Poesia de Medo
ELA...
Amava a noite, pois era o símbolo da solidão;
Amava o pôr do sol, pois apesar de parecer triste, no outro dia se mostrava poderoso;
Amava fotografia, pois se encantava com a forma que ela eternizava cada momento;
Amava a clima, pois mesmo quando fria era linda;
Amava a água que caía das cachoeiras, pois mesmo com quedas tão altas nunca deixou de percorrer seu caminho. Ela amava muitas coisas.
Tinha medo das pessoas, pois como ela estas sorriam sem vontade;
Tinha medo do vento, pois este vinha e sumia num instante;
Tinha medo de palhaços, pois esses se diminuíam para ver o riso de sua plateia;
Tinha medo dos pássaros pois esses sempre partiam para longe todos os verões.
Tinha medo do mar, pois seu mistério lembrava a ela mesma. Ela tinha muitos medos, ela...morreu.
Mas ela não tinha medo da morte? Tinha.
Menos pelo caminho, mais pela ação
Uniforme, para manter em silêncio
o pequeno cidadão;
marionete no mundo cão,
exemplo simplório,
de pequenas causas ganhas,
no merchan do racismo.
Iludido, pela falta de cidadania
levanto pela manhã orquestrando,
cotidiano, definindo objetivos,
realismo, não acredito!
O Benfeitor mantém sua cabeça erguida
e todos os dias, mata um leão por dia.
Certo, que tudo está disperso
singular
ponto de inicio;
é só mais um curral
de formato circular,
do senhor Baltazar
oriundo;
mecânico
aquele que maquiniza;
jamais, solta sua vitima.
Herdamos, o medo,
dos loucos que já se foram.
Exemplo é apenas uma palavra,
não se aplica, na selva ordinária.
Enquanto se é forte,
mantém a mente atenta,
armadura contra os laços
do inimigo que se apresenta.
Menos um no caminho.
Menos um na dor.
Menos um igual a min.
Menos um calor no meu coração,
pra seguir
tempos de silêncio,
maestro,
que contempla paisagem.
Reflexão
Ela teme o mar
E o vê em todo lugar
Inclusive no céu de fim de tarde
Que reflete um oceano de saudade
Mesmo a noite
Quando aparecem as estrelas
É como se Netuno
Só para ele quisesse tê-las
Por fim, ela nem mesmo sabe
Como o céu no oceano cabe ?
O mar reflete o céu
Ou o céu reflete o mar?
Tudo o que ela consegue imaginar
É que não liga para qual é o espelho
O azul do mar
Ou o céu vermelho
As vezes por medo fantasiamos tanto que
nossos sonhos acabam se tornando pesadelos.
Temos que sonhar mais e sermos ousados sem
medos para tentar realizaá-los.
Por ser difícil a realização de alguns
deles ,é que teremos que buscar na
perseverança a meios de concretiza-los
Posso perder tudo
Posso deixar de existir
Posso me rebelar contra minha essência
Posso deixar de ser eu
Mas minhas letras jamais se perderão no vazio.
Elas respiram por mim, me dão vida e me fazem renascer.
Coragem ou falta dela?
É preciso ter coragem
Sim, muita coragem,
Para matar inocentes
Para amaldiçoar seus descendentes
É preciso ter coragem
Para transformar o azul em escuridão,
Para transformar os indecisos sorrisos em carvão,
Para agir com tanta prontidão e causar tanta destruição.
Mas parando para pensar,
Observando bem de perto,
A gente sabe não é coragem,
Não, é falta dela.
É puro medo e covardia,
Medo de dizer não,
De ir contra a multidão,
De parecer humano demais, em um mundo desumano.
É engraçado como em um curto período de tempo tudo pode mudar. Criamos expectativas, somos tomados pelo otimismo, outras vezes o pessimismo assume o controle, ou quando damos espaço, o medo floresce sem ao menos percebermos.
Independente disso, o fundamental é batalhar por aquilo que nos fará felizes e em nenhum momento devemos pensar em desistir de nossas convicções.
Não se deixe guiar pela repulsa do "tentar", pois é um sentimento co-irmão do tal fracasso.
Permita-se avaliar o caos que lhe cerca para extrair o melhor dele na hora de alicerçar um futuro cujo medo não tem vez.
Morro e Renasço
Eu a amo
E não é segredo
Eu a amo
E morro de medo.
Ela é o sol
Das noites de tempestade.
Ela é a lua
Das manhãs nubladas.
Outras não têm a cor
e a luz que somente ela
Emite sem cessar.
Findo de amor por ela
E renasço a cada vez
Que provo dos seus beijos.
Edson Luiz
Junho de 2016
O medo nos leva para trás.
Dar voltas, essa é a origem da palavra revolução, e assim vemos o mundo mais xenófobo, homofóbico, machista, dogmático.
Teóricos afirmam que estamos na pós-modernidade, em que as tradições perderam aderência e a existência precisa ser inventada por cada um.
Diante disso, vivemos uma era de consumismo e depressão, exibicionismo e solidão, fé cega e descrença.
