Poesia Contemporânea
Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea, que não ouse comunicar à sociedade os seus próprios sofrimentos e as suas próprias aspirações, que não seja capaz de perceber a tempo os perigos morais e sociais que lhe dizem respeito, não merece o nome de literatura: quando muito pode aspirar a ser cosmética.
A nossa sociedade ocidental contemporânea, apesar do seu progresso material, intelectual e político, dirige-se cada vez menos para a saúde mental, e tende a sabotar a segurança interior, a felicidade, a razão e a capacidade de amor no ser humano; tende a transformá-lo num autômato que paga o seu fracasso com as doenças mentais cada vez mais frequentes e desespero oculto sob um delírio pelo trabalho e pelo chamado prazer.
(Admirável Mundo Novo)
Identidade Contemporânea
Sou,
ser incompetente
crítico absoluto
e cínico
Também sou
improvável, egoísta,
insuficiente,
e transparente
Aprendi ser
medroso, inseguro,
e infeliz
dentre,
insatisfeito, indiferente,
os desatinos da sociedade
concluiu-me sonhador.
Contemporânea como as obras de Michelangelo
Você fascina qualquer um com esse teu sorriso de Monalisa
Pintada a óleo, seus olhos me encantam
É como olhar para a noite estrelada
Eu gosto de arte, você é artista, uma obra prima
Você é o meu poema preferido
É como algo que não pode ser visto, uma pintura que não pode ser pintada
A minha fase dourada é a mesma que a sua
Sem nenhum estudo prévio, faço-me teu
Perdoa-te, com tanta grandeza some
Aparece girando como girassóis de Van Gogh
Talvez não seja o fim
Há uma saída por onde entrei
A luz que ascende é você me guiando
Você está reagindo de um jeitinho muito bonito
Picasso a esculpiu
O meu guarda roupa está completamente com o seu cheiro
Indiretamente é você quem me tem
Cresça sozinha, não dependa de obras de pintores para ser uma obra de arte
Você é o conceito mais lindo
A obra mais adorável de se admirar
O poema mais lindo de se ler
A coisa mais graciosa de se amar
Esses dois dias que,
Eu tô conversando com amarelo,
Nossa parece uma amiga,
Tem ciúmes dela,
Se você tiver compromisso,
Eu também quero conhecer Maceió,
Mas parece que ela tá morando entende?
‘‘Receio que haja multidões como Judas na igreja contemporânea. Eles têm uma atitude amigável em relação a Jesus. Parecem e falam como discípulos, mas não têm um compromisso com Ele, e, portanto, são capazes do pior tipo de traição.’’
Na Idade Média, os mais belos eram os mais gordos. Na Idade Contemporânea, o oposto. Em que época o interior se tornará a beleza extrema?
O autismo em si é uma super genialidade contemporânea distante de nosso atual entendimento logico e compreensão linear, aos poucos novas interpretações viram assim como novas tecnologias que revelaram mais sobre este tipo especial de luz focada da mente pois ainda tem muito a ser descoberto.
Existe mais vitimas, depressivos e injustiçados na moderna sociedade consumista contemporânea global do que algozes, despóticos e autoritários.
Governos ditos democráticos são aqueles que descobriram na dita democracia uma forma contemporânea e bem mais inteligente de ditar. Sabem eles que democracia é ditadura sorridente: Dá cordas para o próprio povo ir ao cadafalso e cala os artistas e intelectuais que adquirem fama e fortuna se tornando mártires de uma grande causa popular. A democracia, em suma, é a dentadura do regime ditatorial.
Navegando em Meio ao Caos
Por trás de telas vazias
Um mundo que me assombra
Eu vejo mentes tão frias
Por entre corpos sem nome
Então eu tento esconder
Meu medo entre os escombros
Do que se diz poesia
Contraste ao peso nos ombros
Por meio a mares bravios
Do que se diz imperfeito
Encontro um barco tranquilho
Em meio ao caos do meu peito
Então eu me reconheço
Ancorado ao meu mundo
Eu busco fugas falidas
Encontro a paz momentânea.
Circule pelo mundo como se fosse dona dele. Comporte-se como quem conhece o mundo todo e soubesse segredos de todo mundo.
Os vitorosos agem assim. Só que no caso de mulher preta, isso não é golpe.
A poética da arte contemporânea desafia a tradição superior de valor atribuída à arte.
Lilian Morais
Estamos num tempo de alterações aceleradas e a mulher contemporânea se transforma na velocidade da luz. Estamos na era da mulher cometa e ela anuncia um rastro de importantes transições semióticas de sua figura.
