Poesia de Comunicação
Podemos partir do ponto de que escutar o outro é despir-se de nós mesmos, é largar a obsessão com nossa identidade, suspender quem somos e quem é o outro. É claro que quando fazemos isso, podemos escutar desse outro coisas que não admitimos em nós. Ângulos que não conseguimos ver, perspectivas que queremos evitar, lembranças que a fala do outro evocam. Ou seja, para escutar o outro é preciso sair de nós mesmos, sair de "si". Esse "si" é tanto nosso material mais precioso quanto nossas defesas. É tudo aquilo que nos ensurdece.
É muito comum ver alguém sendo repreendido ou excluído de um grupo simplesmente por questionar. Um questionador, muitas vezes, é visto com maus olhos e este preconceito inibe um hábito fundamental para desenvolvermos o conhecimento. É preciso despertá-lo novamente.
Questionar é iniciar uma busca pela solução, por uma resposta que ainda não existe ou que não está sendo dita com clareza.
O questionamento tem o poder de tirar você da zona de conforto e impulsioná-lo em uma busca pela solução, além de estimular a sua capacidade de argumentação. Por isso, é importante entender que algumas crenças a respeito do assunto limitam a criatividade.
Humanização é uma das chaves. As pessoas estão cansadas de receitas prontas. Querem algo pessoal. Mais sensível. Uma linguagem mais clara e menos robótica.
Escutar é desconhecer-se, despir-se do conhecido e das inúmeras versões que fazemos e refazemos de nós mesmos.
Se os outros nos contam algo, tiramos conclusões; se não nos contam, também tiramos, para preencher nossa necessidade de saber e suprir a necessidade de comunicação. Mesmo que escutemos alguma coisa e não compreendamos, tiramos conclusões sobre o significado e depois acreditamos nelas.Tiramos todas essas conclusões porque não temos a coragem de fazer perguntas.
Quanto mais estiver alinhado ao perfil do interlocutor, mais qualidade de interação poderá se efetivar nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Inteligência comunicacional é a nossa capacidade de sermos flexíveis diante de diferentes realidades, situações e públicos com quem nos relacionamos.
Inteligência Comunicacional é a habilidade de dizer o que se quer dizer, a capacidade para entender exatamente o que o outro disse e a certeza de que houve total compreensão e boa vontade entre ambas as partes.
Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando.
A verdade é que só nos tornamos seguros em nossas convicções ao permitir que elas sejam desafiadas. Pessoas confiantes não se irritam com opiniões diferentes das suas...
A lição mais valiosa que aprendi como jornalista é que todo mundo é interessante se você fizer as perguntas certas.
Não escutarmos um ao outro diminui o que podemos alcançar e, dessa forma, também pode ser visto como uma falha moral. Nós não estamos apenas falhando um com o outro como indivíduos, mas também não prosperamos como sociedade.
As pessoas em relacionamentos de longos tendem a perder a curiosidade uma pela outra. Não necessariamente de uma maneira cruel; apenas se convencem que conhecem o outro melhor do que ele mesmo. Elas não se escutam porque pensam que já sabem o que a outra pessoa dirá.
A internet é também a democratização da burrice, onde pessoas muitas vezes vazias e sem conteúdo podem vomitar suas asneiras publicamente na tentativa de se comunicar.
" Educação não te dá só poder. Te dá liberdade para pensar! Te dá condição de competir! Te dá condição de crescer na Vida de uma forma muito mais completa! "
Com essa aceitação da subjetividade veio a diminuição da verdade objetiva: a celebração da opinião sobre o conhecimento, dos sentimentos sobre os fatos.
O nacionalismo, o tribalismo, o deslocamento, o medo da transformação social e o ódio de estranhos estão aumentando novamente à medida que as pessoas, presas em seus silos partidários e "bolhas" filtradas, estão perdendo o senso da realidade compartilhada e a capacidade de se comunicar através das linhas sociais e sectárias.
Passe confiança e ande com motivação ao falar com as pessoas, se deseja que elas confiem em sua comunicação ou entendam os seus interesses.