Poemas e poesias sobre dança
A música celestial
e a dança do Hemisfério
sobre a Pátria Austral
estão ao redor de mim
de maneira sobrenatural.
Profundamente reconheço
igual como quem assiste
a um baile, lê um livro
ou até mesmo desperta
no meio da noite
após ter um sonho bom.
Há em mim a liberdade
igual a do Condor andino
que enfrenta a tempestade
e assiste o mundo todo
ruindo do alto do seu ninho.
Resistindo olhar um outro
curso do destino,
nunca parei de desejar
e nem de imaginar
como devem os olhos
que em secreto povoam
o desejo perpétuo que carrego.
(Olhos recatados que provocam
sonhos intensos de elucidação
no meu selvagem coração).
Ser a Poetisa dos ipês
deste Brasil profundo
que dança com as tradições
do Maranhão e se encanta,
assim serei eternamente
em nome de tudo aquilo
que mantém o amor imenso
e o nosso lindo País vivo,
para seguir dando graças
independentemente do tempo.
O Ipê-preto me distrai
com a sua dança
neste mundo sem esperança
em pleno Espírito Santo
que prezo e amo tanto
e eternizo nestes
meus Versos Intimistas
para ser recordado
muito além dos dias.
A dança poética e absoluta
da Ipeúna no Espírito Santo
inspira os meus Versos Intimistas
para escrever um caminho
com muitas flores, amores e poesias
para fazer valer todos os seus dias.
O meu passo é de dança
no ritmo do Ipê-róseo
da bela Minas Gerais,
Os meus Versos Intimistas
nada têm de transitórios,
Eles já ocupam imensamente
todos os teus territórios.
O meu coração dança
no ritmo do Ipê-roxo ao vento,
Você em Minas Gerais
não saiu nunca mais
dos meus Versos Intimistas,
do meu coração
e do meu pensamento,
És minha unção
e puro encantamento.
Bambaquerê quem
sabe um dia ao seu lado,
Bem gamada te aprecio
de longe neste Cará
bem dançado
para ser mais do que meu par,
e muito mais do que namorado.
Dançamos em Campos
na terra da Mana Chica
esta dança esquecida
do Rio de Janeiro,
Foi exatamente durante
o Balão Faceiro,
Que decidi ter para mim
o teu amor inteiro,
e ser o seu amor perfeito.
Neste Quero-mana
a alma vai
neste Bambaquerê
mesmo sem
entrar na dança
por nunca parar
de pensar em você.
Linda Tarija
na Rueda Chapaca
Dança animada
...
Tarija bela
na Cueca tarijeña
Coração poeta
...
Na Chacarera
em Tarija tremenda
Baila poema
...
Toda bailante
no lindo Escondido
Tarija meu destino
O vento ninguém segura
tal qual o quê balança
a Palma Real que retribui
com a sua bela dança.
A Palma Real traz o sinal
espiritual de Cuba
replicado na fé e nas artes
de toda amorosa Nação.
As folhas quando tocadas
pelo vento cantam a canção
feita sob medida pro coração.
Quem for atento perceberá que
não só Palma Real é capaz de cantar,
e que há música por todo o lugar.
Lua amável Lua,
é para você essa
que um casal
de hippies canta
e dança à espera
de uma carona
em plena estrada.
Lua amável Lua,
é para a Terra
que este casal
canta e dança
a paz e o amor,
da minha janela
pude ver a flor
nos cabelos
dourados da moça.
Lua amável Lua,
me diz quando
vai chegar a vez
de encontrar
o meu amado
mesmo que seja
no meio da rua.
Lua amável Lua,
você que anima
as festas e orienta
a rota dos ciganos
pelas estepes,
são com os teus
raios poemas
pelas minhas
mãos tu escreves.
Será que a dança do acasalamento realizada pelo pavão é também uma construção social?
Eis a questão.
Teus Detalhes
A lúnula dança em seus dedos,
uma lua mínima que esconde
o controle das próprias marés,
branca de silêncio e segredos,
como se as mãos fossem ninhos,
guardando sonhos que dormem
nas linhas de sua palma.
Em seu coração, quatro cavidades ressoam;
os átrios recolhem memórias,
enquanto os ventrículos sopram sonhos.
A aorta, em silêncio, germina,
levando o amor e o sangue às extremidades.
E, nesse compasso oculto,
cada batida floresce.
Nos seus olhos,
a luz se desenha sob as escleras,
em lemniscatas, um caminho sem princípio ou fim,
um infinito que repousa entre o tempo,
que envolve sem pesar,
um laço suave de ternura
que flui entre a glabela e a pele.
É tão leve, tão profunda,
como flor que se abre na espera,
desabrocha em silêncio e cresce no cuidado.
Sua beleza é quieta,
uma prece que o coração faz
sem saber que está rezando.
Por um momento de amor
Rozelene Furtado
Como a lua cheia dança no orvalho e em poças de lama
Como a chuva chega porque precisa chegar chovendo
Por uma lembrança acendo o desejo ardente da chama
Para reencontrar o elo perdido no manso envolvimento
Como o brilho da luz clara do olhar terno e apaixonado
Como a pureza e a candura das carícias das mãos macias
Por um suspirar do tempo dar todo meu amor ao ser amado
Mesmo que seja só por uma única vez cumprindo profecia
Como o anoitecer que vem pleno de secretos anseios
Como a música atrai os sentidos e ecoa a voz a cantar
Por uma labareda de muita paixão vou curtir sem receios
Mesmo que seja só por um instante de amor me largar
Como a essência vaporiza perfume na flor ao relento
Como a mão conduz a pipa nas planuras para vê-la bailar
Quero ser pipa e dar toda linha por um único momento
E nos seus braços me fazer de vento e voar até evaporar
**À Beira do Amor**
No crepúsculo dos meus desejos, tua silhueta dança,
Elusiva como a brisa que escapa entre meus dedos.
