Poesia de Comunicação
Nunca a sensação de imensidão que os meios de comunicação
passam através das novas tecnologias, foi tão importante e valorizada pelo
homem, talvez porque esta sensação mexa com a vontade de plenitude. O
homem busca na própria vida a mesma plenitude da infinidade que nos
passam o alto do céu e o fundo do mar; a mesma infinidade que o navegador,
o descobridor e o aventureiro carregam dentro de si.
Temos que enxergar que, neste processo de tecnologia avançada da comunicação, se os interesses públicos chegarem ao fim
ocorrerá também o fim da cidadania, da historia e da memória.
As influências que as novas tecnologias de comunicação
oferecem é virtualização do real,
tornando-o mais imaginável, mais ainda agora quando, na Internet, podemos ter a identidade secreta que quisermos. Na tevê não havia essa interação, por não ser participativa.
Precisamos estudar o porque da mentira na conversação via
Internet, ou melhor, na comunicação por Internet feita pelas pessoas. O porque de ser tão parecida no campo das idéias com as estórias produzidas pela televisão, sendo que as próprias pessoas comuns que fazem e que criam arquétipos semelhantes aos galãs de TV, e o porque que continuam mantendo a necessidade de uma mentira para tapar os buracos do vazio do cotidiano comum.
Temos que nos questionar porque as pessoas têm a necessidade
da mentira, num meio de comunicação livre como a Internet. Ou porque
falsificar a sua realidade é tão importante. Até os próprios codinomes usados nas salas de bate-papo na Internet são, muitas vezes, retirados da televisão, tais como: Rambo, Mulher Maravilha, Tiazinha, Capitão América, Super Homem e etc.
Com a aquisição de meios de comunicação potencializados por
essas novas tecnologias, que nos levam onde queremos ir sem que
precisemos sair de casa, ou seja, tudo da rua para casa, do público ao
privado: o supermercado, a universidade, o banco e as diversões, como cassinos e outros.
O próprio processo eleitoral hoje, devido as novas tecnologias de
comunicação, torna-se cada vez mais conturbado, cada vez menos
democrático, porque estamos a cada dia mais elegendo o político mais bem
maquiado pela computação gráfica, pelos comícios eletrônicos ou pelo
marketing visual – virtual , ao invés de fazê–lo pelas propostas e pelos
programas políticos por ele apresentados, ou pela racionalidade que deveríamos exercer antes de votar.
Uma situação vivida de modo errado por falta de comunicação afeta muito.
Empatia existe, pena que não sabemos usar...
Fico nesse mártire e não desejo pra ninguém.
O fato da revolução dos meios de comunicação vir precipitando no planeta uma sintonia entre países, só imaginada antes em obras de
literatura de ficção científica, não esclarece ou mostra que as prioridades
políticas do século XX são de ficção científica também, nem que a modificação na relação tempo-informação muda a relação desenvolvimento sociedade.
As figuras de linguagem são instrumentos indispensáveis não só na comunicação como na aquisição de conhecimento. Quando não sabemos declarar exatamente o que é uma coisa, dizemos a impressão que ela nos causa.
Todo conhecimento começa assim. Benedetto Croce definia a poesia como 'expressão de impressões'. Toda incursão da mente humana num domínio novo e inexplorado é, nesse sentido, 'poética'. Começamos dizendo o que sentimos e imaginamos. É do confronto de muitas fantasias diversas, incongruentes e opostas que a realidade da coisa, do objeto, um dia chega a se desenhar diante dos nossos olhos, clara e distinta, como que aprisionada numa malha de fios imaginários — como a tridimensionalidade do espaço que emerge das linhas traçadas numa superfície plana.
Canal de Comunicação
Emissor > Mensagem > Receptor
Discernimento e Consciência durante toda a Troca Energética.
Não acredito na afirmação de que as novas tecnologias de comunicação trarão mais qualidade de vida e igualdade para as classes sociais, maior participação política ou melhor cobertura democrática; pelo
contrário, creio que as novas tecnologias de comunicação estão muito ligadas
à questão econômica – financeira , e de que toda informação é paga, se não
por via direta da técnica e dos meios, por via indireta do saber para se ter,
entender e criticar.
A infinita variedade dos meios de comunicação é redundante e não propicia o avanço da sociedade para direção alguma; sua influência é sinérgica, é corrompida pela obrigatoriedade de se ter altos índices de
audiência e publicidade.
O que se chama de “brega” ou “cafona” em um meio de comunicação, politicamente poderia ser traduzido por “gosto popular”. O
“gosto popular”, nesses casos mediáticos, é formado pelo vazio que se forma na esfera social por falta de propostas políticas com comprometimento de modernidade cultural. Esse tal “gosto popular”, portanto, é definido pelo mercado e não pelo povo em si.
A "mentira branca" é inofensiva, até enquanto não se tornar um hábito de comunicação.
Se virar hábito, ela confunde interlocutores com a mesma negatividade que uma "mentira suja".
Nenhuma forma de comunicação é tão honesta quanto a escrita, salvo a comunicação do olhar, das almas que se leem, só as letras comunicam das profundezas do ser.
Desde a intensa escuridão passando para a luz ou na penumbra, as palavras impressas dizem com clareza ainda que o leitor não veja o que está sendo dito com a alma para ouvidos surdos ou corações amargos...
Quando olhos iluminados encontram o tesouro que outrora foi datilografado, escrito á mão ou no teclado, contempla o texto, aprecia as letras e depois engole o sabor do outro..
É como se as novas tecnologias de comunicação criassem o pecado de ter menos sacrifício quando se trabalha. Como se as novas tecnologias entendessem de alma humana, despertando no homem o
sentimento de que o trabalho, cada vez menos, se identifica com o ofício de
“bater ponto” e, cada vez mais adquire o aspecto dionisíaco dos personagens
de livros, do cinema e da tevê.
A propaganda sobre as novas tecnologias de comunicação não promete, e nem tem como prometer que amanhã o ser humano terá sua casa própria ou seu emprego, ou qualquer outra prioridade social básica. O que a propaganda promete, e leva a sociedade a acreditar nisso, é que por meio
das novas tecnologias de comunicação a sociedade vai evoluir.
Abandonei a minha Tese de Doutoramento em Tecnologias de Informação e Comunicação em prol de uma causa de vida mais transformadora e elevada: a Comunicação Não Violenta. Escolhi o que faria mais sentido verdadeiro para a minha vida e a dos outros.
CNV — Comunicação Não Violenta
Sofro de expressão,
sofro de obsessão,
sofro de agitação,
sofro de comunicação ,
sofro de aflição,
Sofro fácil.
Sofro com a quarta dimensão,
sofro com a expansão,
sofro com a incompreensão,
sofro,
porque sou humano.