Poesia de Lua

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"Queria dizer que sinto muito, mas não é assim que funciona, eu não sei ficar ensaiando coisas para te dizer, não sei como fazer esse sofrimento ficar parecendo "bonitinho", ficar dizendo que vou seguir em frente sem me lembrar do teu cheiro, da tua barba, do teu sorriso, ah... teu sorriso, aquele que me dar arrepios só de lembrar, que me faz dar aquele sorriso de canto de boca.
Queria dizer que não vou sentir tua falta, mas o que eu estaria fazendo aqui? tô falando mais uma vez sobre você, me lembrando mais uma vez de você. Cadê aquela última vez que eu disse que falaria de você? Que eu disse que aprenderia a viver sem você? Já faz quanto tempo isso? não me lembro, 1 ano atrás? Mas juro, vai chegar o dia que não lembrarei de você com tanta saudades, e quando esse dia chegar estarei pronta para viver."

Inserida por LuaBeatriz

Retrato II – Poema escrito em considerações ao Poema RETRATO de CECÍLIA MEIRELES

Eu era assim, como você
E nunca me vi tão longe do que já fui antes
Do que sou agora
Diga-me o que aconteceu com o tom
Do meu cabelo, da minha pele
A cor dos meus olhos já se apagara
Onde eu estava que não enxerguei essas mudanças?
Porque tive eu de fugir para não ver tais marcas?
Já me chamam de Senhora e me sinto tão invisível
Ao mesmo tempo que me vejo tão presente.
Como posso ter mudado tanto
E não ter morrido como sempre desejei
No memento instante, no tempo ausente.

Inserida por Bateforteotambor

Encanto

Presenciar tal beleza me arrepia dos pés à cabeça
Um olhar que parece me chamar para atravessar oceanos
Um sorriso turbulento
Ao mesmo tempo meigo, claro e lento
E esses cabelos enrolados que o vento conduz para a pista de dança
Sem se preocupar com o tempo
Nunca avistei nada igual
E encontrei no acaso aquele que fará da minha vida
Um eterno carnaval.

Inserida por Bateforteotambor

Leve e Quente –

Teus seios quente
Tua pele roçando a minha
Me deixa sem equilíbrio
Como é erógeno a curva das tuas nádegas
E me arrepia a alma
Passar a minha língua
Sob teu corpo
Venha minha amada
Deite-se ao lado daquele que treme de desejo
Ao avistar seu corpo despido
Renda-se ao nosso prazer
Como é celestial tocar-te
Firme, forte e com paixão.

Inserida por Bateforteotambor

Olhando para o céu

Volto-me sempre para dentro de mim
Tento olhar-me claramente
Sem embaraços
Às vezes o que eu vejo
Não agrada o outro
O que vejo no outro
Não me agrada
E estando sozinho
Não corro o risco de ser desagradável

Inserida por Bateforteotambor

Que vire pó- Poema escrito sob considerações da música MINHA MORTE de RAUL SEIXAS

Que vire pó e o vento leve
Toda mágoa, toda tristeza, toda dor
Que vire cinzas no cinzeiro
E o vento leve
Toda doença, toda fonte de morte
O câncer instalado na alma
Que vire poeira
E o vento leve
Toda mentira que nos cega
Toda gente que nos odeia
O mau olhado alheio
E que o pó levado
Alimente o vício de algum homem
Que como eu já experimentei do mais puro
Que as cinzas sejam queimadas
Depois de roubar a vida
Do homem que não conseguiu apagar o cigarro no cinzeiro
E toda essa poeira
Seja levada ao fundo do mar
Para guardar em segredo os altos e baixos
Que a vida nos dá.

Inserida por Bateforteotambor

Quando tua língua suave
tocou minha feminilidade
senti arder como chama acessa
tremer em tuas mãos foi único
me perdi no céu da libido
atravessei o oceano das sensações
e pra ser sincera amor
em um outro tal momento
pretendo repetir a dose.

Inserida por Bateforteotambor

É manhã!
Eu vejo como o sol sorri pra mim e sei que não é recíproco.
Estou tomada pelo enjoo da ressaca, e consequentemente perdi.
Perdi o que há de melhor para começar o dia.
A contemplação da manhã, do sol, do ar puro de dia novo.
Perdi!
Haverá outras manhãs, outrora, eu queria que fosse esta.

Inserida por Bateforteotambor

Tu estás mais frio
Que o meu café
Que te esperou
Junto comigo
Durante um dia inteiro

Meu cigarro
está apagando
E a chama que havia
dentro de mim
Parece se apagar
junto com ele

No ritmo do tango
Lamento

Sabe meu bem
Me embriaguei
Diversas vezes
Dei meu corpo a outros
Mas nenhum mereceu o meu fogo quanto você

Onde estás agora
Aquele a quem
Entreguei minha alma ?

Esta carta deixei
Antes de acabar
meu whisky

E assim parti para outra vida
A qual eu não carregasse
Junto de mim nenhuma dor

Eu espero muito
que não volte
Não quero que sinta
toda dor que senti

Queria ter te dado o último beijo, não foi possível

Na verdade
Não te esperei
A penas um dia

Já se passaram 10 anos
Desde a última vez que te vi

Com amor
Luísa

Inserida por Bateforteotambor

Existem mil razões pra se desprender,
Existem 7 dias pra depositar o desapego,
Eu te quis o dia inteiro.
E a lucidez chegou antes de eu imaginar perder - me lentamente por ti.

Domingo, encontro, amigos,
o pensamento longe.
Quero que vás,
quero que fiques,
quero permanecer,
quero sentir e
E sempre senti sozinha.

Assim desejo continuar,
Até encontrar uma razão para novamente amar.

