Poesia de Boca
Moça bonita.
Moça vendida.
Moça que trabalha de noite e de dia, rodando a bolsinha na esquina.
Moça que fica com a boca rosinha e com as pernas doidas do movimento intenso do ato que excita.
Queria sentir o seu cheiro mesmo que fosse os dos meus dedos.
Queria sentir o seu sabor mesmo que fosse o da minha boca.
Mas o tempo passou e levou tudo até mesmo as lembranças.
A poesia corta o poema
Partindo em fatias
Palavras e ações
O poema existe
Entre palavras desnecessárias
Formando frases mortas
Que saem da boca do homem
A boca e as palavras
Formam a unidade do poema !
Boneca
Saudades tuas a toda hora eu
tenho.
Por isso sempre aqui venho,
para ver se te encontro linda
boneca, para matar esse desejo.
Desejo de há muito te beijar,
de ao teu lado deitar, de amor
começar a falar, e contigo ele
viver.
Te beijar por inteiro, sempre
tua boca primeiro, depois pelo
teu corpo meus lábios correr.
Te sentir estremecer, buscar
de ti os mais doces carinhos,
te amar devagar, bem de mansinho.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras o Brasil
Membro da U.B.E
Eu odeio aparelho dental,
Eu odeio extração e canal,
Eu odeio o ortodentista,
Eu odeio sorriso de revista.
Mamãe eu tenho cáries, minha boca fede esgoto!
SOU SUA ASSIM...
A VOCÊ
FIZ-ME
A FLOR
COPO
DE
LEITE
PARA
DAR-TE
A BEBER
TODO
MEU
SABOR
TUA
BOCA
SORVEU
ATÉ
SENTIR
TORPOR...
Madalena de Jesus
(Cadeia de Mindim é um estilo criado por Luna Di Primo!)
Da ginga eu ginguei,
nas ladeiras doutro tempo,
miles de sonhos atinei,
mas vida correu depressa,
apenas com a poesia fiquei.
Saudades da Bahia, da Ritinha,
da capoeira que joguei,
daqueles olhos amanteigados,
daquela boca que beijei.
Uns dias atrás
Disse adeus à translúcida inocência de teus olhos... Ao toque bruto de tua boca e ao carinhoso afagar de tuas mãos.
Do teu amor...
Despeço-me.
Ser amor…
(Nilo Ribeiro)
Tocar teus seios,
não ter receio,
usar todos os meios,
não fazer rodeio
deixar-te louca,
beijar-te a boca,
despir tua roupa,
deixar-te rouca
fazer amor,
te dar amor,
morrer de amor,
“será mor”…
Única mulher…
(Nilo Ribeiro)
É você que eu quero,
nenhuma outra sequer,
é meu amor eterno,
é a única mulher
faço o que for preciso,
faço o que você quiser,
sem você eu não vivo,
é a única mulher
quero beijar tua boca,
teu corpo meu corpo requer,
quero despi-la de toda roupa,
minha deusa mulher
nada mais importa,
nem um desejo qualquer,
meu coração abriu a porta,
para você, a única mulher…
Teu beijo…
(Nilo Ribeiro)
Muitos beijos eu gastei,
que serviram de experiência,
mas foi no dia que te beijei,
que do amor senti a essência
todo beijo trocado,
só me fez aprender,
mas só depois de ter te beijado,
que eu descobri o prazer
a mudança foi percebida,
quando te beijei sem pudor,
foi o beijo da minha vida,
um verdadeiro beijo de amor
o mais significante beijo,
um ato de simbologia,
supriu todo meu desejo,
se transformou em poesia
ela passei a escrever,
ela é para te confessar,
que não quero te perder,
sem um dia te beijar
um beijo sem medo,
um beijo sem segredo,
um beijo transformador,
um beijo cheio de amor
o teu beijo eu clamo,
na poesia eu esclareço,
ALMA eu te amo,
do teu amor eu padeço…
Frio na barriga, coração na boca
Noite intensa, lagartas na parede, "piripaques"
Coração, loucura, na boca intensa,
nas pernas e barriga trêmulas...
Sonho, imagens...
É um extra-terrestre?
ET ET
ET dos meus sonhos.
És real?
Espero ansiosamente que abra os olhos,
abra os braços e a mente!
És real?
Espero-te entre os "piripaques"...
Na parede, coração louco como lagarta entre as pernas
na boca...
trêmula barriga.....
Ainda te espero na insana perna que treme
com imagens entre o coração e a mente.
