Poemas e poesias sobre dança
Vivo com respeito ao tempo
que ritmado dança o momento,
ao corpo que explana
as atitudes pelos poros a um olhar,
aos valores que se aliam
às jornadas idealizadas desde sempre aladas.
Na dança da vida, frágeis como a flor,
Buscamos a luz, noite e dia, sem demora.
Embalados por sonhos, sem temor,
Persistimos na busca, em busca da aurora.
Cada batida, um suspiro de incerteza,
Nossos corações de vidro, frágeis e à mercê.
Mas é nessa vulnerabilidade, com certeza,
Que encontramos a beleza que nos faz renascer.
Então, quebrando as barreiras da insegurança,
Reconstruímos nossos corações com esperança.
Na teia do amor e da vida em constância,
Descobrimos o valor da nossa própria bonança.
Dançar é a mais pura sensação de liberdade. Na sua dança não existe certo ou errado, apenas você, de corpo e alma entregues aquela sensação de voar por simples movimentos. A dança te leva para os lugares mais lindos que só existem em sua mente, seu pequeno universo.
Cada gesto seu é um sonho encantado, Uma dança sutil no palco da ilusão. Permaneço na plateia, imaginando, essa dança só pra mim..
Eu enamorando
Na dança sutil da existência,
Entre risos e sombras dançantes,
A vida se revela em sua essência,
Tece histórias, misteriosas e fascinantes.
Nos caminhos tortuosos do destino,
Desvendam-se segredos, se escondem enigmas.
Entre o efêmero e o divino,
A vida desfila, cheia de intrigas e estigmas.
Em cada suspiro, um instante efêmero,
Um fragmento do eterno em constante mudança.
A vida, discreta em seu mistério supremo,
Flui como um rio, em busca da esperança.
Nas entrelinhas do tempo, o amor se entrelaça,
A vida, poesia eterna, em cada alma que passa.
Na dança intricada entre o efêmero e o eterno, a morte não é apenas um fim, mas um eco que ressoa na eternidade da beleza que deixa para trás em um toque celestial ao ato final...
No vasto céu da liberdade,
O amor dança em harmonia.
Sem amarras, sem maldade,
Ele brilha em plena sintonia.
Corações livres, a voar,
Desvendam o infinito encanto.
Em cada gesto a se entrelaçar,
Amor e liberdade são um só canto.
Nas asas do amor, a alma voa,
Livremente pelos campos a flutuar.
E a liberdade, fiel companheira,
Faz o amor sempre se renovar.
Que juntos, amor e liberdade,
Inspirados na mais pura verdade,
Sejam farol de felicidade,
Neste poema curto de eternidade.
Na dança celeste, a lua brilha além,
Atraindo olhares, sonhos que vão além.
A mão estendida, em busca do esplendor,
Toca os céus, almejando o seu fulgor.
Nessa jornada, dedos se estendem sem medo,
Arranham estrelas no céu tão cedo.
A dor se entranha, marca da paixão,
Que desafia limites em busca da ilusão.
Ah, doce tentação no firmamento erguida,
Encanta os olhos, mas fere a vida.
O desejo ardente, a busca sem igual,
Rasga a pele, mas o sonho é real.
Nessa busca etérea, a alma se eleva,
Embora a dor, a vontade releve.
Porque no anseio por algo tão distante,
Reside a beleza do sonho constante.
A lua brilha além, além do alcance humano,
E nós, na busca, seguimos em profano.
Pois na jornada por algo sublime e raro,
Encontramos beleza, mesmo no árduo amparo.
Numa dança de afetos, o coração dança,
Emaranhado em laços, tece a esperança.
Amor, doce encanto, ora benção, ora maldição,
A dependência emocional, tece a ilusão.
Na teia do afeto, a alma se enreda,
Talvez trouxa, buscando o que se perde.
Entre suspiros e lágrimas, o coração se doa,
Às vezes, no amor, a razão se escoa.
Em dependência, a liberdade se esvai,
Cadeias emocionais, onde a alma cai.
Ser trouxa no amor, um papel desenhado,
Na peça da vida, onde o coração é ludibriado.
Mas no teatro do sentimento, há luz e sombra,
A dependência se desfaz, e a alma se sobressai.
Que o amor, soberano, cure a ilusão,
Libertando corações da trouxa paixão.
Um sonho não é realidade,
mas em teus olhos, ambos
se entrelaçam em uma dança
etérea. Quem pode dizer onde
termina o sono e começa a vigília,
quando nossos corações se se
tornamos pinceis que pintam um
quadro de amor? Nas sombras
da noite, nossos sonhos se
misturam, e as estrelas cintilam
como testemunhas silenciosas.
Pois é na fronteira entre
sonho e realidade que nossos
sentimentos florescem como
um jardim secreto, e é aí que
nossos corações se encontram,
transcendendo os limites da
existência.
Nas margens do Tejo a brisa dança,
Entre azulejos, a história avança.
Cantos de fado ecoam na cidade,
Saudade no peito, alma de verdade.
Do Porto ao Algarve, terra a vibrar,
Vinhos a contar segredos do lugar.
