidão, Fado e Asceta,
intima Espiral de profunda comunhão!
LIBERDADE
Após anos, a porta da gaiola, enfim, abria-se.
-- Liberdade para todos! -- disse, de fora, uma voz imponente.
Pularam com decisão. Caíram no abismo.
As asas estavam atrofiadas.
(Ito pedragrande)
Previsão de 50 mil anos para os humanos,
um sopro de tempo. O que virá depois, já
está aqui mesmo, esperando a transformação,
após a extinção humana. A natureza é a arquiteta.
Sintonia Fina...
"O amor não se mede pelos dias, semanas, meses ou anos. Mas, pela sintonia de alma e coração. Quando existe esta sintonia chamada reciprocidade; então... No amor, um momento vale uma eternidade; e, sem amor; uma eternidade vale tão somente um momento".
Pense nisso...
O amigo Valdemar Fontoura
Lágrimas perdidas
Coração partido
Trata se de alguém que a anos se encontra perdido
Sempre no seu canto, sem querer atrapalhar
E sem ninguém reparar.
Alguém perdido
Alguém por se encontrar
E sem mais nem menos
Sem crer uma opinião
Esconde se num buraco fundo, para sua proteção.
Sozinho e abandonado pensa estar
Mas com tudo do seu lado, para o ajudar
Amado, mas perdido num passado desgastado
Sem um ombro amigo que o tivesse ajudado
Saber o porque, é complicado.
Sendo julgado
E com dedos apontados
Perdido e acabado
No seu mundo se isola e por lá vai ficando
Com todos aqueles danos
Causados à muitos anos.
Tentar ajudar é tarde
Para alguém que acabou de chegar
Mas mesmo assim tenta sempre consular
E ao seu lado estar.
Sem uma explicação
Veste uma capa e mete um sorriso na cara
Segue a caminhada sem querer mais nada
É uma triste história que nunca foi lida
Mas ainda assim não esta perdida.
A Nathalia chegou à faculdade. Aos dezessete anos, cursa o primeiro período em química. Nada a ver com o seu pai, sujeito subjetivo e sonhador, que planta letras e quase sempre colhe satisfações abstratas, de cunho estritamente pessoal. Às vezes alguns expedientes transversais, a exemplo de palestras educativas, convertidos em recursos econômicos. Até o emprego modesto, conseguiu por ser escritor também modesto. Vender livros, mesmo, é caso de algumas eventualidades como chegar aos lugares certos, nas horas certas, e ter a chance de mostrar o produto quase anônimo.
Porém, ninguém pense que a Nathalia escapou de minha rede sonhadora. E o melhor deste aspecto é que ela representa justamente a esperança da concretização do meu sonho característico de pessoa lunática: Tempos cada vez melhores, onde os filhos decidam mais e mais seus caminhos, ideologicamente opostos ou não aos de seus pais, porque terão sempre campo e liberdade para escolher. Conquistarão confiança e compreensão irrestritas, por se fazerem respeitar na sua individualidade. Minha filha futura química é, portanto, motivo de orgulho, além de representar um claro elogio a este pai poeta, cronista e visionário. Não apenas por sua escolha, ou por estar na faculdade, mas principalmente por ser uma filha amorosa, honesta, sincera e de postura moral que daria orgulho a qualquer pai.
Está quase criada, a Nathalia. Tenho ainda a tarefa de criar a Júlia, quatro anos, com o desafio de orientá-la para se tornar, igual ou diferente, uma pessoa especial feito a irmã. Com isso, ficarei cada vez mais lunático e sem apego a bens de consumo... Afinal, que mais pode querer da vida quem cria um, dois ou dez filhos que, por serem exemplos de humanidade, cidadania e talento, ajudarão a fazer do planeta o sonhado lugar melhor para viver?
Eu queria ser os cadernos e lápis
Que sobraram dos anos passados
Vejo tantos irmãos que não podem comprar
E pelo mundo eu seria espalhado ♥
30/05/2013
(...) anos atrás eu me sentava num sofá e avistava um horizonte que era o meu desejado, o sofá não existe mais, alguns muros cresceram por de volta daquele espaço impedindo de avistar qualquer longe.
