Poesia de Perdão
Semeio amigos verdadeiros pela vida todos os dias e os inimigos, perdôo e rogo a Deus que sejam muito felizes mas bem distantes de mim.
A permanência da existência por vida e por voz nesta dimensão é efêmera. Logo é imperativo que antigas palavras e questões existenciais, amorosas, familiares e amistosas estejam sempre bem resolvidas. Uma das maiores frustrações, é ter que posteriormente falar no vazio e viver na cruel incerteza da duvida do perdão.
Ao primeiro momento diante do grave erro, meu pensamento e e minha razão ávidos por justiça e liberdade, julgam e condenam mas logo após, ao primeiro momento pós o ocorrido, minha alma e meu coração por vida de aprender um pouco mais a cada dia, perdoa e generosamente oram, para que o mesmo erro, jamais aconteça, nunca mais.
Não sou e nunca serei exemplo de nada, vivo a vida, acredito no bem, desculpo me quando errado e repondo integralmente a minha consciência. Inclino me, oro, submeto me e peço perdão, só a Deus.
Todas as minhas magoas da vida, ficaram com quem me traiu e me ofendeu. Pois desde o exato momento que percebi, refleti e os perdoei.
Poucos percebem com gratidão, todo esforço e bondade passadas de uma velha amizade. Cada vez mais as pessoas são efêmeras e preferem, por comodidade, mesmo que artificialmente viverem na superfície das relações do agora.
Oro incessantemente pelos meus desafetos, pois a muito tempo já perdoei a mim e a eles. Deus tenha piedade de seus perpétuos rancores, que lhes envenenam suas breves estadas, assim como o mau de suas loucas soberbas em acharem que sempre estiveram e estarão certos por toda eternidade em seus frágeis pontos de vista.
Pela boa moral da vida espiritual ruma a divina luz, a capacidade de perdoar, deve ser sempre bem mais forte do que a capacidade de revidar e se vingar.
A culpa petrifica mas a responsabilidade mobiliza a se reparar o erro. A culpa pode ser considerada uma auto-condenação sem perdão que justifica e muitas vezes reafirma que não existe nada mais a fazer mas enquanto não nos movimentarmos para amenizar o erro, não haverá diminuição da pena e muito menos absorvição. O inferno começa em vida para todo aquele que erra e não reconhece a culpa.
Diante de todos meus conhecidos e desconhecidos desafetos nesta breve existência terrena, peço encarecidamente, sinceramente e publicamente, perdão. Não por qualquer jubilo, virtude ou humildade de minha parte. Deixo bem claro, que o faço por correção de minha ignorância e imperfeição.
O exato valor do amor, só reconhece quem por dor de nunca ter recebido optou por justiça da lei da vida, amar, amar, amar sempre mais para que um dia com sorte possa para si, um pouquinho voltar. Aquele que ama intensamente em qualquer direção, não se engane, tem por este verbo perene a atenuação da extrema dor de viver solitário.
O estudo da vida e da medicina são ciências de conhecimento inexatas. A cada caso e movimento a natureza autônoma interfere a seu jeito. A logica não faz parte do entendimento.
Mundo social interferente. Se nós nos perdoamos por completo quem tem por mérito e autoridade, nos condenar. Muitos acertos advém do erro.
O amor finito cobra reciprocidade mas o amor infinito não cobra nada e vive forte generosamente entre o perdão.
A verdadeira felicidade exige a tríplice aliança do amor. Amar a vida, amar o próximo e amar a nos mesmos.
O ser humano embrutecido e sem fé desapercebe do poder do amor, da oração e da transformação. Igual a como a pálida lagarta presa em seu triste casulo desapercebesse, quem em pouco tempo, crescerá as asas multicoloridas lindas e ganhará os céus em vôo livre na mais pura liberdade.
Deus é vida e transformação. Meu maior milagre, ocorre baixinho e devagarzinho todos os dias, dentro de mim mesmo, toda vez que por fé, me perdôo e supero as contradições.
Só aquele que tem depressão sabe como é difícil na inação, matar um leão com as próprias mãos, com medo e na solidão.
Perdoar sempre é tornar se melhor, aperfeiçoar se e aparar as arestas dos desgastes da pedra bruta, todos os dias.
A cada novo amanhecer Deus nos convida a vida que se segue. O que passou, passou e não pode ser alterado. Perdoe generosamente. Agora cabe a nos escolhermos as cores que vamos colorir nossas novas escolhas.