Poesia de Boca
Toda vez que eu chamo por ela e a minha boca pronuncia “mãe” me sinto seu filho. Porque mãe é também o nome de Deus que vive nos lábios e o coração de todos os meninos. E pra provar que elas são sublimes nos dão dois presentes. Raízes e Asas. Raízes para nos mostrar qual é o lugar onde pertencemos, que a nossa família é o que de mais importante temos.E asas para voarmos pelo mundo, nos sentindo livres e capazes de fazer qualquer coisa.
Sopra no meu pensamento a eterna gratidão a minha mãe, eu sou um filho amado e isso por si só valeria a pena ter vivido até agora, porque nesse exato momento também penso naqueles filhos que não foram amados, porque todos nós se nascemos já fomos filhos e todo bebê precisa de um colo.
Para aqueles que não tiveram o colo de uma mãe, alguém que os protegesse e que mostrasse o quanto os amava só com um olhar a vida nos dá a oportunidade não de nos revoltarmos, mas de um ato grandioso...seja pai ou mãe e ame seu filho, com o amor nos temos o poder de concertar o mundo, a raça humana existe não para destruir, mas para amar.O ciclo da vida não pode ser detido.A alma retorna ao corpo até encontrar seu caminho definitivo.
Nem todos os filhos nascem de um ato de amor, nem todos os filhos são planejados, nem todos os filhos são desejados e nem todos os filhos são amados. Porque nem todas as mulheres entendem que elas têm o poder de gerar uma vida, e nada absolutamente nada na vida de um mortal é mais grandioso do que isso.E se não pudermos gerar filhos com o corpo podemos amá-los com o coração.
Meus filhos nasceram junto comigo, quando minha mãe me deu a luz, deu a luz também aos filhos que eu vou ter...
Seu gosto ficou em minha boca.
Seu rosto em meu pensamento.
E a minha dúvida é quanto de mim
restou em você.
EU vi teus olhos, tinham paz e não mentiam... teu olhar me dizia o que tua boca tinha medo de falar... mas eu entendi...
Eu senti tua mão sobre a minha e foi uma energia que a ciência ainda desconhece... se juntar toda a força do mar com a suavidade das nuvens, ainda assim não poderei descrever teu toque, me senti como uma folha tremendo nas mãos de um furacão...
Quando dançamos queria que fossemos como as ondas do mar, para que fizéssemos apenas isso... e tornássemos um só!!
O meu sorriso foi a forma que coração usou para dizer que encontrou o que procurava !! ”
Ela, que o pecado no olhar já era sedução.
Uma boca, um feitiço. E um beijo já seria crime, a menos que a vida deixasse.
Tua loucura, me trouxe a lucidez
Tua boca, me ventilou o ar que me faltava aos pulmões
Teu calor, me aqueceu
Tua jovialidade, tormou-me maduro
Tua maturidade, me deu segurança
Teu sorriso, semeou em mim a felicidade
Teu silêncio, foi mais expressivo do que toda proxilidade possível
Teu corpo, junto ao meu, pulsando ao ritmo do teu coração, fez o sangue ebulir em minhas artérias
As lágrimas, que deslizaram em tua face, me mostraram o que é a dor
O brilho dos teus olhos, me ensinou o que é o amor!
Ah! Beija-me com os lábios de tua boca!
Porque os teus amores são mais deliciosos que o vinho.
e suave é a fragrância de teus perfumes.
Vontade de fazer amor com sua alma
Despir seus medos
Alcançar o céu da sua boca
E me jogar dentro do teu prazer
Correr os limites do teu corpo
Cavalgar pela madrugada à dentro
Pelos caminhos que o amor me levar...
Rimas ricas
No céu da sua boca
Há um santo bem...
Que alivia meus males
Que controla meus desejos
Que desperta em mim estrelas!!!
No céu da sua boca
Há um gosto puro e doce
De um pecado perdoado
De uma reza inventada
Que não me deixa parar...
No céu da sua boca
Há milhões de diabinhos
Disfarçados de anjinhos
Que não param um só instante
Me fazendo delirar...
No céu da sua boca
Não existe noite nem dia
Não existem coisas de um céu comum
Mas há um deus de poesia
Que encaixa minhas rimas simples
Nas minhas rimas mais profundas
Num poema de saliva e amor...
No céu da sua boca...
Eu me perco no infinito
E me encontro se medo
Nesse nosso paraíso.
Empresta
Empresta as suas mãos
Pra eu sentir a vida
Empresta a sua boca
Pra eu fazer um beijo
Empresta o seu corpo
Para que eu possa renascer
Fazer um carnaval ferver
Empresta o seu olhar
Pra iluminar a minha festa
Empresta, empresta
E eu lhe darei o céu
Se for preciso
Empresta
Pelo menos o seu sorriso
O QUE É NAMORAR?