Inserida por Bateforteotambor

Saudades de quando tudo era leve,
De conversas paralelas,
De como nos entendíamos.
Daí você olhou pro lado, olhou pro outro,
Resolveu seguir.
Ê laiá, a saudade aperta o peito,
Mas se te faz feliz desse jeito,
Eu aceito.
É assim, um dia um cresce e amadurece, no outro
A gente brinda de novo.
Aquele velho abraço de amigos,
Talvez fique pra mais tarde,
Talvez fique apenas na lembrança.

Inserida por Bateforteotambor

Minhas tardes não são das melhores,
Meus pensamentos chega a doer dentro da cabeça.
O estresse chega no auge,
Eu vejo então, as folhas caindo, o vento com pressa, e me sinto mais morta do que viva.
Invejo um pássaro diversas vezes, só por que ele tem a liberdade de voar,
Mas no fim da tarde, ele morre que nem eu.
Se não for pelas mãos do homem, morre pelo término cíclico de vida.

Inserida por Bateforteotambor

Teu rosto suave,
Suaviza minha solidão.
A imensidão do teu olhar,
Me encoraja a esperar.
Os teus lábios são doces,
Como o nosso amor.
Tuas mãos tocando meus cabelos,
Lembra - me Deus,
Tocando nossos corações,
Unindo nossa alma.

Inserida por Bateforteotambor

Sinto falta da época de criança
Quando tocava a música
Da formosa dança.

Quantas pedrinhas joguei
Em cima do telhado rachado.

Quantas gotas de chuva engoli
Pra molhar a garganta seca.

Hoje sinto falta
Dos tempos de alegria
Da inocência que um dia houve
Nesse coração machucado.

Inserida por Bateforteotambor

Isso vos digo, depois de um elo rompido.
Isso vos peço, após o chá da tarde.
Isso vos entrego, talvez tarde de mais.
Ainda assim tardio, arrependida estou.
Não valorizei o tempo entregue a mim, entregue a ti.
Não deixei que o amor, (ainda que esse mal colocado) me tocasse.
Entrego - te minha poesia, minhas mais delicadas palavras.
Peço - te o perdão, perante a dor da perda, (mesmo não tendo te perdido fisicamente).
Como foi possível que o amor paterno se rompesse assim ?
Pela dureza dos nossos corações, eu resolvi me render.
Eu quero o "herói" que toda criança diz ter.
Eu quero ainda que tarde, recuperar dia após dia o tempo perdido.
Quero com toda delicadeza e paciência, amolecer esse seu coração.
Eu sei, que por detrás dessa capa de espinhos, você é imensidão.
E o que vos digo no princípio,
Te amo!
Homem.
José.

Inserida por Bateforteotambor

Eu entregava flores a todo instante, e sempre me furava com os espinhos das mãos de quem as recebia.

Sangrava na maioria das vezes, então eu resolvi ser espinho por um dia.

Ninguém teve coragem de sangrar como eu sangrava por algumas mãos.

Ninguém me entregou nenhuma pétala se quer, só por medo de se machucarem.

Concluí que quem sangrava mais não era eu, era quem recebia as flores com as mãos de espinhos.

Pois sim, nem todo mundo está acostumado com um ato de gentileza.
E esse é um ato que não escolhe pessoas, é um hábito diário pra todos.

E eu? Eu continuo entregando flores, e resolvi não escolher uma mão sem espinhos, porque talvez um dia, de tantas outras mãos furar - me com seus espinhos, diante da delicada flor que vos ofereço, seus espinhos possam acabar - se.

Inserida por Bateforteotambor

Eu tive muita pressa de sobreviver,
de não me deixar submergir.
Queria chegar na superfície pra poder respirar.
Eu sinto que todo esforço que eu fiz não foi em vão, por outro lado,
foi um pouco inútil.
Às vezes não me sinto parte dalí,
às vezes sinto que não quero incomodar, não quero causar alvoroço por conta da minha aparência.
Eu admito que sempre fico na defensiva, e sempre quero me manter minha, sem me expôr.
Não sei, eu sou muito ar, pras pessoas quererem que eu seja terra, apesar de ter vindo do pó, o fôlego me orienta. Eu decidi voar.

Inserida por Bateforteotambor

Demorou um pouco pra entender,
que aquela sanidade que eu buscava
eu jamais iria ter.
O por que? Ah! Eu apenas quis ver as coisas de uma maneira menos lúcida.
Pois ver o caos do mundo
tirava minha paz.
Então eu reinventei esse mundo
da maneira que eu acredito
que ele deve ser.
E nesse mundo que eu reinventei
Havia sorrisos
Havia amor
Havia uma fraternidade
Uma compaixão
Um mundo sem inimizades
Eu queria chamar de mundo "perfeito"
Mas ele não era, por que no mundo que eu inventei na minha cabeça, existia dor, dores que se transformavam em poesias, e mesmo assim alguém era tocado
e no final de tudo,
Sorria.

Inserida por Bateforteotambor

Eu quis escrever mil versões sob mim
Eu quis me descobrir na multidão,
e eu era apenas uma
Queria ver o que tinha de diferente
no meu eu interior
Eu vi que eu não brilhava como a multidão
Eu vi que eu era um minúsculo grão
no meio daquela plantação frutífera
Eu entendi depois,
que eu era a única que estava descobrindo como é bom e estranho ao mesmo tempo, estar em sua própria companhia.

Inserida por Bateforteotambor

Me dizem que sou um ser humano
Que tenho vida
Que tenho braços e pernas
Me olho no espelho
E me vejo como os objetos do meu quarto
Que nada vê e nada sente
Permanecem no seu devido lugar.

Inserida por Bateforteotambor