Cresceu muro nos meus olhos, e eles lamentam, acho que é só o que fazem hoje.
Hoje não em tempo, exatamente agora.
Que caiam os muros, as dúvidas, os gostos, as roupas, que os passos se alinhem, um após o outro, nunca um querendo ir e o outro ficar.
ANOS DE MIM
Aprendi a cantarolar
Pra deixar o tempo passar.
Aprendi a contra balançar.
Anos de mim tento administrar.
Aprendi a interiorizar
Tudo que quero analisar.
Anos de todos que conheci
Deram-me vontade de partir.
Aprendi a viver bem comigo,
A me aceitar resignado.
Aprendi a não ficar desanimado
Quando foge um carinho anunciado.
Aprendi a falar baixinho
Pra não me acordar assustado.
A caminhar bem devagarinho
Pra não despertar meu eu menininho.
Aprendi acordar bem cedo.
Para escutar os passarinhos
A abrir a porta das minhas mágoas
E deixá-las repousadas num pergaminho.
Aprendi a conviver com as picadas.
Admirar de tudo um pouquinho.
Não fazer terra arrasada.
Buscar só o bom caminho.
Não importa os vários números de anos vividos, o importante mesmo é que vc pensa, sente, corre, pula, brinca e sorri.
Boldane A. Cordeiro
13.01.2014
Hoje...
Hoje o tempo convida a refletir..
A perfeição de vida..
A trinta e três anos atrás o destino..
Desenhava uma história de vida..
Bem ali no Tatuape..
A vida se encarrega-se de apresentar..
De forma simples e singela..
Grafando nas linhas do tempo..
A mais linda história de amor e de vida..
Colocando em meus dias alguém..
Que de tão importante continua..
Prossegue escrevendo e compondo comigo..
Toda a alegria de viver..
Obrigado ao tempo e a vida !
Calças rasgadas
Bateram à porta dos anos oitenta ainda adolescentes. Cabelos estranhos, desejos na mala e bolso vazio. Começavam a entender certas rebeldias, costumes e hábitos desta década, para alguns foi perdida, para outros, muito marcante. Traziam na bagagem uma vontade enorme de matar as curiosidades e a fome.
Juntaram-se a outros tantos jovens nos primeiros movimentos pela democracia. Orgulhosamente, de cara pintada, foram ás ruas pedir eleições livres.
Nas noites que passavam na danceteria Cacimba night Club, bebiam cuba libre e gim soda ouvindo Blitz, Cazuza, RPM e tantos outros imortalizados.
Motivado por esta vertente de ouro da música nacional o Brasil marca época com o primeiro Rock in Rio.
No cenário internacional o mundo conhecia a força musical de Bom Jovi, U2, Pet Shop Boys. Thriller tocava em todos os cantos do planeta. Madonna se tornava unanimidade.
Anos romanticamente alvissareiros em que a Columbia impressionava a todos em seu primeiro voo. A Argentina tentava defender as Ilhas Malvinas, Itaipu finalmente começava a produzir enquanto o muro de Berlim caía, pela paz. Chaves estreava no Brasil e E.T. ganhava as telas de todos os quadrantes. Junto com a esperança de um novo milagre econômico nascia o primeiro bebê de proveta brasileiro.
Foram anos românticos e rebeldes. Talvez só não foram mais intensos do que os anos de Woodstock, da então geração paz e amor.
Sou saudosista deste romantismo marcante. Dos cabelos volumosamente longos, dos amores e roupas coloridas. Época da rebeldia e das calças, propositadamente, rasgadas usadas com os All Star inesquecíveis.
Década em que se voltava para o futuro curtindo nove semanas e meia de amor sem esquecer que sempre haveria um tira da pesada nas ruas de fogo.
Tempos de quebrar regras, inovar, lutar pelo novo, mas mantendo sempre a doçura e a ternura tão própria de uma geração que foi à guerra lutar pela paz.
