Poesia de Comunicação
A ironia é oxigênio, né? É o olhar de quem entende que tudo é um grande engodo, que a vida é um circo e que não existe dentro e fora da lona. Tudo é lona e estamos todos dentro dela. A ironia é uma reação inevitável em um mundo que navega sobre a espuma sem nunca mergulhar. Um mundo que se abstém do abismo. Toda arte verdadeira está impregnada de uma farta dose de ironia. E principalmente de um mergulho profundo no tal abismo. O resto é perfumaria.
Você jamais conhecerá alguém apenas por vê-la, para tal, deverá ser ela. Como isso é impossível, jamais a conhecerá. Você precisa ser uma ilha para reconhecer outra ilha; portanto, nada podemos compreender sobre algo enquanto for "aquilo". Desta forma, tudo o que em mim qualifico como verdade, é mentira em qualquer outro lugar e vice-versa.
E se passássemos menos tempo gritando no vazio e sendo inundados com gritos de volta - e mais tempo conversando em salas com aqueles a quem nossas palavras se destinam?
Vivemos em uma sociedade em que a mídia, que nós mesmos alimentamos, demostra o quanto não somos sociais. Retrocessos.
Tudo o que podemos fazer é colocar uma palavra nas mãos daqueles que colocaram uma palavra na nossa.
O jornalista deve estar aberto para todos, principalmente para aqueles que cujo a ideia você não concorda.
O silêncio entre nós era tão espesso que as palavras não eram ditas, mas compelidas através de sua densidade. Parei de tentar.
Todos tem liberdade de pensar mas devem ter muita responsabilidade ao falar ainda mais quando desempenham um papel publico representativo na cultura onde vive. Divagações pessoais em nada interessam a sociedade e o pior muitas das vezes desestabilizam por uma frase infeliz todo o trabalho realizado por muitos a bastante tempo. Em suma guarde para si as rudes palavras que ferem e maculem inocentes que na grande maioria das vezes, não se conhece.
São necessárias duas pessoas para contar uma boa mentira; uma para mentir e outra para ouvir de bom grado!
É verdade e é facilmente dito que a linguagem é material, e algo realmente se materializa quando alguém escreve.
Precisamos conversar e trocar experiências com os semelhantes para mantermos nosso equilíbrio psíquico e uma vida sustentável. O homo sapiens é também o homo communicatus.
Quando falamos e escutamos pouco, não somos notados; quando falamos muito e escutamos pouco, somos inconvenientes; quando falamos pouco e escutamos muito, somos misteriosos; quando falamos e escutamos na medida certa, dialogamos.
Quanto mais dependência e comprometimento houver numa relação, maior será a necessidade de diálogo contínuo e colaborativo.
Não basta apenas escutar, mas deixar uma percepção explícita e transparente para o outro que você está efetivamente escutando-o com atenção.
Diálogo é uma permissão para a troca, aprendizado, liberdade, autonomia, abertura ao outro, capacidade de separar a opinião de alguém da pessoa em si, flexibilidade mental para questionar se aquilo que foi dito faz sentido
As pessoas não pensam em termos de informação. Elas pensam em termos de narrativas. Mas enquanto as pessoas se concentram na história em si, as informações vão surgindo.
A vida seria muito mais interessante se pudessemos fazer todas as perguntas que quisessemos e esperar respostas honestas.
As sociedades sempre foram moldadas mais pela natureza dos meios que os homens usam para comunicar-se que pelo conteúdo da comunicação.
Palavras são sementes, Casiopea. Com palavras, você borda narrativas, e as narrativas criam mitos, e há poder no mito. Sim, as coisas que você nomeia têm poder.
Felizes daqueles que enxergam que nossos sonhos são a nossa verdadeira realidade. Felizes daqueles que conseguem sentir o universo e a se comunicar com ele.