Um tic tac ao longe lembra que o tempo passa
Lento, constante e ritmado
No abrigo da noite, na companhia
Do copo, da pena, do papel
Devaneio na madrugada
O gosto amargo é doce no final
Me consola como beijo
Deixado na espera da noite passada
Lamentos de horas vãs
Transcritos em versos desconexos
Palavras que dançam à minha frente
Como bailarinas desprovidas de rima
Criaturas noturnas despertam
E se deixam comigo compartilhar
Risos soltos, afagos e sentidos
Noite alta, estou absorvida pela magia da escrita
Alma alerta, desprendida
Um sorriso me vem e sorrio de volta
Nessas voltas um encontro
[entre tantos desencontros...]
Sentimentos enevoados
Deixados ao lado, cobertos, recobertos
Último gole... Dourado
Bolhas de sabor explodem na boca
Anúncio de finitude
De tempo necessário...
Sentados à mesa, cruzadas as pernas,
Cruzam-se os olhares...
O café, quente, queima a boca, cai na roupa,
Queima a gente...
Bebem-se aos goles, aos poucos,
Tão loucos...
Esses lábios
Boca firme ,
lábios carnudos cativantes,
parecem um coração falante,
que ficam fixos em mim.
Tenho desejo de os beijar.
Lábios fogosos, os sinto
em meu rosto, sobre minha boca,
corpo, como que prontos a me
amar estivessem .
Ao vê-los, perto ficam e se tornam
reais ao meu sentir
Roldão Aires
Membro da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Tua boca
Eu não quero tua boca,
Porque teus lábios são rubros;
Porque teus dentes me mordem;
Porque teu hálito é quente...
Eu não quero tua boca
Porque teus lábios são rubros
Feito a maçã criadora do pecado original
Que tem a glória e a virtude de ser um lindo pecado, de ser o nosso pecado!
Eu não quero tua boca
Porque teus dentes me mordem e fazem sangrar os meus lábios
Na exaltação dos sentidos
da carne se unindo a carne
Da dor bendizendo a dor
Na mordedura de um beijo
Na afirmação do prazer!
Eu não quero tua boca
Porque teu hálito é quente
e faz ferver o meu sangue,
Intumescendo as artérias
Que ficarão relaxadas no momento em que partires
Deixando um imenso deserto sobre
Noites sem miragens!
Eu não quero tua boca
Porque essa boca bendita..
Porque essa boca bonita
É tudo, tudo que eu quero!
essa noite eu tive um sonho maravilhoso,
sonhei com vc , sonhei com seus beijos ,
sua boca tocando a minha ,
sua mão tocando meu corpo ,
foi um sonho de amor tão gostoso que acordei
com sede de vc ........
Infância...Nosso Colo Na velhice!
Momentos da minha infância!
Da nossa infância!
Tão doce… Tão angelical!
E até os meninos que escolhíamos para namorar,
eram só de “boca”.
O que era só de boca?
Só falava, mas nem
encostávamos perto deles e nem eles de nós.
Mas sabíamos quem namorava quem(Risos).
E jurávamos amor eterno!
Coisa boa esses momentos,
que ainda hoje desfilam na iris dos meus olhos…
E buscam aconchego em meu coração.
Apesar de tantos momentos
vividos ao longo dos anos, esses marcaram mais.
E com certeza…serão o nosso colo na velhice.
Deito ao teu lado
Presto atenção nos traços delicados do teu nariz
Na tua boca vermelha dos meus beijos
E tu abres um sorriso que me vale o dia!
Ah!...como quero entrar o novo ano...
Numa expectativa de novos rumos.
De mudanças claras.
De brisas mais...bem mais leves!
Sem espinhos.
Não quero mais passar por caminhos de pedras e espinhos.
Já aprendi escolher caminhos melhores.
Mesmo que eu dê voltas.
Não preciso ir por caminhos retos.
Nesse ano par, quero encontrar o meu amor.
Aquele amor, que me envolverá em seus braços.
Que irá me dar o aconchego que preciso.
Que irá dá-me motivos maiores para sonhar e viver.
Eu quero sim...realizar meus melhores sonhos em 2014.
Ele é do amor.
Ele é casal.
Ele é par.
E se nada disso eu encontrar...
Devo entender...
Que não estou só...
Estou de braços dados com Jesus.
Ele me guiará em meus dias.
Pois independe do que venha acontecer-me.
Que eu agradeça muito intensamente.
Pois tenho olhos e vejo!
Tenho boca e me alimento.
Tenho braços...
Para dar a quem quiser um abraço gostoso.
Tenho meu nariz que aguçará o meu olfato para sentir o cheiro da vida.
E tenho pernas, pés...para me levar onde eu desejar.
Isso já vale muito estar viva!