A busca por uma revolução aponta para uma busca de referências, de um olhar para trás em busca de um conforto.
-"Na minha época a vida não era assim não..."
Todos nós já ouvimos isso, o passado parece um lugar maravilhoso, cheio de alegrias, paz e união, pois diante das angústias de um mundo livre (entenda livre como promovedor de maior possibilidade de escolhas religiosas, sexuais, profissionais, identitárias...) o pavor assume maior poder.
Se tudo é novo diariamente, tudo o que sabemos possui pouca serventia, pois o saber pressupõe coisas estáveis, para as instáveis é melhor a criatividade, o improviso.
Em um mundo medroso, resta o ódio ao medo, que se traduz por ódio a causa do medo.
E contra a corrente nos resta lutar por mais amor e mais coragem, pois com auxílio podemos sim propor uma evolução criativa e corajosa para mergulharmos no abismo, em especial no abismo que habita dentro de nós.
Se tem uma coisa que não tenho medo,
É de dizer o que sinto.
Não tenho tipo ideal,não sou uma pessoa constante.
De tempos em tempos mudo de cantor/banda favorita.
Prefiro esmalte vermelho ao invés de rosa.
O que nunca mudou foi meu jeito de amar.
É de alma, me entrego sem receio.
Se der certo bem, se não der;
O importante é que não me privei de sentir, nem expor.
Invoca em mim um desejo indomável
Toca meu corpo e em suas mãos se vão toda dor
Viro-me pra você...
Retribuo ...
‘Para!’ Diz você.
‘O que sentes, meu amor?’ Eu indago.
Passo pra ti todo medo e pavor.
Não sei se quero
não sei se devo
certo que tenho medo
mas desse amor, só perco
Já fui amiga
já fui letra
já fui confidente
e hoje apenas parente
Parente de sangue?
Não! de dores recente
que nunca são esquecidas
dores de amor crescente.
O público não está com medo do zika vírus.
[Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, sobre Olimpíada no Rio de Janeiro]
Luz na escuridão
Esperança tênue
Em um fio de brilho
Madrugada longa
Seria bom
Segurar tua mão
Navegar sobre os problemas
Mar revolto
Sou como um barco
De velas arriadas
Seja meu leme
Viaje comigo
Vejo sua imagem
Me apego nela
A insegurança se desfaz
Traço minha rota
A tempestade chega ao fim
Nunca desisto
Iço as velas do destino
O vento está a meu favor
Nessa aventura
Ávida pela vida
Compreendo ser o teu amor
Muito mais que uma viagem
Teu amor é minha bússola
O farol que me guia
Para longe do caos
Para perto do cais
São 3:00 da manhã.
A dor no peito aperta,
Meu coração acelera,
E de novo me vejo sozinha.
Aqui trancada no quarto,
O escuro é minha única certeza,
A solidão virou fortaleza,
Me embaraço nos muros da vida.
Eu não estou sozinha,
Eu sou sozinha.
Não é estado,
É permanência.
Quando a vida toma-me as alternativas,
perco-me em idas e vindas,
tuas asas cobrem toda a sequência.
O amor não tem desinência.
Falta correspondência,
Sobra desprezo.
Nos perdemos em meio às saídas.
Tive medo de errar, errei.
Almejei acertar, errei de novo.
Sonhei em conquistar, um novo erro.
Quis muito saber, errada novamente.
Persegui as vontades, mais um erro.
Escrevi entrelinhas, errata, equívoco, mal entendido.
Falei claramente, precipitada, grossa, sem filtro.
No fim, ficou claro que certo mesmo é o erro, de resto, o que vier dessa vida é lucro.
'... por que o medo?'
'O medo tem poderes que alguém tão jovem como você, não compreende.'
'Me explique então!'
'Vou tentar, o medo, força as pessoas matarem, torturarem, entre outras coisas que elas não fariam em plena consciência, tudo sob uma ameaça, tudo sob o poder do medo.'
MEDO E ÓDIO
Tu é uma parte desse meu medo
medo te te perder
medo de não te perder
medo de não te satisfazer
medo de não ser aquilo que você queria
medo de não ser aquilo que eu queria
medo de te confrontar
medo de me espedaçar
medo de sentir medo
medo da impotência
medo e ódio por me sentir sempre impotente
Medo de um dia confessar o pranto que vive dentro de mim e tu rir como se eu fosse o mais patético do mundo
Eu tenho raiva de quando das poucas vezes que consigo te vencer eu me sinto um vilão
porque você sempre me tem nas mãos
eu odeio com o que você me faz sentir na maioria das vezes
eu odeio que a parede da tua incompreensão é quase impenetrável
eu odeio essas batalhas constantes e quase sem êxito que eu tenho com você
Eu odeio quando você menciona que eu sou uma herança maldita
Eu odeio todas essas sensações que me sufocam por dentro e me faz sentir indiferente a todos ! que me olham, que conversam, que cruzam meu caminho e que me cercam
Tão jovem e já tem tanto ódio
como algo que despenca e quebra
em você eu vejo não só o desafio mas o fracasso
Você que causa em mim essa tempestade de iras e derrotas