Poesia de Lua
Olhar que rasga o infinito e se queda suave aos meus pés, como pétala prateada em minhas fases de lua.
Se me perguntarem o que é paz, talvez eu não saiba explicar. Mas, desconfio que seja um lago, com água tépida e serena, banhado pela sombra prata, de uma enorme lua cheia, com contornos orvalhados de um jasmineiro em flor.
À tardinha, quando a vida começa a bocejar, eu costumo debruçar-me sobre as pálpebras do infinito, para bordar sobre o linho da noite sonhos crepusculares com ponto cheio de estrelas. E assim fico, até que o mar fique todo enfeitado com essas pequenas flores luminosas e, a lua abrace o infinito com suas imensas asas de gaivota.
Por não poder estar conosco a noite inteira Deus nos envia anjos, seres de luz que nos acolhem sob as asas e assim nos mantém sob tua sua proteção até o nosso despertar.
Assim que se fecha a porta do dia ouve-se o bater de asas manso da noite, que como uma borboleta de luz pousa na crepuscular flor do tempo e abre as suas asas mágicas enchendo o céu de estrelas; enchendo os sonhos de luz!
O dia declina lentamente até tocar o silêncio do ocaso; local onde os sonhos dormem, onde a saudade fustigada pelo sol se esconde à sombra da noite.
Que a noite chegue com o descanso merecido, com a pausa necessária para recuperarmos as forças para amanhã logo cedinho começarmos um novo dia pleno de luz, paz e poesia.
As asas que protegem nossos vôos, durante o dia, são as mesmas que, à noite, sob a imensidão prata da lua abrem-se sobre nós em plenitude para guardar nosso sono.
Silenciosa a noite abre as longas asas aveludadas para aninhar o dia, cobre-o com seu manto de estrelas e, sob esse aconchego sereno e protetor ele adormece ninado por canções angelicais e o solfejar manso da lua.
Lá se vai o sol faceiro, distanciando-se no horizonte, abrindo alas para a noite, para a passagem da lua.
Sem que nos demos conta a claridade do dia vai se dissipando lentamente no horizonte e sobre a escuridão da noite a lua surge linda no céu enfeitada com a luz das estrelas, toda vestida de prata.
Os sonhos deitam-se comigo sob o manto prateado do luar. Acordo orvalhada de estrelas, com gosto de poesia na boca e o sol brilhando no olhar.
Perdoei as nuvens por terem-me confundindo, perdoei as estrelas por se apagarem na noite escura, perdoei a lua por ter se ido antes do amanhecer, perdoei o sol, por aquele dia não nascer.
"as pessoas deveriam agir como o sol,que mesmo ausente deixa seu brilho nos outros para levar a energia positiva mesmo na escuridão"
Não dá para ser triste para sempre. É melhor ser um pouco feliz com alguém, do que ser infeliz sozinho a vida toda.