Campos dourados, sol a sorrir,
Em cada pedra, a história a persistir.
No falar macio, poesia a nascer,
Entre colinas, o olhar a perder.
Portugal, tesouro de encanto e cor,
Em cada verso, eterno amor.
A música cura a alma
A escrita cura a mente
A dança cura o corpo
E você, tem o poder de se autocurar !
DANÇA DO TEMPO
Vivo o hoje sem medo.
Minhas agruras são outras.
O passado ressurge.
Transformando a insegurança em flagelo.
Tenebroso futuro.
Medo da dúvida.
Vivo o hoje,
Com fobia do amanhã.
Mas nem sempre.
Só quando repiso o passado.
Pretérito trevoso,
Assombroso.
Fantasma que desvaira.
Transforma o presente.
De repente, lúgubre!
Medo efémero
Com hora marcada
Vivo naquele passado.
Vivo nesse presente.
Agora sem medo.
E vivo.
Esperando a próxima grima.
Mas vivo!
No palco da vida, breve jornada,
Cada alma dança, uma balada.
Efêmero é o tempo que aqui se tem,
Mas na essência da existência, há um além.
Não são anos que contam a história,
É a intensidade que traz à memória.
Na dança efêmera do respirar,
Encontramos razões para amar.
Não importa o relógio que tic-taca,
Mas sim a alegria que em nós se destaca.
Cada batida do coração, um compasso,
A vida, um poema que escrevemos em abraços.
Morreremos todos, destino comum,
Mas como vivemos é o nosso cartum.
No caderno do tempo, o que gravamos,
São os sorrisos, os amores que deixamos.
Que a melodia da vida seja intensa,
Que o amor seja a essência.
Na efemeridade do nosso viver,
A beleza está em aprender a florescer.
Na vasta página em branco, o verso floresce,
Literatura é a dança da alma que enaltece.
Palavras se entrelaçam, sonhos ganham asas,
Nas letras, mundos se criam, emoções trespassam.
Autores tecem tramas com tinta e papel,
Com rimas e metáforas, fazem do mundo um bordel.
A literatura é a lente que revela a verdade,
Nas entrelinhas, segredos de toda a humanidade.
No aconchego de um livro, encontramos refúgio,
Nas histórias, vivemos cada desafio e subterffúgio.
Da poesia ao romance, do drama à comédia,
Literatura é o espelho da nossa própria ideia.
E assim, as páginas viram janelas para o infinito,
Onde mente e coração se entrelaçam, bendito.
Na magia das letras, encontramos consolo,
A literatura é o farol que ilumina nosso solo.
Beirando a dança dos velhos tempos, às vezes se sentindo acariciado, às vezes rasgado. Beirando a dança dos velhos tempos, eu danço sozinho e você não me vê e não me sente, diz que deixou de me amar tão de repente, mas de repente eu ainda o amo escondido (você não me vê e não me sente, de repente, não mais que de repente, finjo amar menos enquanto carrego o tormento do meu próprio sentimento).
Beirando a dança dos velhos tempos, nossos passos já não são mais os mesmos, você culpa minha lerdeza mas sequer nota sua ligeireza, passos contrários não dançam a mesma música e seus pés amam a destreza de outro alguém (alguém mais cheio que eu, que não precisa ser preenchido por alguém composto por espaços vazios).
Beirando a dança dos velhos tempos, às vezes se sente acariciado, às vezes rasgado. Você me olha mas não me vê, encontro meu reflexo e ainda sou humano, você me enxerga e ignora. Beirando a dança dos velhos tempos, não vivo mais como um homem feito para te amar, beirando a dança dos velhos tempos, eu minto.
Criança é gota d'água
No colo da folha de taioba;
Dança , escorrega, desliza,
Brinca com a suavidade da brisa.
Aos poucos vai aprendendo
Que a brisa é o mesmo vento
Das tempestades da vida.
(Do livro: Contos e Prosas 2023)
SUA DANÇA SUA MELODIA- João Nunes Ventura-12/2023.
Que ela dança feliz no palco
Nos passos criança dançarina,
Desliza sua veste muito linda
Que amor o sonho de alegria,
Plateia aplaude e assim delira
De gratidão o coração suspira
Fascina sua dança sua melodia.
Na dança sutil entre sombras e luz,
A fuga se ergue como um véu fugaz,
Mas seu encanto é efêmero, ilusório,
Pois ao fugir, a alma se dispersa.
Quem parte carrega mais que seu fardo,
Leva consigo um eco de despedida,
Um eco que ressoa nos corações deixados,
Marcando-os com a tinta da ausência.
A fuga é uma coreografia de solidão,
Uma dança onde o vazio é o par,
E quem foge dança ao som do silêncio,
Deixando para trás um palco vazio.
No fim, as fugas são como poemas tristes,
Que desumanizam os versos da vida,
E quem parte, por mais que busque se esconder,
Deixa um rastro indelével de suas pegadas.
Então fique até ter coragem para permanecer e dividir as levezas, preencher os espaços para que o eco não dissipe ímpar as coisas não compreendidas. Deixe a tinta daquelas ausências insistentes escorrem sob os pés enquanto bailamos.