Poesia Curta
Agora que a noite chegou
trouxe a saudade para mim
veio apenas em perfumes
de um suave e adormecido jasmim
" O rio que passa geme suas curvas
pilotando o infortúnio
primitivo, levado pelas correntes
desce a encosta e chora um véu
na ânsia de ser nuvem,
morre na praia
não sem antes
fertilizar o solo por onde passou...
Leve
A um bando me juntei
Por fim...
Voei.
Desprendi-me
Nas asas poéticas
Que criei.
Vai poesia
Rufle seus versos
Iça o poeta
Ás nuvens da inspiração.
Se no coração dela
Tu não encontras teu amor
Porque qual motivo então
Encontraria em uma garrafa destilada?
" Eu só queria dormir o sono reparador, colocar a cabeça no travesseiro e ter sonhos bons.Nada de agonia, agitação, dores. Eu só queria ser normal, como a maioria é, mas não sou
Sei que preciso de ajuda, só não sei de onde virá. sigo carregando minhas dores...
As borboletinhas
devem ser
flores com asas,
enfeitando o jardim
e o meu viver
Cada uma que esvoaça,
chega de mansinho
toca de leve o coração,
em puro carinho e
me faz sorrir,
lembrando você...
Saltitando,
coração aos pulos,
crianças sem preocupação
recolhendo da vida o melhor,
assim deveríamos sempre ser
em alguma parte da alma
e ali brincar livres, leves e soltos,
sem nenhum dever,
observando tudo ao redor,
para depois, novamente,
pouco a pouco...
crescer !
Eu nunca fui de amarras,
nós,
praticamente nunca trabalhei de empregado.
minha aposentadoria será o céu e seus limites
embora fiel respeitador,
não gosto de ser mandado
Sou assim, onde passo tento deixar meu melhor
onde encontrar paz e amor
ali permanecerei...
Sim, quero
a reticência do teu colo
no âmago liberto do teu olhar
por quê?
serei tua, sempre tua
se me conquistares...
A fera teceu o cio
calmamente rastejou
mirou o olhar
mordeu os lábios
e rugiu ardente
sob o fogo de mil estrelas
no momento sagrado
esvaiu...
" Eu sei da sua alma
menino levado, eterna criança
vou olhar para o céu e ver a sua estrela
aquela que você tentou
sonhar...
Sou como tempestade,
que vem do nada,
faz uma bagunça danada e quando menos se espera, acaba.
E aí vem outra vez,
num outro dia, talvez,
na mesma semana ou num outro mês.
Indomada e imprevisível.
Sem pensar no depois,
descobrir os defeitos,
o gosto, o jeito.
Atitudes e vicissitudes,
nada que se compare ou se invente.
Nada que se explique, só se sente.
Deixa o vento levar.
Deixa fluir.
Deixa estar.
Que o que for pra ser, ficará.
Aos poucos se conquistando.
Sem precisar provar nada a ninguém.
Até não sentir mais dor.
Por os pés na areia branca,
sentar no Arpoador.
Sem sentir saudade.
Se sentir em casa.
Se sentiu amada.
Moro em qualquer lugar,
desde que seja perto do mar.
Tão confusa olhando de cá,
tal retrato de saudade antecipada.
As pessoas não mudam,
elas só mostram quem elas realmente são.
E deixam saudades do que nunca existiu.
É uma vontade de gritar e fazer explodir a alma.
É um enjoar de tudo.
E não se contentar com pouco.
E é até por isso que escrevo.
Pra desabafar de novo.
Sabe, as vezes eu tenho medo.
Medo de me expor e de ser eu mesma.
Pois tanta intensidade, as vezes assusta.
Nadando num mar de pessoas rasas.
É meio difícil ser profunda.