Poesia de Desprezo
"Sempre que a luz da Lua recai sobre meu corpo, também recai escuridão sobre minh'alma.
A luz me faz lembrar teu brilho, me faz lembrar tua calma.
Quisera eu que, fosse tudo apenas uma coisa de corpo e não de alma.
O que fazer para não viver todo esse drama?
Como sair limpo de tudo isso, sendo que, você me joga na lama?
Na madrugada, a solidão, esfria a minha cama.
E tuas lembranças, meu peito, inflama.
Quisera eu, com palavras vazias, apagar essa chama.
Quanto mais eu tento te afastar da mente, mais minha mente, por ti, clama.
Tenho medo por nós, pois em algum momento, o coração, dessas batalhas, se cansa.
E o que poderia ter sido uma doce vida, se tornará apenas, uma amarga lembrança..."
"Pra você não importa se choro ou se sorrio.
Pouco importa se, em minha face rola apenas uma gota de lágrima, ou de lágrimas, um rio.
Sua indiferença se tornou meu martírio.
Meu refúgio, até minha calma e acima de tudo, meu delírio.
Por quê tudo isso, logo comigo?
Logo para com aquele que, ofereceu-lhe amor e abrigo.
É estranho, é esquisito.
Não entendo nada disso.
E mesmo ébrio, eu não sou capaz de fugir de tudo isso.
Quanto mais me bate a embriaguez, mais vontade sinto de estar contigo.
Nada me deixa mais bêbado, que a falta do seu beijo, onde eu encontrei um refúgio, um abrigo.
És covarde comigo.
Arriscaria eu dizer que, tal covardia, cometes também consigo, por não estar comigo, sendo feliz, sorrindo.
Eu corro e corro mais uma vez e ainda sim, não sou capaz de fugir de tudo isso.
As decepções já se tornaram um vício.
E quando as lembranças de ti, já não me causarem um aperto no peito, ai correra perigo.
Pois já não desejarei estar contigo.
O jogo de amarguras é um ciclo.
Então nesse dia farei com você, tudo aquilo que fez comigo..."
"E sabe qual me é o preço da saudade?
É lembrar-te, a cada fim de tarde.
É tentar apaziguar-me com as mentiras e engasgar-me com as verdades.
É sempre me perder em devaneios, imaginando você e eu, plenos de felicidade.
É ter na mente somente leviandades.
Pagaria qualquer preço, seja lá o mais caro, para não pagar o ínfimo da saudade.
No fim, minhas amargas e sinceras palavras, não tem nada de novidade.
No fim da noite, reside nas palavras, apenas um tolo apaixonado, tentando apaziguar as suas desilusões com palavras de serenidade.
Ainda sim, o faço com total esforço, como se funcionasse.
Como se tudo que eu lhe dissesse, de alguma forma te mudasse.
Tudo isso? Uma ilusão, nada de verdade.
O real? A ausência total de felicidade..."
"Já não sei porquê ainda recorro à ti.
Reflito sobre nós e me pego envolto em 'por ques' e 'ses'.
Nem eu sei o que eu fiz.
O que eu sei? Só quero você aqui.
Será que um dia voltará pra mim?
Uma hora vou abdicar das verdades e começar a mentir.
As mentiras que contarei? Já te esqueci.
Posso viver sem ti.
Já não me preocupo tanto assim.
Mentiras que, importam menos pra você do que pra mim.
Mentiras que, não conto pra você mas conto pra mim.
Infelizmente é assim.
Abro mão de todos os inícios para não ver o início do nosso fim.
Após todas as tempestades, como calmaria, estarei aqui.
Por ti.
Por nós, por mim.
Infelizmente, para o meu desgosto, é assim..."
"As minhas palavras me parecem vazias.
Suas atitudes, como sempre, evasivas.
Tento com todo esforço, aproximar-me, mas você se esquiva.
O que me tortura são as lembranças e as palavras não ditas.
Palavras que, por mais que eu tente, não podem ser escritas.
Sua frieza é minha cripta.
Onde jazem as lembranças da nossa despedida.
Talvez uma palavra a mais, poderia tê-la feito minha.
O meu pecado foi, ter feito do teu beijo, minha religião, menina.
O meu erro foi, ter feito do seu abraço, o meu abrigo naquela noite fria.
Amar-te daquele dia até o último dos meus dias, será a minha sina.
Espero que volte, algum dia, pra minha vida.
E transforme toda a tristeza em alegria.
E faça que eu não mais apenas sobreviva, mas viva..."
"Agora estou eu, desamparado.