É muito mais que beijo na boca, um
pedaço de metal no dedo, um status
do Facebook ou dizer “eu te amo”.
Um namoro com propósito envolve:
duas famílias, obediência a princípios
bíblicos, sentimentos, qualidades,
defeitos, momentos alegres e tristes,
respeito, lealdade, fidelidade, tempo,
disposição, dedicação, maturidade,
compromisso, santidade,
conhecimento, crescimento,
edificação, aprendizado, preparo,
construção, cura e principalmente
amor um pelo outro e a Deus sobre
todas as coisas.
Pássaro
Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.
Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.
Meu doce Amor tu beijas a minh’alma/Beijando nesta hora a minha boca!”
(A Noite Desce- Florbela Espanca)
ESPIRITO TRANSFIGURADO
Minha boca está armada com presas,
Sou minha própria arma e fortaleza,
Minha língua é a caneta da eternidade,
Meu sangue é tinta e veneno.
Meus inimigos podem até correr
Mas vou caçá-los com fúria implacável,
Nada interromperá minha vontade,
Meu corpo escuro está fechado.
Sou fértil como Osíris,
Sou inteligente como Jehuty,
Sou imparcial como Anúbis,
Sou violento como Sekhmet.
Nenhum inimigo me vencerá,
Sou energia perpétua
E vou guerrear no Abismo
Incansável e potente.
Sou espírito transfigurado e intocável, nada me detém.
Permite minha ousadia
Se tua boca me desses
E teus lábios me beijassem,
Quem sabe, amor, não fizesses
Que nossos corpos se amassem.
Se a tua pele se entregasse,
Desinibida ao meu tacto,
Quem sabe não te levasse
A uma união de facto.
Se ao menos te permitisses
A aceitar o que proponho….
Talvez a porta me abrisses
E eu entrasse no teu sonho.
Te entregasses ao desejo
Me aceitasses com ternura,
E depois dum longo beijo
O arrepio da loucura.
Depois queimar-te na chama,
No fogo que tenho em mim…
Salta a fogueira, me ama,
Abre-te e diz-me que sim.
Entrega-te à fantasia
Na maior intimidade,
Permite minha ousadia
Deixa que te ame, à vontade.
Existe alguma coisa...
mas não entendo...
teus olhos não me vêem,
tua boca nada fala, teus gestos nada dizem.
Mesmo assim existe alguma coisa.
Existe alguma coisa nos teus olhos que não me vêem,
Existe alguma coisa na tua boca que nada fala,
nos teus gestos que nada dizem...
Existe alguma coisa no “coração do teu coração”
e esse é o motivo pelo qual não se diriges a mim de forma alguma.
Já tentei achar alguma resposta - mas não entendo
aparecem apenas mais perguntas.
Que existe alguma coisa eu sei,
Mas por que quero saber?
O que tenho a ver com seu sentimentos?
Afinal, por que estou escrevendo sobre você?
“Só sei que nada sei...”
não sei o que, nem por que, nem como...
mas teimo em dizer:
Existe alguma coisa.
Me agarre com força, rasgue a minha roupa.
Me devore. Leve a tua boca em lugares privados. Possua o meu corpo. Fixa seus olhos nos meus e mostre me o que você quer. Ou simplesmente faça de mim o que quiser
Às vezes é preciso parar, desacelerar, fechar a boca, não dizer nada.
Ficar sentado em um lugar bem arejado, onde o vento possa bater no rosto e a brisa suave venha refrescar a alma cansada. É preciso ficar olhando por um tempo o céu azul e enfeitado com nuvens brancas como algodão. Ficar assim, sem fazer nada, sem pensar no ontem, nem no depois, e se possível, nem no agora.
É necessário respirar bem fundo e lentamente, perceber que tudo envolta é uma obra de arte bem trabalhada, e que está vivo é uma dádiva.
"Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno do tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha não escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha.
Me olhas, de perto me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam entre si, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de frangância obscura. E, se nos mordemos, a dor é doce, e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta, e eu te sinto tremular contra mim, como um lua na água."
"Eu poderia chorar de coisas assim:
Corre um rio de minha boca, corre um rio de minhas mãos.
Dos meus olhos corre um rio.
Na verdade sofro de excessos, que me dão certo vocabulário
Como derramar, escorrer, atravessar.
Tenho a impressão de que tudo vaza em sobras.
Tenho dificuldade em caber.
Pra caber mais, derramo por nada, derramo sem motivo.
Vou acalmar meu excesso pensei (...)
Palavras são estacas fincadas ao chão.
Pedras onde piso nessa imensa correnteza que atravesso."
Sei
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali
Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa