Poesia Completa e Prosa
Nunca se engane, estar vivo é estar com os outros e dependentes entre si. Somos as tramas que se misturam para tecer a vida. Cada um veio a este mundo cumprir sua meta e para isso depende do outro. Não se faz uma guerra sozinho e viver é lutar sempre, cada qual em seu caminho, fazendo o que consegue, pondo um tijolinho a seu modo na construção que irá beneficiar a si mesmo e aos outros.
A chuva companheira se anuncia e gotas finas caem sem pejo sobre a paisagem e sobre os que estão desprevenidos. Junto à brisa as gotas dançam e se acomodam onde são empurradas, tecem colares nas flores e as enfeitam ainda mais. A chuva calma traz só benefícios à natureza em geral e às pessoas.
Exato, tchê. É uma sinuca de dois bicos, é uma tacada de dois legumes. Faca e queijo na mão, berinjela, goiaba, chanflis, toco y me voy, não se passe, venha com você agora toda a virtude que nunca percebestes que o caminho é sem fim desde aqueles momentos que tu viestes ao pranto sem saber qualquer virtude que nunca te acontecestes até tu sentir o que se passa pela tua cabeça porque tu nunca usastes um filtro solar nem um boné. O sol te pegou, a vida garrou, você fumaste, bebeste, saíste, e nem pensaste em trabalhaste porque o trabalho de certa forma te consumistes sem saber o que pensastes da vida. A vida que é uma vida só, que não pega e não passa, não vem e não laça, o laço vem, o laço materno, umbilical, cordão umbilical, cortou no nascimento mas tu ainda guardas o cordão do teu filho num armário porque tu achas que algum dia tu vai ser primário pra achar que o leite materno vai te salvar. Oxalá, passa pra mim, vem, toque y me voy. Traz pra mim de volta a previsão, previsão que pra mim virou apenas uma previsão de vida que já tem um fim. Então eu digo aqui que eu falo do tempo, previsão do tempo. Tempo chuvoso, as vezes sol, as vezes nublado, as vezes com granizo, as vezes seco, as vezes frio, e a vida é assim. Por isso que eu digo que a previsão do tempo é sem fim, mas tudo tem um fim, tchê. E o meu fim chegou, e assim eu vou. Nessa vida que vai ser muito notório, e o pior é que agora com o covid não vai ter nem velório. Então, eu me despeço e dou tchau. Tchau, tchau, tchau.
quando a saudade me visitar nos idos do tempo e nas desoras da noite, ouvirei o silêncio que trancafia as lágrimas entaladas na garganta da memória, irei bendizer pelas ditas e pelo suor derramado, adornado pela beleza da grandiosidade dos seres que junto a mim divinamente cintila como o arco-íris e religiosamente, quando a saudade me visitar, fecharei os olhos na gratidão do guerreiro já no ocaso de seu labor para que reste um pouco de lágrimas e o que escrevemos na história... Ah se mais uma vez a saudade me visitar...
Por tudo que a realidade não mostrou, sobraram-me os sonhos. De lá, trago-te pra mim, e nenhum tempo tem a força de arrancar tua presença. As horas se alongam e os dias lentamente atravessam a noite vazia, tomada pelo silêncio da lua. Se a distância faz a rima, tua imagem declama a poesia. Se o amor fosse uma utopia, as estrelas não existiriam e o poeta vagaria eternamente nas frias noites das desilusões. Mas, ainda bem que existem os sonhos. São eles que fazem a lua cantarolar e as estrelas brilharem todas às vezes que me ponho a te amar.
Quando eu te vi pela primeira vez, foi simples assim logo me apaixonei. Eu vi em você tua loucura se encaixar na minha. Feito um tsunami cheio de paixão, você dominou esse meu coração, e para sempre se tornou o grande amor da minha vida. Quem diria que um dia iríamos se amar assim? Mas como o destino e perfeito, ele te trouxe perfeita para mim.
A chuva torrencial tinha notas em graves e agudos molhados e saltitantes pelos caminhos que percorria sem parar. Era uma desvairada vontade de vencer obstáculos e chegar ao destino, mesmo sem saber onde este seria. Essa chuva repentina veio acordar o coração que dormitava, embalado por sonhos de verão, pés na areia, brisa marinha e gosto de sal nos lábios. Depois de abrir os olhos, senti-la e vê-la, vieram as lembranças de dias assim, cortinas fechadas, ausências e frio, quando outrora houve o adeus. Enquanto uma chuva assim caía, houve a partida, portas bateram sob o vento arrasador e que gemia junto às lágrimas do momento derradeiro. Não foi a chuva que provocou isso, foi a vida e junto às nuvens do tempo, em outro plano estás ainda a dizer: amo você e cada gotinha que caia, trazia o recado - a nostalgia do não mais...
Por você eu tiraria a máscara, a luva e o medo no olhar, abriria a guarda te dando um abraço, ou ficaria vulnerável apertando sua mão... Pois o vírus pode se alojar no organismo, no copo, no balde ou corrimão, pode ser que ele demore, pode haver um turbilhão, mas você segue em quarentena, segura e sem preocupação, na ala mais nobre do bairro, na sala do meu coração.