Meus pensamentos, aos poucos, me tornam um homem perturbado.
Me estrangulam os sentimentos que eu deveria ter estrangulado.
Lembro do teu sorriso, sinto o gosto do beijo, fico desesperado.
Eu devaneio e torturo-me com as memórias de momentos que, se eu pudesse, teria eternizado.
Agora, suas doces lembranças, me trazem um gosto amargo.
No fim, minha única certeza é; Eu sou o único culpado.
Por ter um coração parvo.
Por, com excesso de covardia, ter lhe abandonado.
Por com nós, um dia, ter sonhado.
Por com ávida intensidade, ter lhe amado.
E no fim, por nas juras de amor, ter acreditado.
Hoje mais do que nunca é certo; Meu coração é um lacaio..."
"Me sinto perdido.
É quando o mundo já não tem mais graça que mora o perigo.
Eu só sobrevivo.
Pois meu viver você levou para longe, com o seu sorriso.
Não entendo nada disso.
Como posso ser feliz se só o sou quando está comigo?
E as juras de amor, era verdade tudo aquilo?
Sua indiferença é o meu martírio.
O que lhe digo são coisas do amor mas será que sabes o que é isso?
Em algum momento foi capaz de senti-lo?
E minha vida perdeu o sentido.
Pois perdi os teus abraços, que eram o meu abrigo.
Comigo eu brigo.
Por não compreender o que me foi acometido.
Da solidão, tento me esquivar, com afinco.
E nessas lutas pelas madrugadas a fio.
Me sinto perdido..."
"E hoje eu já não sei se é realidade ou uma ilusão.
Sei as verdades do meu mas, não sei as verdades do seu coração.
Existe amor longe dos seus olhos, do teu abraço, dos teus beijos ou do teu cheiro, minha paixão?
O que eu sei; longe de você só me existe solidão.
Creio eu que, não pode tudo ter sido em vão.
Foi o teu olhar que me tirou a razão.
É só no seu beijo que encontro minha calma e perco o meu chão.
Eu tento resistir mas, fraco que sou, caio na sua tentação.
No fim, se errei, o que me resta é pedir-lhe perdão..."
Em nome do poder, vemos pessoas corrompidas perpetuando covardia e injustiça, em total afronta à dignidade alheia.
Corrompe-se também aquele que, no auge de sua omissão, compactua com os impactos destrutivos de investidas tão impiedosas e tão desprezíveis.
As noites em
solidão,
cheias de paixão.
Os vestígios tem
cheiro,
do amor eterno.
Aos poucos
vem a morte de quem eu amo
e a felicidade de quem eu desprezo.
Apenas a parte conveniente lhes foi repassada. Aquela que lhes ensina a serem humanos na esfera moral, do que lhes é dito como certo e errado.
No que diz respeito a mim há poucas palavras resumidas, como se de nada valesse a não ser um péssimo exemplo aos homens.
Assim jamais esqueceriam de quem introduziu o pecado e a morte no mundo e dos perigos que existe em duvidar.
Eu pensei que tudo seria diferente
A unica coisa para mim era a distância.
Mas me dói em saber que foi em vao,
Não era a distância
Era o sentimento
Mas burro que alguém possa sentir
O amor em meio ao desprezo.
Me doi saber que criei expectativas
Me dói ter imaginado um futuro para nós,
Não sendo somente amigos
Me dói saber que nunca foi recíproco e nunca será.
Lágrimas rolam e escorrem pela pele,
Sem conseguir controlá-las.
Me doi.
Pensei que tinha te esquecido
mas vi que foi só um momento.
Nem sei eu que tempo parei,
mas sei que te reparei e me doeu.
Eu quis estar com você
Eu quis sentir o seu cheiro de novo
Quis sentir o teu carinho o teu abraço
que me fazia sentir segura.
Mas você se foi
Não sei para aonde, para qualquer lugar
Sinto metade de mim indo embora, para um lugar
que não sei mais.
Queria teu beijo e você me olhando e dizendo que estou linda
E eu acordando ao seu lado, apenas mais uma ilusão.
Aquele breve momento de nós dois
Somente nós
Eu odeio te amar, odeio te esperar
Sei que nunca será nós
Apenas eu.
Eu choro
Choro na solidão do meu quarto
Choro me sentindo sozinho
Choro mesmo tendo do outro lado da porta pessoas que me amam
Dentro de mim há um mar de tristeza e solidão
Dentro de mim há uma grande mágoa no meu coração
Fui abandonado por quem me fez
E fui acolhido por aquela que escolheu me amar
Incondicionalmente ela o fez
Mas eu ainda choro
Penso naqueles que me desprezaram
Dentro de mim, o meu coração ainda acelera, com a esperança de que um dia me queiram
Dentro de mim eu me odeio por querer que me queiram
Passei por infernos que só eu sei o que foram,
E ainda são
Passei por abandono, por desprezo e por rejeição
Vivo sofrendo, querendo ter aqueles que não me querem
E não consigo me satisfazer com o amor daqueles que me amam
Então choro por ser parcialmente culpado da mágoa do meu coração
Então choro por todo esse mar de solidão
Carta para Jesus,
Venho aqui, pedir encarecidamente, que destrua a minha vida.
Odeio viver e estou cansado de tudo.
Sei que é errado o que estou fazendo, mas não tenho planos.
Minha vó se foi e tive mais um casamento destruido.
Não tenho objetivos e não vejo sentido na vida.
Não me importo para onde eu vou.
Só peço que o Senhor realize meu sonho.
O ódio e o desprezo que tenho pela vida é muito mais forte do que eu.
O inimigo conhece meus pontos fracos e usa categoricamente.
Sei que estou condenado ao fogo eterno.
Mas só o Senhor pode me dar uma morte digna.
Não peço dinheiro, status e nem ascensão, só peço a morte.
O vinho
As tralhas perversas de uma mente humana
Rodeada de ideias, pensamentos que guiam a estupidez
Perdida em uma taça de vinho
Sentimento seco e amargo
Talvez deva bebe-lo gelado
Já viu algum elefante voar?
Impossível, assim como nossos devaneios
Nossas platonisses e nossos apegos
Alma impura sem destino buscando o óbvio
Mais uma taça?
De-lhe mais um trago e desabroche
Mas se segure a queda é alta
Talves um dia eu conseguirei mostrar a potência de um grito
Um grito sublime que ecoara pelo horizonte
Que chamará as massas
Um grito preso como o meu necessita ser liberto
Gritarei por todos os cantos
"Não temas que já temestes demais
Não chore pois já chrastes demais
Não desanime, não temos o que perder
Não temosmais a quem recorrer"
Me vê outra taça
Uma que talvez me desmaie dentro da mente que me ainda é sã
Mais uma por favor
Quanta liberdade tola, será que é mesmo liberto?
Ou sera que me perdi mais uma vez
"Fuja perdido! Nãos voltes"
Para que voltaria?
Pensamentos de devaneios e loucuras
Perdido num horizonte de eventos
Como um buraco negro
Suprimindo toda a força que rodeia
Sou casca ou flor?
Sou ego ou amor?
Alegria queimada que pede a ultima taça
Taça essa que irá me quebrar que irá me destruir
Destruido continuo
Sou igual uma barata, talvez que seja asqueroso
Talvez seja nojento
Meu sangue parece ser frio mas é quente
Maldita casca
Me viram como não era
E nada fiz
Hoje nada sou
Se sou, sou pequeno
Gigante mesmo é aquele que nunca amou
Ou aquele que amou e foi correspondido
Caindo eu vou mais um dia
Não demonstre às pessoas que você está sofrendo, pois elas adoram isso, e transformam em um troféu ou até em apontamento...
Quem não te conhece, não irá entender, quem causou tudo, irá simplesmente rir e debochar, e quem te gosta, já sabe e entende...
Pare de procurar algo que não quer ser encontrado e sim esquecido.
Portanto, se você é do bem, Deus sabendo, já é o suficiente.
Sinto como se algo rasgasse o meu peito, não sei explicar o que é.
É uma mistura de dores, vontade de vencer, ódio e amor, intensidade e desprezo.
Sou como um vulcão em chamas...
Pensamentos escritos em uma das melhores fases da minha vida. O ano era 06/01/1996
Meu amor antigo por você é passado
Mas me deixou ainda mais preso
Deixando-me também magoado
Junto com o maior desprezo
Agora tento me livrar desse pesadelo
Que me atormenta todo a vida
Me pondo a lhe fazer um apelo
Em que sempre perco a medida
O tempo se passou rapidamente
Agora tento colocar-me em harmonia
Em um silêncio por completamente
Longe de dor, desprezo e agonia
À mais pura vida gloriosamente
Em termos de pura nostalgia.
Renê Augusto
06/01/1996
Vivemos em um mundo de emoções!
Queremos amar, e ser amados!
Devemos entender, mas não somos entendidos, e sofremos com isto.
O nosso maior sofrimento e não entender que a raiz está encharcada e não pode respirar assim morrendo sufocada em seu próprio mundo .