Aquelas estrelas vermelhas
atrás do wayfarer
guardam os anos
as noites em claro
os poemas insanos
os quadros do Ian Curtis
na parede do quarto
TROVA SEM PRESSA
Ninguém me convence,
Pois na minha mente,
A velhice anda sempre,
Vinte anos à minha frente.
O problema de quem só vive achando que o bom só acontecerá no futuro, poderá perder os melhores anos do tempo presente. É como um sabiá, que era feliz e não sabia.
(http://www.boscodonordeste.recantodasletras.com.br)
Nunca Plante uma Jabuticabeira
A jabuticabeira, essa árvore de fruto saboroso, demora 20 anos para frutificar. Caso você tenha cinqüenta e poucos anos, corre o risco de partir sem sentir o gostinho da fruta que você mesmo plantou. A não ser que você não seja egoísta e queira deixar a melhor parte (colher os frutos) para a próxima geração. Mas aí temos outro problema. Essa geração sequer vai saber que foi você que um dia, num gesto nobre, regou aquela semente sem se importar se ia provar ou não. Então você morre. Logo o terreno é passado adiante. Aí o filho do novo dono convida os amiguinhos da escola pra conhecerem o seu quintal. A gurizada começa subir na árvore e comer as frutas. “A geléia foi minha mãe que fez”. “O suco é do meu pai”. “Quem plantou a árvore?” “Não sei. Quando cheguei aqui ela já estava”. “Tô pensando em cortar essa jabuticabeira pra fazer uma garagem”. Seu nome nunca será lembrado. A jabuticabeira já existia quando todos chegaram, pois isso, o mérito é dela mesma. O pai e a mãe do menino ficam com os elogios por distribuírem os frutos que eles não plantaram. Você já era. Seu nome não está sequer associado ao que você fez. Melhor plantar tomates. Estes não são de muita utilidade, mas dão fruto rápido e você pode comer, distribuir e receber os elogios de quem sabe que foi você que plantou. Esperar que alguém lá na frente reconheça o que você faz aqui é ingenuidade.
Foi quando, num dia daqueles, anos depois, relembrando o bloqueio dos primeiros meses de luto, comecei a… rir! Balancei a cabeça como quem nega e sorri. Sorri por finalmente ter aceitado o que criei, por ter tornado o que foi em algo muito maior. Não que não tenha havido a intensidade, mas eu a vivi sozinha. Só eu e eu. Foi um caso meu comigo. Aliás, foi nesse dia também que finalmente me pareceu lógico o que minha mãe tanto prega: o amor (generalizando os tantos outros sentimentos) está em nós. É uma coisa nossa simplesmente projetada em outro ser. Mas é nosso. E é por isso também que ele não morre. Transfere-se.
Então conheci você. E nunca duvidei do amor. Nunca duvido. E me atrevo a dizer que jamais o farei.
Hoje é um dia especial. Hoje é o dia de fazer um par de anos. Muitos parabéns serão dados e recebidos. Não tantos quanto tudo que se viveu até agora. Fazer aniversário é especial, um marco, uma memória, uma alegria cheia de significados.
Meu desejo é que estejas feliz, que sejas feliz, que conquiste tudo que sonhou. Sei bem que tu mereces tudo e muito mais.
Parabéns!
Com carinho
Mudanças programadas são irreais
Os dias, os meses e os anos, assim como tudo que é ilusório se finda, porém o real permanece. A mente restrita pela temporalidade limita-se aos marcos cronológicos; deseja o novo na perspectiva de transcender o velho, sobretudo quando este, traz consigo cicatrizes, memórias e experiências desconfortantes. Porém todos que aguardam uma ocasião para mudar não mudam, pois toda mudança programada é irreal, fantasiosa e fantasmagórica. A mudança é um fenômeno do presente, é atemporal não ocorre com hora marcada ou preestabelecida. Assim sendo nunca espere um momento para se despir da velha roupagem, uma ocasião para o abandono de hábitos não edificantes, uma estação para evoluir, uma era para ser uma nova criatura. Pelo contrário, experiencie o "agora", pois este é o "momento" fora do momento sobremodo oportuno para mudanças de qualquer natureza.
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