Poesia de Medo
Mas com o passar dos anos, dos danos, a gente quebra essa barreira e passa a se exigir menos e a simplificar a vida.
Passa a conhecer novos horizontes, novas histórias, novas vidas, novas respostas para coisas que já pareciam respondidas, passa a ver o simples e a valorizar isto.
Já não posso ficar de pé.
Sinto o peso do mundo caído sobre as minhas costas.
Já não abro os meus olhos
A pouca serenidade cegou a minha alma
Já nem oiço, tapei os meus ouvidos
E não com as mãos, mas com a alma
Porque cansei de tanto ouvir ruídos
Que já não me falam de bem de amor
Que já não me guiam e levam tudo para o rancor
Já não ando, para não cair nos buracos que eu cavei
Por agora acendo o cigarro, porque sei que não irá virar-se contra mim para queimar.
E isso, só imaginei.
Flertando Com o Abismo
Loucos, desnorteados
O ódio está encarando
Olhos grandes, esperando a hora de agir
Rindo das ruínas, que antes eram sonhos
Estamos flertando com o abismo
Jogados a força, os que resistem, sofrem
Gosto de acreditar que gente ainda goste de gente
Mais uma vez enganado.
EU quero aprender a nadar
fico olhando pra lagoa com medo de pular
mesmo sabendo que a água nunca ira me machucar
mais é triste ser dessa crosta
onde o medo toma a frente
na decisão das prposta
Não aposta,de frente pra parede
e pro mundo vira as costa
nessa vida suposta, suporta o fardo de ter
e não ser, sem saber quem se é
Os três parâmetros do comportamento:
1. O medo - que vive na fronteira da intuição.
2. A intuição - que funciona como guia, mas que surge em estado bruto, útil e necessário para a sobrevivência de todas as espécies, inclusive a humana.
3. A racionalidade - que é, para os seres humanos, uma ferramenta de lapidação do medo e da intuição.
O medo diminui nossa realidade,
O medo diminui nossa vontade,
O medo diminui nossa vida,
E a última coisa que eu quero,
É parecer menor.
Ao ver a onda se aproximar. Jamais de as costas pra ela.
A única forma de se salvar é caindo pra dentro.
Não tenha medo.
Os professores têm medo dos alunos, os funcionários da limpeza têm medo dos alunos. Até as tias do lanche têm medo dos alunos! É só ligar a tevê para o medo aparecer. Está estampado! Não sei se esse medo é correto, talvez seja preconceito, mas quem vai dizer o contrário se o medo é nosso almoço de todos os dias? É difícil para eu sair da zona de conforto e empreender amizade com pessoas muito exóticas, estou compelida no meu mundo e até não que me seja explicado os porquês não mudarei! Nem posso! Tenho medo!
(MADALENA)
Se dissermos SIM quando deveríamos dizer NÃO haverá consequências. Se dissermos NÃO quando deveríamos dizer SIM haverá consequências. Se dissermos NÃO quando deveríamos dizer NÃO haverá consequências. Se dissermos SIM quando deveríamos dizer SIM haverá consequências.
Mesmo distintas, tudo tem CONSEQUÊNCIAS!
SAIBA ESCOLHER!
A gente vive com medo.
Nunca se viu tanta falcatrua.
A família presa dentro de casa,
E bandido solto na rua...
Muita gente pisando em brasa.
Homem de toga vendendo sentença.
Juiz manda prender ex-Presidente.
Tem gente que já perdeu a crença.
Difícil achar um penitente!
Quem dera voltasse a confundir o amor a um mero sorriso sem explicação.
Assim, não sofreria sem causa e sorriria sem medo.
Quando menino, eu morria de medo de chegar perto de pessoas tristes...
Mas hoje sei que a gente não faz mal a ninguém
►Por Isso
Eu não sei o que fazer
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo me conter
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo esconder
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo te dizer
"Eu te amo, mas tenho medo".
Por isso escrevo, do meu jeito
No momento em que sinto um beijo
Vindo de tão longe, através do vento
Pesco um momento do próprio tempo,
Apenas para descrever um sonho sereno
Desatento eu me sento em nuvens de versos
"Eu te amo", soletro sobre o céu plano,
De um papel velho como um antigo pano.
Confesso, sonho com você, sobre você, para você
Estou à mercê de um sentimento que não quer se desprender
Estou querendo descontroladamente te ver
Sinto algo aqui, no meu peito, gritando
"Amor, paixão, desejo, intenção"
Meu pensamento é seu, aceite-o
Esses meus versos também, são meigos
Deixe-os entretê-la, assim como deixará em meu sonho
Eu não sei o que fazer
Pois te amo, mas tenho medo de perdê-la
Por isso tenho medo.
Ansiedade é um grande mal estar físico e psíquico, uma grande demonstração de impaciência. Percebo que me culpo pois gero expectativas além da conta em relação que pode ou não acontecer. Isso faz eu sofrer por antecipação. E está presente no meu cotidiano. Não é bom. Acabo me tornando uma pessoa sem tranquilidade e ando sempre em cima do muro, com receio de tudo, considero-me indefesa perante o mundo, vivo apreensiva. A tempestade e explosão de sentimentos, mistura tudo dentro do caldeirão da minha mente, uma verdadeira tormenta.
