Poesia Curta

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A minha Musa antes de ser
a minha Musa avisou-me
cantaste sem saber
que cantar custa uma língua
agora vou-te cortar a língua
para aprenderes a cantar
a minha Musa é cruel
mas eu não conheço outra

Era uma vez uma mulher que tão depressa era feia como era bonita.
Quando era bonita, as pessoas diziam-lhe:
- Eu amo-te.
E iam com ela para a cama e para a mesa.
Quando era feia, as mesmas pessoas diziam-lhe:
- Não gosto de ti.

De que armas disporemos, senão destas
que estão dentro do corpo: o pensamento,
a ideia de polis, resgatada
de um grande abuso, uma noção de casa
e de hospitalidade e de barulho
atrás do qual vem o poema, atrás
do qual virá a colecção dos feitos
e defeitos humanos, um início.

Hoje quero com a violência da dádiva interdita.
Sem lírios e sem lagos
e sem o gesto vago
desprendido da mão que um sonho agita.
Existe a seiva. Existe o instinto. E existo eu
suspensa de mundos cintilantes pelas veias
metade fêmea metade mar como as sereias.

Não quero essa mudez de condolências
a mim, a ti, ou só à terra
que tu e eu pisamos — e comemos.
Pergunto simplesmente se tu eras,
quem eras, e onde foste
depois que se fizeram quatro horas.

Há a mulher que me ama e eu não amo.
Há as mulheres que me acamam e eu acamo.
Há a mulher que eu amo e não me ama nem acama.

A HISTÓRIA DA MORAL

Você tem-me cavalgado
seu safado!
Você tem-me cavalgado,
mas nem por isso me pôs
a pensar como você.

Que uma coisa pensa o cavalo;
outra quem está a montá-lo.

Quero um poema que diga
Que nada há que dizer
Senão que a noite castiga
Quem procura uma cantiga
Que não é de adormecer

" Na primeira vez assusta
depois acostuma
tanto que ficamos exigentes
não é qualquer onda, que nos fará surfar novamente...

" Podíamos construir uma casa na árvore
e ficarmos toda tarde olhando o por do sol,
até enjoarmos, até dar vontade de descer,
até o nosso mundo de sonhos acabar...

Há tempos deixei para trás
o que nada me acrescenta,
e pouco, na verdade, acrescentou,
não gosto de inseguranças,
nem falta de boas atitudes,
se a paciência se esgotou
enterro logo o ataúde.

VIGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO


porque igual assim me pretendes
não quero deste mundo fugir
esta dor é um bem que me dói
puro desejo de potência é
nego por fim teu prazer fátuo
melhor viver a dor ousada

Teu Jazz

esses dias são assim
terrivelmente assim
têm nuvem, sol
e, às vezes, chuva

nesses dias
assim
terrivelmente assim
uma música sempre toca
e o coração se entoca

aqui
nem samba
nem bamba
só teu jazz
me traz paz

Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
E no centro da própria engrenagem
Inventa contra a mola que resiste

TRANQUILIDADE SENSÍVEL

Minha busca pelo momento certo em que a alma tenha a "tranquilidade sensível" para perceber a voz interior, vem na caminhada. O amor e o tempo são parceiros neste trajeto da vida humana.

SIMONE
(31.08.2018).

Minhas poesias me levaram ao mar. E as ondas trouxeram uma concha, no qual seu interior se encontrava uma perola. Dialogando com meu ser, perguntava: Afinal, que nome eu daria a ela...?

AMOR E VIDA
(07.08.2018)

A vida as vezes
Tem seus meios
Para dizer que
O amor é a essência
De qualquer descoberta.
Por isso vou seguir
Acreditando nesta força,
Sonhando sempre mais.

Bom dia ...
Feliz quinta-feira... com um café quentinho e perfumado ...
E um dia muito abençoado.☕☕☕

Intensa luz
inunda a natureza
em novo dia
num grande abraço
acalentando a todos
em harmonia
Estenda os braços
em direção à essa luz
respire fundo
sinta a plenitude da vida
faça valer cada momento
dando e recebendo
um bom dia!

NO MEIO DA NOITE
(13.09.2018)

Ao despertar no meio da noite,
Encontro com meus pensamentos
E minha alma inicia o processo
De resgate do sentimentos.
Tudo vem de maneira inspirada,
Cuja vida entrasse em harmonia
Com o universo, trazendo
Um pouco da calmaria.