Viver é correr riscos, é dar um passo sem ao menos saber se lá na frente existirá chão pra pisar, é viver descobertas...É encontrar o que não estava à procura e ter que fazer novas escolhas. É se inovar, transformar os retalhos em veste nova, fazer da dor lindas poesias e dos finais tristes...grandes começos!
“Quando você olha profundamente para dentro de si mesmo, pode ser capaz de ver que existe, neste momento, uma qualidade de vivacidade que o está animando que não é filosófica e não é abstrata. É independente do que você pensa, do que você acredita e do que sente a respeito. Está sempre lá! está animando sua respiração, está fluindo o espírito, é o que torna possível para você pensar e falar e ver e ouvir".
"Você é um ponto de consciência dentro de múltiplos campos de consciência que se interpenetram: um ser multidimensional dentro de um Universo multidimensional. Quando você percebe a unidade de todos esses campos de consciência com os quais compartilha a vida, você participa da comunhão consciente ''.
“Todos os seres e coisas, visíveis e invisíveis, estão inter-relacionados e inseparáveis, são as mesmas e diferentes formas de totalidade aberta. A possibilidade de sobrevivência, passando por uma relação generosa e amigável com o outro homem, com os outros seres, com o planeta como um todo, com as estrelas e com todo o universo".
O beijo não encontrou os lábios e mais nada. A lua não brilhou pois não tinha céu, mas, as estrelas reluziram por ser apenas estrelas, e o céu se tornou de repente um adminículo no alvorecer, pois entre a luz e o escuro, nada se sobressai a não ser o sereno, o beijo são confidências para um nada que se transforma em prazer.
É por este vasto mundo, que meus pequenos pés inseguros e já cansados, trémulos nos seus devaneios, cedem as milhas a percorrer, paisagens a contemplar, povos e culturas a conhecer às palavras que os visitam… essas pontes que reclamam virgulas, reticências, pontos de interrogação, exclamando de excitação por cada descoberta articulada entre frases que registam os Audazes…pois anseiam por dar mundos ao Mundo… salpicando cada viagem com poemas e versos feitos coragem…
Nessa cidade o inverno é calor, encanta quem anda, encanta quem pedala, encanta quem dirige e quem dança. Nessa cidade as flores são coloridas e os pássaros aparecem no inverno. Nessa cidade a lua e o sol se mostram brilhantes no inverno. Como é bom seu calor. O calor de inverno que essa cidade me dá.
A brisa confidenciou que o horizonte desvenda o infinito, o que há de mais belo no universo, agita o mar e perfuma as flores, levanta a poeira e amanhece os amores, é o início e o fim aos gritos, escandalizando envergonhados mistérios entre montanhas inocentes e noites adornadas de estrelas.
Eu quando olho para os céus à noite para o vasto e em expansão misterioso universo cheio de milhões de estrelas, galáxias e planetas, e gosto de pensar que não somos os únicos seres vivos do universo, e que seremos visitados brevemente por civilizações inteligentes de outros mundos, eu como poeta digo assim, eles já cá estiveram e virão novamente. Que mistérios guardam os buracos negros no outro lado, será a entrada para outra dimensão do futuro ou do passado ou para outro universo.
Sua decepção foi simplesmente uma expectativa muito grande de algo que certamente estava fora de seu alcance, devido a uma projeção da qual ele mesmo havia criado. Mas sem se culpar, pois não se flerta com deuses. Todos sabem disso. O tiro saiu pela culatra. O que já era de se esperar. Mas não se engane. Quando um corpo entra no mar, o mar também experiencia o corpo.
As pessoas quando se comparam às outras, criam a inveja em suas mentes e tão logo, frustrações e desânimo mediante a vida e seus desafios, e esse modo de pensar as tornam frágeis e passíveis de auto sabotagem para com seu próprio potencial. Mas sejamos otimistas, se assumirmos o ‘’eu’’ de agora, com todas as suas feridas e começarmos de forma devagar e autêntica, a mudar nossos hábitos de acordo com o bom ser humano que existe dentro de nós, será que mesmo assim nos compararemos? Acredito que não! Nesse fluxo da autenticidade, devemos deixar o medo de lado e ter fé em nós mesmos, sempre seremos criticados por nossas ações no palco ou até como plateia. E se você olhar no espelho e enxergar a pessoa incrível que você é, verá o que você deixou de ganhar no tempo, e isso fará toda a diferença a partir dessa percepção.
A Vida nos dá irmãs de guerra, te terra, irmãs que nos fazem chorar em ausência e sorrir em presença, irmãs negras na essência, no auge e decadência, por onde seu sorriso for eu vou irmã, se precisar vivo um milhão de vietnãs, desejo a ti o brilho do amanhã, me transformo em seu clã, confundo mais escritores que versos de Djavan, por você lutarei contra infernos irmã , te desejo a paz do Senhor Paulinha em suas manhãs, em todos seus amanhãs, se precisar é só orar que Deus é nosso divã!