Poesia de Lua
Somos mestres em rotular, qualificar, somos juízes, conselheiros. Sabemos tudo o que é de melhor para a vida do próximo, mas carregamos dentro de nós, nossa própria dor que não sabemos como curar.
Está certo que o homem é um animal gregário, mas o pensamento deveria ser individualizado. Nos importar com as opiniões alheias é o que tolhe nossa liberdade. Somos capazes de amar, de perdoar, de cair e levantar, mas quando as aparências entram em jogo, tudo isso se torna impossível e passamos a agir baseados em regras e padrões de conduta imposta por baratas tontas que não sabem o que vieram fazer aqui, o que vieram buscar.
Distorção da percepção. É dessa forma que vivemos, com a percepção distorcida. Nem mesmo sabemos responder perguntas básicas como: O que somos? De onde viemos? Pra onde vamos? Não temos a percepção nem de nós mesmos e nos achamos bons o bastante para julgar os outros. Decidimos em quem vamos acreditar e taxamos a opinião diversa àquela que escolhemos, como uma opnião mentirosa. Rótulos!
Encontra-se morto aquele que era imortal. O sangue verte incessantemente por dias a fio Enquanto o gelo derrete molhando o chão de vidros estilhaçados e papéis enrolados. A roupa suja e amassada se multiplica em torno de pedaços de madeira que já não servem pra nada. Acordo no escuro procurando respostas para pergunta nenhuma e tudo que encontro são restos de cerveja quente misturada com cinza de cigarro. O mel cristalizado já não adoça mais a vida e me obriga a vestir a fantasia daquilo que nunca fui, mas sou, ainda que apenas superficialmente. Visto-a, então, e sigo pela selva da obstrução em direção à liberdade que me aprisiona diariamente e eu, meio que inconsciente, sufoco meus dramas, piso na grama e viro engrenagem. Acordei de péssimo humor.
Ora, a felicidade é feita de instantes e não se pode mensurar o quanto ela vai durar. Temos que ser feliz agora, depois a gente tenta ser feliz mais um pouquinho, amanhã a gente tenta de novo, depois de amanhã é feliz por outro motivo, na sexta a gente bebe, no sábado toma um porre, no domingo vamos para o bar do Roberto, e assim a gente vai tentando levar uma vida feliz.
Balzaquianamente falando, esses sentimentos humanos, a ambição, a mesquinharia, a corrupção dos desejos, inveja, ciúme, desconfiança, a não aceitação dos erros, dos defeitos..tudo isso destrói as ilusoes. A concepção do homem, da sociedade, da arte, todos as altas ideologias..tudo se resume a meras ilusões. A confiança que se deposita, os amores nos quais acreditamos, a cerveja que em pouco tempo esquenta no copo... a brevidade dos sentimentos, sabores insípidos... A preocupação com a aceitação social é muito maior do que a preocupação com a aceitação de nós mesmos, dos nossos defeitos e, principalmente das nossas necessidades, dos nossos desejos.
Quero brincar, sentar no chão, andar descalça, contar piada... Quero poder ser imatura, pular na cama elástica, nadar na piscina de bolinha, gravar um vídeoclip horroroso de uma música horrorosa e morrer de rir depois, quero poder cantar errado e bem alto. Quero amigos tão inteligentes, mas tão inteligentes, que consigam ser idiotas junto comigo e rir das idiotices que os pseudo-inteligentes estão “inteligentemente” falando. Inteligente é ser adulto, mas conseguir ser criança quando se quer. Inteligente é não querer se encaixar em uma sociedade que está, claramente, doente.
É a hora então. Arranco do coração os sentimentos mais belos e divido-os entre a bailarina e o menino: a capacidade de amar, de perdoar, de admitir os próprios erros, superar obstáculos, suportar a dor, ser amigo, se deixar ser amado. Quero que fique com eles tudo de bom que aprendi nessa vida, os melhores sentimentos, mesmo aqueles que eu não tive maturidade ou não fui boa o suficiente para sentir.
Então é essa a sensação. Torpor, ampliação dos sentidos. A música me entorpece e não sei se acho isso bom ou ruim. Consigo escutar a dança da bailarina, encostar nas notas que saem da flauta do menino, suar de frio. O colchão me acorrenta e o chão me parece muito hostil. Ela me espera, ainda sentada no sofá. A bailarina dança e ela me espera. A morte me espera. Sinto sua mão fria estendida em minha direção e a imobilidade é minha única defesa. Tenho a impressão de que se eu respirar, morrerei. Mas se eu não respirar o fim não será diferente.
Sou de uma loucura constante de um erro não perdoado, de um amor incessante e de uma paixão inabalável!
Eu erro como qualquer ser humano, eu erro e aprendo com o erro, as vezes cometo o mesmo erro mais de uma vez, me arrependo novamente, esse é o ciclo, a vida é cheia de erros idiotas, cometidos a cada instante, mas o mais importânte é assumir o erro, isso é questão de carater, não é porque você erra que você vai deixar de ser uma pessoa do bem, é questão de princípios e até onde eu sei errar é humano.
Eu sinto estar cada vez mais próximo da felicidade, eu sinto mas ao mesmo tempo eu fujo dela, as vezes ela ta do meu lado, me chamando, sorrindo e eu vou la e corro pra longe dela, corro porque as vezes tenho medo dela, medo de que ela se torne forte o suficiente para me limitar a apenas ser feliz. Óbvio que eu quero ser feliz, mas as vezes é bom ter momentos ruins, faz com que as coisas não sejam tão faceis e isso me faz pensar, eu amo pensar e no momento em que a felicidade se faz presente eu entro em um novo estado mental, me bloqueio de pensamentos e ai parece que tu perde o sentido.
Para cada erro existe mil pessoas para julgar, para cada erro existe consequências a encarar, para cada erro existe uma razão as vezes oculta, para cada erro existe sempre a intenção de jamais errar... mas cada erro acontece para que possamos crescer, aprender, ser alguem melhor, se desevolver, então não chore pelo erro, pois ele não está nem ai pra ti, faça dele uma nova lição, para uma nova caminhada.
A mudança ocorre quando olhamos a questão em si por outros ângulos, de maneiras diferentes.Nesse momento há uma transformação interna, nossas percepções e conexões cerebrais se modificam, mudando nosso sentir em relação ao problema. Nos empurrando em uma nova direção.
Eu gosto mesmo é do abstrato......onde tudo pode...... onde nada se prende, a linhas e formas pré- existentes..... onde cada observador vê o que a beleza de seus olhos o permite enxergar.....
Nada contra a que gosta de "aparência" e academia, mas o que me enche os olhos é inteligência e sabedoria.
O ruim de associar músicas a pessoas, é que algumas pessoas as vezes acabam estragando sua alegria de ouvir a música.
Quando as mulheres se precuparem menos com o corpo e mais com a mente, pode parar o mundo que eu desço.
Temos que aprender melhor o significado das palavras......Explorar não é destruir.....explorar é descobrir...
Qualidades e DEFEITOS. Eis a questão! Porque quando os defeitos começam a aparecer as pessoas recuam? Será que não somos sábios o suficiente para usá-los a nosso favor? Ou será que somos tão hipócritas a ponto de não aceitá-los para nós mesmo? EU respondo por mim. "Somos humanos" demais para aceitar e conviver com a desigualdade e diferença, talvez um dia quando adaptarmos a nossa mente além da "humanidade", conseguimos talvez aceitar as diferenças, e aí vem aceitação desse tal de DEFEITO. Até lá, vou sendo resiliente a essa "humanidade".