O símbolo da mulher frágil que caminha docemente até o altar, onde à espera um príncipe idealizado, sinaliza sua reconfiguração. Esta mesma mulher acena que está com um pé no altar e outro no acelerador do carro e do coração.
Luzes, câmera, ação. Travessia. A mulher questionou, tirou o gesso, escafedeu-se do forno e do fogão. Ou não. Não importa. O que importa é a consciência do poder de decidir e transformar.
É jogar pela janela o lema: parar pra pensar, nem pensar, pois é preciso pensar para recriar-se. A mulher comunica através das pontes que ergueu e ainda desenhou um mapa para a interpretação de sua mensagem.
Ei-la: a que conseguiu construir ao longo do tempo um novo significado que atualizou a evocação de sua figura. Recriou a semiose de sua imagem. A mulher de grinalda e guirlanda de flores do mês das noivas dá o tom, acerta o passo e o compasso de sua vida.
Ela comete, descompassa e passa se quiser. Com cor, ação e de coração. Ousa, avança e assusta. E o homem fica sem saber se grita, aplaude ou abre a porta do carro.
Estamos diante da imagem feminina que semióticamente evoca o quê? Flor de laranjeira, macieira e poder de decisão. Que faz eira; inventa beira, de salto alto ou simplesmente descalça de pé no chão.
(risos)
Nossas conversas são contemporânea.
Nossos encontros são Clássicos
Nosso relacionamento pode se dizer que é uma mistura de hip-hop com opera.
(risos)
Eu sou como as ondas do mar cada vez que me aproximo vou com mas intensidade com mas força.
Você já se parece com um lindo lago calmo e tranquilo encantando a qualquer um que pare para observa mas é por baixo dele que se esconde seus mais lindos e obscuros mistérios.
É nessa Mistura de Nando Reis e Cassia Eller que levamos a vida.
(risos)
A roda contemporânea
Em um contexto de grande industrialização, globalização, o homem não se sente totalmente satisfeito com as técnicas mais avançadas, pois elas não respondem as questões existenciais mais profundas do ser humano. Isso sem contar aqueles que estão privados de tais avanços, que criam novas espécies de analfabetismos, como o digital e o tecnológico. O Papa Bento XVI fala que vivemos em uma ditadura da técnica, tudo tende a ser altamente mecanizado e informatizado. A tecnologia não é nem boa e nem má em si mesma, dependerá sempre de quem está no controle dela. Paradoxalmente, quem acaba por estar no controle é a própria tecnologia, eleita pelo homem contemporâneo a solução de todos os problemas da humanidade. Ironicamente, essa tecnologia, acaba se voltando contra o próprio homem. A necessidade de tudo informatizar e mecanizar acaba gerando múltiplas exclusões de demanda humana no mercado. Se a revolução copernicana foi caracterizada pela supremacia do sujeito em relação ao seu objeto, hoje ocorre a olhos vistos a revolução tecnológica, na qual a tecnologia desenvolvida pelo homem assume o lugar do sujeito e o homem passa a ser seu objeto. Muito pertinente e oportuna é a tese de Adorno e Horkheimer na qual o Mito se transforma em esclarecimento e o esclarecimento se volta ao mito. Quando o se tenta desmitologizar a natureza, essa forma de esclarecer acaba por se tornar mito novamente, grosso modo. A contemporaneidade tem se pautado muito nesses aspectos.
Há duas tristezas comuns na sociedade contemporânea.
Uma é a separação dos amantes. A outra, a união dos que não se amam. Penso que a última seja pior que a primeira.
Porque nesse último caso, temos a vitória da conveniência sobre o amor, da carência sobre a esperança, e do medo sobre a fé.
Contemporânea
Enternecida, eu, por olhos de doce acentuado
Ainda em sua 14ª primavera, avistada orquídea
Assentou a mim, em mim, atingindo em fundo...
Pandora torácica, que reside até nosso tempo corrente.
De cada anelado de sua floresta, palmilhavam meus dedos
Sua emancipação me enclausurar, por bem querer meu
De terna paixão a eterna afeição, perfilhada como fascínio meu
Magnetismo, guarde consigo imorredouro retorno, já nosso.
Peço vênia aos teus sentimentos.
Como fui mentecapta, não equivalho a culminância
Que te cobre, te denota, de coração, não de mente…
Ocupada de feitiços de seu cabalístico corrompimento.
(@_bahhgarcia)
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