Procuro vícios que me dão prazer para me satisfazer, e acabo me escondendo atrás deles, acabei de roer todas as unhas, perdi a conta de quantos cigarros voltei a fumar, infelizmente. Tenho dificuldade de aceitar a sequência correta das coisas, fico no meu imaginário exercitando o tempo todo a dúvida: Como será? Onde vai ser? Vão me aceitar? Vou conseguir fazer? E assim por diante. Deixou de ser algo temporário para viver constantemente na minha vida. E ao viver o tempo todo tentando anteceder tudo, provoca um desgaste intenso, percebo que as linhas do meu rosto ficam mais profundas, e envelheço muito mais do que o normal, vivo além da conta, é terrível.
E o tanto que espero de mim acabo cobrando o mesmo dos outros, falo muito e o tempo todo, não consigo passar um áudio curto e direto, vivo em meio de rodeios para justificar o amanhã que quero viver hoje. Eu não durmo e quando isso acontece tenho pesadelos que me fazem acordar sobressaltada e tenho câimbras talvez por manter meus músculos rígidos, doem os ouvidos e tenho um forte bruxismo. Desespero ao olhar no espelho e ver sempre aquelas olheiras negras, profundas e marcadas, um verdadeiro caos. Sempre penso de forma negativa e acredito que só coisas ruins irão acontecer. E vivo falando para mim mesmo, mas não entendo, um dia de cada vez.
ah, o verão
eu amo o verão
e eu amo tudo que vem com a palavra verão: sal, sol, água de coco, descanso, festa, viagens…
eu queria viver um eterno verão
e isso que me dá medo
porque não é verão o tempo todo
e até dentro do verão não é verão
pra ter direito ao verão, é preciso enfrentar muitos invernos
mas é tão tentador se jogar no verão e esquecer esse inverno
com tanto bronze alheio, é difícil se concentrar nas baixas temperaturas
só que eu quero o verão
o verão completo
eu quero ser digno do verão
pois então amanhã eu fecho minha cortina
desligo o meu celular
tomo um café preto
e sigo pelo meu sonho: o verão
Tempestade pode ser uma condição climática, agitação atmosférica violenta, muitas vezes acompanhada de chuva, vento, raios e trovões. Vamos pensar numa grande agitação moral.
TEMPESTADE
A chuva cai suavemente, de forma doce alimenta os campos.
A tempestade é arrasadora
Derruba, destrói o que a chuva fortalece
A tempestade é súbita
Não se espera e preocupa
A tempestade é violenta
Invade o coração e nos atormenta
A tempestade é desordem
Inunda com medo nossa alma
A tempestade é perturbadora
Agita moralmente e nos enfraquece
A tempestade é inquietação
Exclui toda a serenidade
A tempestade é alvoroço
Impede nosso controle
Mas depois de toda tempestade
Há sempre uma esperança
Renova o que se acabou
E a luz volta a surgir
Para uma nova chuva suave e doce cair
Alimentar o campo e a nossa alma.
Trazer paz e tranquilidade
E de volta o nosso amor.
Me odeio por ser eu, e que esse eu tenha atraído você.
Por que eu gostando ou não, o que atraí as pessoas para mim é a dor. Está na escuridão em mim que eu coloco em palavras não ditas; está no quanto ninguém sabe que estou na linha entre a sanidade e o nada, vivendo no desespero, esperando a brisa que vai me balançar para um lado ou para o outro; está nas verdades que não conto e nas mentiras que escapam da minha boca. E eu não gosto de ser assim, mas também, ao mesmo tempo, gosto de atrair tais pessoas desse jeito. Pois essa é quem eu sou.
É como se a dor me fizesse, não posso ficar com ela, e não quero fugir dela.
Com medo de me deixar cair e proibida de levantar, cheia desses pensamentos masoquistas de quem eu sou, e quem eu seria se não a tivesse mais comigo.
Eu me prendo e sou o meu próprio cativeiro.
Meu desassossego
não é fruto do medo que tenho de assombração,
nem da fome ferrenha que passo no sertão,
nem da seca que corta meu quintal e nem do vento,
que nada tem para balançar no meu varal;
o causo é que meu amor foi embora,
não levou nem uma sacola e ainda assim
só me restou solidão
Medo.
Um sentimento tão importante quanto o amor.
O medo reprime ou faz agir, depende do momento.
Com o amor é a mesma coisa.
Medo e amor são da mesma família, não são maus ou bons, são complexos.
Arrisco dizer que esses dois sentimentos são a base que constituí Deus.
Meu amor, meu mar
Minha inexperiência comedida
Lembra-me tudo que tive
Se o “ser ou não ser” anda em declive
Ou se acentua tua vinda
Me lembras o mar
E toda dor que sempre quero que ele dissipe
E que minha calmaria se antecipe
Nunca sei se pretendes voltar
Porque sou a incompreensão da inconsequência
A ausência deste teu espírito de equipe
Protagonista das histórias que queres que eu participe
Sou a extensão de tua essência
Se mais incógnito que você não há
E se és plebeu demais para ser chamado de príncipe
Meu amor é teu,
E tu decide, mas peço,
Não vá!
Thaylla Ferreira Cavalcante (Voa, passarinho!)