Poesia Descoberta Novidade
As vezes cozinhamos o arroz novo e para não desperdiçar o velho,misturamos.
Erramos ao misturar.
Acrescentamos o velho no novo, esse novo geralmente é a vida querendo nos oferecer uma oportunidade de ser feliz, mas infelizmente decidimos que esquecer nem sempre é bom e usamos as migalhas do passado nesse novo que mal começou e já foi embora.
Utilize o novo com muita sabedoria, faça de tudo para que até o último momento de ser conquistado, ele fique e não vá embora, virando passado.
O vento levou embora as folhas mortas como simbologia daquelas dores que exorcizei. Bastava de masoquismo. Bastava do mais autêntico masoquismo da alma. Junto das pessoas, haviam adormecido todas as agitações e perturbações. Eu não. Eu, ainda sob o efeito hipnotizador dos olhos do moreno, deixei que o som embalasse a noite, madrugada adentro, como uma imperfeita boneca de pano que desperta da inércia, com todas as suas curiosas inquietações. As luzes da cidade pareciam saudações, vistas da janela do alto daquele prédio, num bairro sujo no país das maravilhas.
O etílico, ah o etílico! Mais uma dose apenas e não ficaria nada além das verdades, principalmente das ironias, que libertou. Bastava de meias verdades. Propus, portanto, brindes ao meu estúpido domínio da razão. Às vezes que bati com a cabeça na parede dando de cara com as atravancas do caminho. Brindei aos meus olhares tortos, aos olhares fixos, aos outros amores atravessados. De tudo, guardei o saber de que páginas viradas não voltam.
“Good vibes”, ele falou e despencou, em queda livre, num sono e em sua esquisita apneia de onde voltaria umas cinco horas depois com cheiro e gosto de café amargo. Ah moreno...
Em sua magnitude, debochado, o céu quase sorria pra mim. Os paralelepípedos, lá embaixo, assombrados, esperavam ansiosos pela oscilação da vida. Eu, absolutamente honrada como aquela que sobreviveu ao caos e todos os cacos deixados pra trás, sorri de canto, disfarçada, como cúmplice, e pedi perdão pelos meus paradoxos, mas sem nenhuma pretensão em deixar de tê-los.
Então, do vento não veio a tempestade. E eu, onipotente, megalomaníaca por natureza, finalmente me senti pequena diante do sol que surgiu tímido e trouxe com ele o cheiro de jornal das manhãs. Quem diria, justamente eu, que – sem meio termo - era preto no branco, descobri que existiam todas as cores em mim.
Ah, moreno... Se você soubesse...
Novidades do velho mundo
Abro a janela, enxergo o que passou
No horizonte, prédios cortam a visão
Um poderoso calor ofusca o inverno
Aquecimento global não é invenção
Se o amor é para sempre, tudo bem
Nada terminou sem motivo aparente
Ainda encontrarei uma alma comum
Para ter esconderijo além da mente
As placas direcionam ao precipício
À direita ou à esquerda há sangue
Jovens intolerantes são engajados
Não comovem disparos de tanque
Se nada for para sempre, tudo bem
Estamos adaptados à efemeridade
Amigos cabem nos bolsos da calça
Fácil descartar quando der vontade
Fui condenado à chatice moderna
Cumprirei a pena enquanto puder
Que novidades animam o mundo
Se são velhas diante do que vier?
Foi a vez da doméstica se formalizar e pagar imposto para o governo e a sua refeição para o patrão ou levar a comida de casa, agora é a vez do caseiro pagar aluguel da casa que mora para o patrão ou seja, ele recebe para cuidar das coisas do patrão e paga para morar na casa que fica para cuidar das coisas do patrão; a comida já é por sua conta. E, ainda, tem quem diz que leis são para beneficiar o empregado. Assim como as mulheres estão perdendo suas ajudantes, os homens perderão seus ajudantes.
Consta numa obra psicografada sobre a vida de Getúlio Vargas que a única coisa que contou pontos na sua avaliação superior sobre suas ações de governo foi a criação da CLT.
Nas futilidades da vida
Vejo pessoas perdidas
Pensando que se acharam
do livro
Gotículas de Instantes de Luna Di Primo
E se tempo apagar algumas coisas, que não seja meus erros, sem eles não sei como posso acertar adiante.
E se o vento traz coisas novas, que seja coragem para continuar a tentar. Sempre mais.
Não devemos repetir os erros cometidos;
Devemos cometer novos erros;
A cada erro diferente temos a possibilidade de aprender algo novo;
Erre, mas aprenda.
Para sua evolução tenha sempre novidades em sua vida!
Viver é um risco.
Nos arriscamos a falar, A andar, a correr... Caimos levantamos seguimos.
Entramos em turmas desconhecidas. Aprendemos coisas novas.
