Poesia de Luz
A Coisa normal no mundo é o fato das coisas serem estranhas.
Mas isso é um mal uso da palavra
Estranhos mesmos são aqueles que optam pela estranheza da normalidade.
Qual a graça da vida se tudo for comum ?
E de minha janela eu assisti tudo,
o brilho nascia junto com o Sol
e o sino indicava o rumo desse caminho;
vivendo de escolhas e acertos;
Estávamos escrevendo essas linhas, preenchendo-as de histórias;
Você me trouxe de volta a esse contexto;
Como um suave assoprar em minhas feridas;
Sonhando com um ser constante;
Eu juro, apenas feche os olhos;
E como um gigantesco ciclo isso sempre acontecerá;
Como ideias vazias tentando preencher um infinito branco
e todas as apagadas palavras recitadas no auge momento entre nós
Não existe coisas novas, existe coisas que já existiam, mas só reparamos agora. se algo novo é criado isso já podia ser criado antes só que ninguém havia pensado em como.
Nada é novo, tudo é velho e novo.
Loucura né? Por isso é divertido.
Destino? Quem sabe.
Ficar só não é opção.
As pessoas se machucam e mesmo assim insistem em formar relações.
Todo mundo precisa de alguém no fim.
Que estranho...
Carência ou Necessidade?
Alguém explica?
TODOS SÃO LOUCOS....
Se os únicos limites são os que nós mesmos aplicamos porque continuamos fugindo de nossas próprias escolhas?
Porque nos prendemos?
Porque não seguimos nossos próprios conselhos?
Porque corremos de nossos pensamentos e emoções?
Qual é a desse sistema louco conhecido como ser humano?
Qual o sentido de querer paz e usar guerra?
Se a sua vida é sofrida, se matar não garante apenas que toda sua vida vai ter sido sofrida?
Se todos tem potencial porque só alguns conseguem libera-lo?
Porque todos falam de justiça se só quem tem poder pode definir tal palavra?
Porque sempre julgamos os outros seja de forma consciente ou não?
Se nem tudo faz sentido porque insistimos em achar uma razão para tudo?
ALGUÉM RESPONDE?
Esse tal equilíbrio
Nossa vida é marcada por uma sequência de ‘estados de espírito’, sendo esses estados normalmente resumidos em “tristezas e alegrias” e que às vezes pulam de um extremo a outro assustadoramente rápido.
Fato é que nenhum desses estados dura para sempre e os dois acabam tornando a vida uma batalha constante para conseguirmos, hora, suportar os momentos ruins e, outrora, encontrar a beleza em valiosos momentos de alegria.
Viver é isso. Saber que nem só de tristezas consiste nossa existência. E nem só de alegrias. Felicidade é o nome que damos a um estado puro que almejamos para o amanhã, mas que talvez o vejamos passar por nós, todos os dias, desapercebidamente.
Gratidão
Quanto menos eu quero,
mais percebo o que eu já tenho.
Quanto menos eu desejo,
melhor eu vivo com o que possuo.
Mais é menos. Mais vida é menos ter.
É mais sentir, mais saber, mais ser.
Gratidão! A tudo e a todos.
Quer saber se alguém gosta de você verdadeiramente?
Tente perceber se ela te enxerga, se vê sua situação, suas angústias e suas emoções sabendo, por alguns momentos, se colocar em seu lugar.
Essa é a medida do amor, saber sentir o outro e se colocar no lugar dele.
A dor.
Quando ainda não a entendemos, ela nos dilacera.
Mas quando finalmente conseguimos entende-la, a dor só nos aperfeiçoa!
Você não muda com o tempo.
O tempo, o mundo e os acontecimentos mudam você!
Resta a você tirar o melhor proveito das lições que a vida lhe dá.
Felicidade
Tem gente que passa por ela
e não sabe identificar
Tem gente despreparada
que a espanta antes de chegar
Tem gente que abre a porta
e a convida para entrar
Quem vive para si, corre o risco de não ser feliz e de nunca ter ninguém, que queira viver consigo.
Quem vive para os outros, corre o risco de ser feliz com um amor,com um amigo,ou até mesmo, o risco de ser feliz sozinho!
Borboletas!
Sempre que posso, paro e fico a admirá-las ...
Voam sem compromisso por entre as flores ...
e pousam onde querem, com uma leveza sem igual!
Sem muito esforço
lembro de tudo num instante
Fechando os olhos dou um salto
e dou de cara com a felicidade
Ela sempre está a minha procura
e nestes breves instantes vem e me possui
Ela faz de mim o que quer
Me faz avançar e retroceder milhares de vezes
Ela nada faz para mudar
Vem de um jeito manhoso e conquista
Ela está sempre ali
Ela fica parada
nós é que não a vemos
passamos por cima
Fica dias e noites a nossa espera
Eu sempre que posso corro até ela
e mesmo que seja por um breve instante
me deixo envolver
me deliciando com tudo que tem para me oferecer
Ah felicidade
como é bom te ter em meus braços
Assim que eu tiver um tempo
Te levo de novo prá dentro de mim
Capim de saudades
Comprei frutas frescas
Correndo rindo, me levei de criança
E espalhei tudo pelo seu jardim
Penduradas uma a uma em mim
E as suas flores todas que eu vi lá
Abriram se como se eu as deixasse
Num cair de cada pétala, feito plumas
Roçado fino na solidão de espinhos
Dançando no vento em num “polir” do chão
Feito pensamento que desmancha...
De maços vagos me catapulto em anseios lúdicos
Enrolados como fumo de raízes de amor puro
E aquelas cores todas de no seu pomar e as folhas soltas...
Foi-se no tempo tornando-as ocres, terra nova que pousava
E aquelas frutas-eu que eras pra te aguçar
E morder me suculenta em matar sua fome
E foi-se temporada...
E agora da varanda daqueles seus sorrisos
Alegrava se uma saudade feita de um casal na rede
Dessas paixões de boa tarde
Delicado tempo venta porta de trás
Até me invade porta a frente
Capim de saudades
Travesseiros brancos
Macio feito suas coxas
Onde eu debrucei
e flutuei no dormir
Entre as nuvens do seu sonho
André Luz
Ela me serviu um café
Amargo e frio
Sem sorriso ou poema,
Disse que eu tinha partido
Não dividira o pão,
Nem me olham os tascos...
Um velho bolo insosso grudado
No céu da boca de pecados,
Sem doce, luz negra
Bom dia, tchau.
quando louco
puseram em mim um hospício
pessoas sãs
julga a imensidão
como indícios
sessões vãs
terapias
Agudos precipícios
em mim
em mil
toques míopes
medem 7 buracos minha cabeça
eletrificam cavas
odes a ironia
conselhos
pingo nágua
visto a vista
intercedo agonia
dando carinho
passarinho encanto
amago canto
então acho tudo
nem tanto...
Orus
Te incluo em minhas rezas
Recluso em preces verso
Todo meu tom de quem sou som
Me levo
E agora que não virei Deus
e adoro contrario de qualquer desejo
Maligno-ro me
E a cada cerimônia
Que um poema cria
Faço me de um pequena oferenda
Compondo me em liturgias
Asa da águia nos cubra feito casa
No Mundo do Samba
Que quando vai sua gente bamba
O Surdo quase mudo
Toca num ponto forte
Anunciando a morte
De uma vida de sorte
Tum de sambas
O silêncio vivo da Portela