Poesia de Boca

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Amar

Namorar é bem mais que um beijo na boca, um status para os outros ou um pedaço de prata envolta do dedo... Tudo isso é bem mais que um simples "eu te amo".
Namorar envolve duas pessoas, duas famílias, sentimentos verdadeiros, qualidades, defeitos, momentos bons, momentos ruins e a vontade de querer estar perto a todo momento. É o frio na barriga e o não conseguir deixar a pessoa se afastar de você. Isso é amar... Respeito, lealdade, fidelidade, tempo, dedicação confiança e principalmente SINCERIDADE...
Esses são os princípios de amar alguém.

Slá, só mais um café.

Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser -

se a luz é tanta,
como se pode morrer?

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Obscuro Domínio, 1972

Meu coração sangra
Minha boca sorri
Já os meus olhos, não mentem.
Mostram toda tristeza que há em mim!

Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.

Pablo Neruda

Nota: Trechos de "Poema XII"

Eu estou atordoado.
Seu corpo, seus cabelos
Sinto sede, falta de ar
Só sua boca para saciar.
Eu tento conter as sensações
Mas minha imaginação não deixa
O seu rosto, a sua pele
As tatuagens ocultas que me desperta.
A sua essência perfumada
Atrai o calor e alivia
Ao mesmo tempo que seus olhos hipnotiza.
Eu sei, pareço louco,
Mas logo verás
Que esse louco romântico
Será seu Amor e você...
O motivo de seus poemas.

Às vezes é preciso parar, desacelerar, fechar a boca, não dizer nada.
Ficar sentado em um lugar bem arejado, onde o vento possa bater no rosto e a brisa suave venha refrescar a alma cansada. É preciso ficar olhando por um tempo o céu azul e enfeitado com nuvens brancas como algodão. Ficar assim, sem fazer nada, sem pensar no ontem, nem no depois, e se possível, nem no agora.
É necessário respirar bem fundo e lentamente, perceber que tudo envolta é uma obra de arte bem trabalhada, e que está vivo é uma dádiva.

Sei

E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali
Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa

"Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno do tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha não escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha.

Me olhas, de perto me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam entre si, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de frangância obscura. E, se nos mordemos, a dor é doce, e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta, e eu te sinto tremular contra mim, como um lua na água."

"Eu poderia chorar de coisas assim:
Corre um rio de minha boca, corre um rio de minhas mãos.
Dos meus olhos corre um rio.
Na verdade sofro de excessos, que me dão certo vocabulário
Como derramar, escorrer, atravessar.
Tenho a impressão de que tudo vaza em sobras.
Tenho dificuldade em caber.
Pra caber mais, derramo por nada, derramo sem motivo.
Vou acalmar meu excesso pensei (...)
Palavras são estacas fincadas ao chão.
Pedras onde piso nessa imensa correnteza que atravesso."

Existe alguma coisa...
mas não entendo...
teus olhos não me vêem,
tua boca nada fala, teus gestos nada dizem.
Mesmo assim existe alguma coisa.

Existe alguma coisa nos teus olhos que não me vêem,
Existe alguma coisa na tua boca que nada fala,
nos teus gestos que nada dizem...

Existe alguma coisa no “coração do teu coração”
e esse é o motivo pelo qual não se diriges a mim de forma alguma.
Já tentei achar alguma resposta - mas não entendo
aparecem apenas mais perguntas.

Que existe alguma coisa eu sei,
Mas por que quero saber?
O que tenho a ver com seu sentimentos?
Afinal, por que estou escrevendo sobre você?

“Só sei que nada sei...”
não sei o que, nem por que, nem como...
mas teimo em dizer:
Existe alguma coisa.

Me agarre com força, rasgue a minha roupa.
Me devore. Leve a tua boca em lugares privados. Possua o meu corpo. Fixa seus olhos nos meus e mostre me o que você quer. Ou simplesmente faça de mim o que quiser

110, 120, 160 Só pra ver até quando o motor agüenta
Na boca em vez de um beijo, um chiclete de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway

Se depender de mim nunca vou fazer voc triste,
quero sempre ver um sorriso na sua boca,
e nunca uma lagrima descendo em direção a ela..

⁠Se eu ficar sozinho com ela, meu coração vai sair pela boca e eu vou morrer. Você tá a fim de me matar? E ainda se diz o meu melhor amigo?

(Takemichi Hanagaki)

Estranho
Você me beija e minha boca estranha
O seu carinho parece que arranha
O seu abraço é tão solto, não consegue me prender
Onde eu desconheci você?

Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive.

Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver.

Ela é um pote de cristal, tão transparente quanto, tão rico quanto. Mas um cristal que não sabe seu real valor, um achado no meio de tantos outros pobres potes que são apenas de vidro. Estes se quebram e são varridos como um objeto qualquer. Mas ela não, se ela quebra, é a tristeza de um cristal que se foi. E todos sentem.

Por um instante estive com esse cristal bem perto. Hoje sei a falta que ele faz, e embora alguns digam "tanto faz", eu digo que te amo.

Mika Pedrosa

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Caio Fernando Abreu.

Tudo que o diabo quer é colocar palavras na sua boca.
Porque ele sabe que na dele elas não tem nenhum poder.

Hoje eu acordei com o gosto da noite em minha boca
E uma leve sensação de ingratidão.
Sabe-se lá quem dormiu comigo.
Se foi a sombra de um Sim,
Ou o vulto de um Não...

Tua boca é isqueiro e meu corpo um barril de pólvora.

Teu corpo é fogueira que minha língua incendeia!

Tua pele é cobertor de seda, suavemente desliza sobre o meu.

Tua língua é uma bomba, que você usa, pra de prazer, me explodir.

Minha boca te devora, minha língua te enfraquece, sem ar você pede: para de fazer.

Desfalecendo de prazer você diz: Para um pouco, estou perdendo as forças físicas, está muito gostoso. (anh?)

Tua boca me escraviza, engole meus sentidos, cura-me a dor, me consome de prazer.

Meus pensamentos indomáveis obedecem você.

Minha sede de amar aclama por você.

Meu organismo tem necessidade de você.

Meu metabolismo alimenta-se de você.

Mesmo perdido, sem saber o que fazer, esse caminho, só me leva pra você.

Meu jeito de amar

Amo de forma louca
Não sei amar com calma
Só sei beijar a boca
Se sentir na alma

Só sei me entregar por inteira
A metade não me satisfaz
Só sei amar dessa maneira
Onde o amor não encontra paz

Sei dar carinho
Sei viver momentos de amor
Mas só segue meu caminho
Quem sabe conviver com a dor

Não gosto de contos de fadas
Não vivo uma ilusão
A realidade mesmo que amarga
Faz bem ao meu coração