Algumas nos fizeram bem, outras nem tanto. Mas vivemos e seguimos.
Cometemos erros. Alguns cometemos várias vezes, até Aprendermos.
Ensinamos. Compartilhamos, ajudamos e fomos ajudados e seguimos vivendo.
Viver é um risco.
Um risco de se surpreender.
Risco de se decepcionar.
Risco de sentir coisas novas.
Risco de sofrer, de se magoar, de se machucar e se debulhar em lágrimas.
Mas é só um Risco!
Façamos um rabisco. Um rascunho. Até que vire um desenho.
Se não ficar bom. Façamos um novo.
Pois todos os dias temos a chance de seguir o risco ou mudar a direção.
Somos livres!
Sem Risco não tem Adrenalina.
Sem risco não tem novidade.
Sem risco não tem superação.
Sem Risco não tem altivez.
Sem Risco não tem aquele suspiro. Aquele sorriso. Aquele olhar.
Sem risco não tem o experimentar, o conhecer, o se reinventar.
Sem risco até temos a sensação de controle ou segurança.
Mas o horizonte é tão enorme e tão lindo. Que não me contendo em permanecer a mesma e não me arriscar.
Preciso voar. Preciso sentir e experimentar. Suspirar. Sorrir. Chorar também e me orgulhar de vivenciar.
Me arriscar a ser feliz ou ser feliz por pelo menos tentar.
O luxo ou o lixo são os níveis mais caros da vida para transitar ou permanecer...
O primeiro suga todo o teu tempo e esforço , o segundo também.
O grande barato de viver está em justamente não ter a menor ideia do que nos espera daqui um segundo...
vejamos bem o... OPS, PASSOU!
Pra quê planos? Bora vivenciarmos o agora, e só.
"quando você começa a contar as mesmas histórias, está na hora de ter novas experiências"
carlos nadais
Ela é arte
E cada segundo é encanto.
De sorriso em sorriso
Distribui amor por cada canto.
Ela é novidade pura
Porque a cada minuto que passa
Já não é mais a mesma de antes.
Permita que ela se apresente novamente,
Pois sua evolução é constante.
E como um passe de mágica,
Para uma nova mulher nascer
Basta um pequeno instante.
Em um mundo de relações tão liquidas só pode se sentir realmente realizado aquele que;
• descobriu a importância de se perseverar,
• que se alegra com o que já tem,
• que não desistiu de observar,
• que não ignorou a teimosia d'uma flor em brotar,
• que ainda se encanta em procurar, novidades na sua rotina.
NASCER DE NOVO
Nascer: findou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.
Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?
Eis que um segundo nascimento,
não adivinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este é o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.
A explicação rompe das nuvens, das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.
Quando supomos saber de algo, ou o julgamos ao invés de questionarmos e buscarmos a veracidade dos fatos em fontes fidedignas, perdemos a oportunidade de aprendermos e/ou compreendermos as coisas em sua integralidade.
Muitas vezes na tentativa de calar a voz do outro para que a nossa se sobreponha, criamos uma esfera de proteção onde o conhecimento fica impedido de transitar, e nesse momento bloqueamos nosso potencial para o aprendizado.
Nutrir e construir ideias vai muito além de perseguirmos a razão...antes de mais nada é sobre assumirmos nossa própria ignorância.
Somente assim, podemos estar abertos a conhecer de fato o novo, o confuso, "o ameaçador", e ampliarmos a nossa capacidade de perceber coisas, que por vezes, estão distantes do nosso modo habitual de enxergar.
08/08/20
"Em busca de fama e poder, certas pessoas se prestam a diversos tipos de mecanismos.
Um deles é o de falar o "mais do mesmo", esperando que o discurso ultrapassado soe como novidade..."
Porque eu alcancei as estrelas
Eu alcancei as estrelas com você
Eu me apaixonei
Eu me apaixonei por você.
Eu me apaixonei por você
Quando você segura minha mão
Parece um lar para mim
Ah, é por isso
Eu me sinto tão seguro com você.
Quando a pessoa é ruim,
com o passar do tempo se descobre.
Quando a pessoa é boa,
com o passar do tempo se confirma.
Com aquela, o passar do tempo é cura.
Com esta, o passar do tempo é falta.
O silencio total do meu quarto é a minha desolação, os pássaros cantando por detrás da janela fechada é como os gritos das almas que vagam no inferno, é isso, esse é o meu inferno, esse é o meu próprio destino, apenas um ser vivo tentando sobreviver, sem ninguém, sem nada, sem palavras e sem pessoas.
O caótico ciclo da vida nos leva a lugares inusitados, tipo, dentro de si mesmo, vendo tudo e não vendo nada, a solidão é sólida como um bloco de tijolos, fria como um edredom molhado do vinho que você derrubou enquanto tentava esquecer que estava vivo, enfim, não é tristeza, é apenas, metamorfose.