Poesia Curta

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Vivemos tempos soturnos.
Tempos tristes...
Tempos rudes!
Tempos de louvação à morte.
Teremos tempo de ver mais humanos tempos?

Inserida por zatonio

⁠DIA DO MÉDICO

Médico tem função
amplamente social.
Trata o povo, devoção,
cuida de quem está mal.
Prescreve medicação
ao doente no hospital.

Inserida por RomuloBourbon

Não tenho medo da solidão.
Ser só em meio à multidão, sempre me trouxe um certo alivio. Nunca gostei de fazer parte das massas. Minha singularidade me permite ser o que eu quero.
Deus me livre desses olhares que julgam, condenam e crucificam.

Inserida por flavia_grando

⁠Lapida o poeta
palavras em estado bruto,
em desacato à crueza do mundo.
Arrancando orgasmos
com dedos de ourives.

Inserida por PalavraMotriz

⁠Seu coração está perdido?
Pra onde ele precisa ir?
Ah! pro amor
Eu sei onde é
Deixa que eu levo.

Inserida por santosmartinsoficial

⁠Que engraçado
O vento é criança
Só hoje percebi
Sempre ao lado das folhas douradas
Seguem brincando num pega-pega sem fim

Inserida por santosmartinsoficial

⁠A gente quer que o outro
Pegue o sol e o ofereça a nós
Mas nem mesmo nós
Somos capazes de oferecer isso

Inserida por santosmartinsoficial

⁠Dos três desejos
Que o gênio nos dá
Dou todos pra ti
Porque tudo o que
Eu desejei
Eu achei em você

Inserida por santosmartinsoficial

⁠O mundo prossegue,
Difere-se dele meu sentimento
O coração que te entregue
Se presencia alvacento.

O reflexo de meu olhar
Entrega também este vazio
O amor que viste pairar
Chora ao infinito um rio.

Inserida por Vivian678

⁠Não há sequer
Dentre tantos e poucos
Afável como tu podes ser,
Conquanto discordem outros.

Em tua risada,
Perdoe, vejo-me horas
Esta inquietação por tu causada
Desde teu olhar mais que mil auroras.

Inserida por Vivian678

⁠Eu não tinha reparado
que ele reparava em mim.

Eu não tinha notado o
sorriso largo;
A parede cor marfim.

Mas tinha reparado
nas tatuagens que
ocupavam seu braço,
enquanto ele se ocupava
em prestar atenção em mim.

Inserida por shayroiz

⁠HUMILHAÇÃO

Meu salário vale
cada vez menos,
apesar dos pequenos aumentos.

Mas como...?

…ou me divirto?

(Guilherme Mossini Mendel)

PASSAGEM II

O tempo nos passa.
Às vezes, até nos queima.
Às vezes, até nos estraga.
Quase sempre, nos endurece.

Recheamos o tempo
e ele nos enche.
Dominamos o tempo
e ele nos foge.

Observamos
a sua passagem
e, com ele,
vamos embora.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠SOBRE VIVER

O trabalho traz dignidade ao homem.
A gente trabalha para sobreviver.
APENAS sobreviver!
A vida fica pra depois.

Depois, vem
o cansaço,
as dores,
as dívidas
e as dúvidas.

E a vida fica pra próxima...

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠PASSAGEM

maldito relógio,
maldito calendário...
o homem organiza
o tempo
e calcula
a sua penitência.

***

passatempo, passatempo...
eu passarei, tu passarás
(às vezes, cedo demais).

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠VERBO(A)

Qual é a diferença
entre o verbo e a verba?

Nenhuma.

Pois só quem tem verba
pode usar o verbo.

***

Conjuga-se o verbo,
almejando a verba.
E o verbo,
que no princípio era “amar”,
torna-se a mais letal arma.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠TRÂNSITO

As pessoas desnudam
Sua real personalidade
No trânsito.
É por isso que ele flui mal
E há tantos esbarrões.

Dois egos não ocupam
O mesmo lugar no asfalto.

(Guilherme Mossini Mendel)

⁠O SOL ESTÁ LÁ

O sol está lá,
Ele sempre está lá,
Mesmo que anoiteça,
Chova ou tudo nuble –

Como se fosse Deus...

(Guilherme Mossini Mendel)

LÚDICO

A cobra cobra
Pelo fim da picada
O cobre cobre
Seu símbolo despudorado

A loucura cura
Toda angústia sem volta
O vencedor vence
Toda dor de tentar

(Guilherme Mossini Mendel)

LIGAÇÃO

o meu descaso com os outros
é excesso de caso com você

com você eu caso
e não descaso mais

(Guilherme Mossini Mendel)