Em cada gesto teu, uma esperança se lança,
E em cada silêncio teu, morrem meus segredos.
Admiro-te, oh flor não colhida, em teu jardim secreto,
Tua voz, melodia que ecoa em meu vazio noturno.
Amo-te em um sussurro, em um mundo discreto,
Onde meu coração clama em um palco taciturno.
Mas oh, doce amargura deste amor não retribuído!
Como dói alimentar essa chama em vão,
Onde cada sorriso teu, para mim, tão restrito,
É um prelúdio de um inverno em meu coração.
No espelho das águas, minha alma questiona,
Devo navegar por este mar, ou novas terras buscar?
Talvez em outro olhar, a luz da paixão reabona,
Ou sob estas estrelas solitárias, continuo a vagar?
Ah, mas essa incerteza, tortura e guia,
Tece em mim uma rede de profundo ardor.
Mesmo no abismo da não reciprocidade, eu te queria,
Enquanto a esperança, em seu último fulgor, ainda clama por amor.
Então, fico à beira do amanhã, pensativo,
Entre a dor da paixão e a paz do esquecimento.
A cada aurora, o amor parece menos cativo,
Mas a cada crepúsculo, ele revive no vento.
Assim permaneço, entre o adeus e o eterno abraço,
Numa dança que oscila entre a luz e a escuridão.
Amor, esse enigma que desvendo passo a passo,
Decidindo se em tua ausência, ou em tua mão, encontro minha canção.
Na dança sutil dos corações,
O eco do desdém se desfaz em sutileza,
Como pétalas de rosa, delicadas e efêmeras,
A falta de consideração, um manto que se desata,
Em distância, em silêncio, em amor-próprio, se traduz.
Não envie mensagens ao vazio,
Pois lá, apenas o eco da solidão responde,
Em vez disso, reserve suas palavras,
Para aqueles que sabem ouvir a canção da alma.
Não desperdice sua vida em lamentos vazios,
Em amores que não sabem reconhecer seu brilho,
Aprenda a dar-se ausência,
Para aqueles que não sabem apreciar sua presença.
Não tema a perda das pessoas,
Mas sim a diluição de sua própria essência,
Ao tentar agradar a todos,
Perdendo-se em um mar de expectativas alheias.
Exclua, em silêncio, aqueles que não merecem,
Pois suas almas sabem exatamente o que fizeram,
Às vezes, cortar os laços é uma necessidade,
Uma libertação, um renascimento, uma verdadeira proeza.
Dizem que toda pessoa é a certa,
Mas alguns vêm para amar,
Enquanto outros, com suas lições árduas,
Nos ensinam a arte do próprio amor.
Que estranha coincidência é o amor,
Uma sinfonia que às vezes se cala,
Mas que ressurge, vibrante e etérea,
Quando encontramos a harmonia dentro de nós mesmos.
Assim, estabeleçamos limites saudáveis,
Afastemo-nos daqueles que não nos valorizam,
Pois priorizar nosso próprio bem-estar emocional,
É o caminho para encontrar a verdadeira felicidade.
Reciprocidade
Na dança suave dos corações,
Encontro-me em teus olhos,
Um espelho de sonhos e emoções,
Onde o amor se traduz em trilhos.
É na ternura do teu toque,
Que floresce a primavera em meu ser,
Cada gesto teu, um sonho que evoca,
E juntos, aprendemos a viver.
Como dois rios que se encontram,
Num abraço eterno de águas calmas,
Nós nos tornamos um só instante,
Duas almas, uma só chama.
Teu riso é música que me guia,
Teu abraço, o porto que me acalma,
Em cada dia, uma nova melodia,
Escrita com a tinta de nossas almas.
E se o tempo for nosso aliado,
Cada dia um verso do nosso livro,
Que seja eterno esse fado,
De amar e ser amado, sempre vivo.
ESTRELA D'ALVA
Sorriso que dança com a lua
Atraente e bela
Como estrelas cintilantes que lampejam raios de beleza
Sua presença viaja na velocidade da luz
Meus olhos com filtros capta cada partícula deixada por ti
Serena como madrugada
Destaque no céu tu és
Vem como sol após a chuva, e consigo a sua presença em forma de arco íris
Seus olhos é um amanhecer em meio a primavera
Arte bela, pois sois a própria tela pintada por Deus
Que sejas em meu céu, seu próprio universo.
Tempo ao Tempo.
A dança do universo
Em vinte quatro horas a terra girará em torno do seu eixo, a lua a seguirá.
O sol estará a bilhar. Noite e dia sem parar.
Os planetas do sistema solar seguirão em suas órbitas ditadas pelo sol.
Na Via Láctea, e em outras 2 trilhões de galáxias ( isto mesmo 2 trilhões, segundo dados coletados durante vinte anos pelo telescópio Hubble) , supernovas explodirão e buracos negros continuarão a engolir luz e matéria.
Galáxias continuarão a disputar forças gravitacionais.
O universo continuará sua expansão, iniciada com o big bang há 13, 7 bilhões de anos terrestres.
Pois bem, não importa o que façamos com o nosso tempo, com o nosso dia ou com a nossa vida. Não importa também
o que os humanos farão com o planeta Terra: a dança Universo, do espaço e do tempo continuará implacavelmente.
Em tempo: a do Multiverso também.